17- Ela não desistirá

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    Vendo os dois a minha frente em um quase beijo romântico, fico sem reação. Ele se afasta rapidamente da mulher e caminha em minha direção, mas saio correndo rumo ao banheiro coletivo. Chorando, entro em uma baia para deficiente, encostando-me à parede e me abaixando. Fico abraçada ao meu joelho chorando e pensando em como ele pôde fazer isso comigo, ontem parecia tão sincero. Sinto mãos em meus braços me puxando e me assusto levantando com o rosto todo molhado de lagrimas.

-Princesa me.... – Antony começa a falar, mas não quero ouvir.

-Por que fez isso comigo? Me deixou tão feliz pra poder fazer isso? – o questiono baixo, para que ninguém fora do banheiro me ouça, sentindo mais lagrimas descendo.

-Olha pra mim. – ele pede e eu faço contrariada.

-Demorei três longos anos pra sentir o que estou sentindo por você, que chegou pra iluminar minha vida e a da minha filha. Não estragaria isso por nada. – ele fala me deixando confusa.

-Mas o que aconteceu la dentro então? Sei o que  vi – pergunto tentando entender.

-O que você viu foi uma mulher que um dia dormimos juntos, porem sempre tenta ter algo a mais. –  fala com calma e parece está sendo sincero.

-Você devia se manter distante pra evitar confusão. Eu tenho ciúmes, poxa, e o que eu vi la dentro só piora. – confesso e ele sorrir concordando com a cabeça.

-Por que está rindo? – 

-Disse que sente ciúmes de mim. – responde sentando-se na tampa do vaso sanitário, me pegando pela cintura e me coloca em seu colo, onde me aconchego. Não existe lugar melhor.

-Desculpa pelo que presenciou. Prometo que vou fazer de tudo pra não te magoar. – ele fala pegando meu queixo e o levantando, limpa minhas lagrimas, beijando minha boca em seguida.

-Vamos voltar? -fala com seus lábios encostados aos meus.

-Sim. – concordo e voltamos pra sua sala, que por sinal, está vazia.

-Você conversou com a moça? - pergunto curiosa, pois quero saber tudo e ele senta em sua cadeira, atras de sua mesa.

-Sim, disse que não estava interessado, mas confesso que fiquei surpreso. Ela disse não ia desistir de me conquistar. Como combinamos que não falaríamos nada sobre nós, fiquei quieto. – explica, enquanto coloco os papeis em sua mesa, sentando na cadeira disponível em frente a sua mesa.

-Acha que fiz errado? Acha que era pra eu ter contado sobre nós? –  pergunta em duvida sobre sua atitude.

-Não, fez certo. Primeiro por que qualquer assunto que nos envolva tem que ser conversado entre nós dois. Segundo que ainda não me sinto segura em assumir o que temos ainda. – falo e discretamente ele abaixa a cabeça.

-Eei não me arrependo sobre nós, quero gritar pro mundo que estamos juntos, mas temos só um dia juntos e ainda tem a Aninha. É melhor esperar. Tudo bem? – falo e ele concorda com a cabeça.

Ele se aproxima e me abraça, me beijando com carinho. Após ele assinar os papeis, que é o motivo por eu ter vindo a sua sala, saio para entrega-los a Jenny. Volto pro meu trabalho, ficando atarefada por toda a tarde, acompanhando as 4 reuniões do Antony. Amo ver ele em ação, absorvo cada aprendizado como um intensivão.

Após finalizarmos a ultima reunião, estamos Jenny, Antony e eu na sala de reuniões quando ela tem uma de suas ideias. 

-Amiga, vamos sair hoje, procurar uns gatinhos. – olho surpresa para ela e depois pro Antony. 

Ele está com um olhar que nunca tinha visto antes, se olhar matasse, ela estaria morta agora. Jenny explode numa gargalhada que chega a sentar na cadeira, jogando a cabeça para trás.

-Estou vendo que vou me divertir muito com vocês. – ela fala secando as lagrimas com o tanto rio .

-Ela vai sair comigo hoje. – Antony responde bravo.

-Correção, eu vou sair com a Aninha e você vai atrás. – corrijo vendo a Jenny gargalhar de novo.

-Porra, Tony! Você vai de penetra no encontro delas. – zomba do amigo e rindo, saímos da sala, rumo ao estacionamento. 

******

     Passamos na casa dele para pegar a Aninha, que já está pronta e o espero tomar seu banho. alguns minutinhos depois ele desce pronto e eu quase tenho um treco. Ele está simples. Vestido com calça jeans azul, blusa também azul e tênis. Como eu disse, simples, mas está gostoso pra caramba! 

-Está gostando? - pergunta com um sorriso sapeca no lábios e percebo que notou minha analise.

-Não imagina o quanto. - respondo de mãos dadas com a Aninha e ele me oferece um lindo e largo sorriso.

-Podemos ir, papai? - uma gatinha ansiosa pergunta.

Saímos de casa rumo ao shopping, levando-a no setor infantil com brinquedos e crianças pra todos os lados. Depois de um tempo brincando, a chamo para irmos ao cinema, que aceita feliz. Aninha fez questão de sentar entre nós dois e estava vidrada no filme comendo pipoca, com o suco. 

-Está gostando, tia? -pergunta colocando pipoca na boca.

-Estou sim! -respondo sorrindo e ela volta a olhar para o telão. 

    Estou encantada com ela e de como ela olha pra mim em alguns momentos, com olhar de admiração, tentando disfarçar, mas ainda não sabe essa arte do disfarce. Hahaha

    O filme acaba e depois de levarmos para tomar um sorvete, fomos embora passando da hora dela ir pra cama. Ajudo no banho e conto historias de princesa como faço todas as noites, mas dessa vez com o Antony do outro lado da cama. Percebo que Aninha dormiu e beijo sua bochecha, desejando bons sonhos, saindo do quarto para ir embora.

-Vou te levar em casa. – fala me fazendo parar de caminhar.

-Não precisa, Antony. 

-Já conversei com a Carla, ela vai olhar a Aninha pra mim. – diz pegando minha mão e depois que concordo, caminhamos para o carro, com ele sentando no banco do motorista.

-Você que vai dirigir? – pergunto, pois nunca dirige.

-Sim. Pronta? – responde sorrindo e concordo balançando a cabeça.

Paramos em frente ao meu apartamento 20 minutos depois e decido convida-lo para subir.

-Quer conhecer meu cubículo? – pergunto sorrindo e com  aquele sorrisinho de canto de boca ele confirma que sim. 

Aim Meu Deus!

-Quer beber alguma coisa? -pergunto doida pra ele negar, já que não tenho nenhuma bebida alcoólica. Só suco.

Sem responder a minha pergunta, ele anda até mim olhando em meus olhos e me prensa na parede.

-Não! Quero você! -diz

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As coisas estão esquentando, meninas....

 bjim!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora