27- Passado é passado!

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    Saímos do restaurante e fomos para a casa dele, pois como a Aninha está com a gente, não é o  certo levá-la e depois irmos pra minha casa.

Boa noite, crianças! – Carla fala sentada no sofá da sala.

-Boa noite! – respondemos ao cumprimento juntos rindo por ela nos chamar de crianças.

-Meu menino, chegou uma coisa pra você. – ela fala, mas acho estranho ele receber alguma coisa do carteiro já a noite.

-Ela o entrega uma caixa nas mãos do Antony  e curioso ele a abre, nos permitindo ver que dentro tem uma calcinha de renda rosa, com um bilhete em cima.

Peguei o bilhete da mão dele que, vendo que lê mentalmente e leio cada palavra escrita, mas sem acreditar em tamanha ousadia.

"-Essa calcinha eu usei com você naquela noite, lembra?" 

    A calcinha estava rasgada em um dos lados, igual ele faz comigo quando está muito excitado. Olho para ele com o ciumes me corroendo e meus olhos se enchem de lagrimas. Sei que ele não tem culpa, passado é passado, mas isso me dói imensamente.

    Dou um beijo na Aninha segurando o choro e saio da casa indo em direção ao portão, mas ouço ele vir correndo atrás de mim. Ando rápido pra ele não me alcançar, não querendo conversa, mas de salto é impossível. Ele me agarra por trás, me virando rapidamente, que tento sair sentindo ódio de tudo isso.

-Me solta, Antony!

 Sinto meu peito subir e descer, numa respiração acelerada, me apertando mais em seus braços e eu paro de tentar sair, me entregando ao choro.

-Shhhh... Me perdoa!– ele fala alisando meus cabelos, ficando assim por uns bons segundos.

    De mãos dadas sou guiada para dentro de casa, rumo ao seu quarto e ja não tem mais ninguém na sala.

-Não sei mais o que fazer pra evitar ela entrar na nossa relação. Me perdoa!  –  fala e está tão triste quanto eu.

-Aquilo foi muita informação pra mim. – afirmo com lagrimas descendo pelo meu rosto e ele as limpa.

-Quero ir pra minha casa, Antony. – aviso querendo ficar sozinha.

-Baby, por favor, não faz isso. Prometo te dar o espaço que precisa, mas não vai embora. – ele fala pegando em minha mão e balanço a cabeça concordando.

   Não estou com raiva dele, mas a imagem dos dois transando não sai da minha cabeça. Levanto da cama, o deixando para trás e entro no banheiro fechando a porta, indicando que quero privacidade. Deixo a água cair sobre meu corpo e um nó na minha garganta se forma.

-Ele não tem culpa Lara, ele não tem culpa! – falo para mim mesma, tentando amenizar o que estou sentindo.

   Desligo o chuveiro após uns minutos de pura anestesia e visto o roupão. Volto ao quarto, o vendo deitado na cama e pego meu baby doll, vestindo na frente dele. Deito na cama de costa para ele, que continua deitado de barriga pra cima e lagrimas escorrem pelos cantos dos meus olhos. Fico pensando o que minha mãe iria falar comigo e lembro que ela disse que o amor apesar de lindo não é fácil, temos que regá-lo sempre e mais lagrimas rolam.

Decido virar para ele, deitando a cabeça em seu peito e choro baixinho. 

-Poe pra fora, baby, sem medo de me ferir. Foi isso o que você disse hoje, não foi? Disse que conversa é tudo? –  fala se referindo a nossa conversa no restaurante.

-Quando vi aquela calcinha rasgada, percebi que fez com ela, o que já fez varias vezes comigo e cenas de vocês dois juntos ficam passando em minha cabeça. — falo e ele me abraça mais. —Me desculpa baby, eu sei que você não tem culpa. Desculpa! – falo pra ele

-Ela passou dos limites, — ele fala e se senta na cama, fazendo que eu me sente em frente a ele— mas nós temos que ser fortes.  Problemas irão surgir, mas temos que permanecer unidos. Eu te amo demais, baby. – fala encostando sua testa na minha.

-Eu amo você, baby, o ciúme me cegou. Desculpa! – falo e ele sorrir, me beijando em seguida.

    Encostando suas costas na cabeceira, ele me puxa para sentar em cima dele com uma perna de cada lado e nos beijamos com carinho, mas rapidamente o beijo esquenta. Apertando minha bunda e pressionando em seu membro, eu rebolo do jeito que ele gosta por cima de sua calça, ele geme e assim começamos uma gostosa noite de amor.

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    Acordo sentindo a claridade entrar no quarto e olhando no relógio, vejo que são 7:25 hrs.  Estou deitada com a cabeça no peito do meu namorado e metade do meu corpo está em cima dele, que ainda dorme. Levanto devagarzinho e vou ao banheiro fazer minhas higiene. Já de banho tomado, visto uma blusa de algodão do Antony, que fica igual um vestido em mim e visto também meu short que é bem curtinho. Faço um rabo de cavalo em meu cabelo e vou pra academia dele. Aqui tem de tudo um pouco, uma verdadeira academia de respeito. Corro na esteira ouvindo um pop bem agitado, como volume bem alto e me perco no tempo, enquanto penso em tudo. Penso em minha mãe, no meu trabalho, meu namoro e infelizmente naquela idiota, quando sinto tirarem o meu fone de ouvido.

-Te chamei e você não ouviu. Bom dia! – ele diz me dando um selinho, vestindo somente short de malhar. Ooo delicia!

-Oi, baby, bom dia! – digo depois do selinho.

-Quer fazer algo diferente? – pergunta e fico sem entender.

-O que seria? – questiono sorrindo, estreitando os olhos maliciosa e ele sorrir.

-Vem cá. – fala puxando minha mão até onde está o saco de areia, pegando as faixas pousadas no armário e enrola em minha mão, depois pegas as luvas rosa.

-Rosa? – pergunto rindo, pois geralmente os homens compram as pretas.

-As comprei pra você, baby. – responde sorrindo.

-Primeiro você da um soco e depois dois socos seguidos. Assim... –  fala mostrando como se faz e eu "obedeço", tendo uma gostosa experiencia.

Depois de 10 minutos nesse mesmo exercício, estou apaixonada pela nova brincadeira, onde dou socos no saco de areia.

-Caramba, isso é muito bom! – falo completamente suada e ele sorrir.

-Isso é um excelente exercício de cardio. Deixa o corpo definido e ainda pode dar umas porrada pra aliviar. – ele fala rindo, piscando um olho para mim e rio com ele.

-Agora que ja pegou o jeito, nós dois vamos lutar. Pode ser? – fala sorrindo e arregalo os olhos com sua proposta.

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Bjim, meninas!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora