Ariella - Uma Escolha (1° LIVRO)

~ CAPÍTULO 25 ~

Ariella Young

Chego em casa exausta, após ter ido na residência do Oliver. Ainda bem que estarei trabalhando em casa. Maravilha. Farei meu trabalho aqui, tranquilamente.
Entro na cozinha a procura de algo para comer quando noto um bilhete em cima da mesa. Seguro o papel para ler o que está escrito.
"Filha a mamãe saiu com a Marluci, a nossa vizinha. Deixei algo pronto para você na geladeira.
Beijos da mamãe."

Sorrio ao ler o bilhete. Como sempre, atenciosa comigo. Ando saltitante até a geladeira lembrando do meu joelho.
Me sinto feliz por ter tirado o gesso. Graças a Deus não sinto mais nada. Abro a geladeira com muita fome e me deparo com uma torta de morango em uma bandeja. Minha preferida. Passo a língua nos lábios. Que delícia. Amo a torta da minha mãe. Faço menção de pegar a bandeja na mesma hora que a campainha toca me assustando. Merda! Não esperava isso. Quem pode ser? Não aguardo visitas. Fecho a geladeira. Caminho até a sala e dou uma olhada no relógio antes de abrir a porta. Giro a maçaneta.
- Amiga! - Falo abraçando Ivy que me agarra beijando na minha bochecha.
- Amiga linda. Como está? - Ela pergunta sorridente. Dou passagem para que entre na casa, e fecho a porta.
- Me sinto confusa. - confesso dando de ombros.
- Confusa? Soube que viajou com um rapaz chamado Nicolas. Sua mãe me contou.- ela senta no sofá. Faço o mesmo.
- Fomos para a casa dos pais dele. É uma família adorável. Me fez tão bem.- aviso, deixando um sorriso escapar.
- Está gostando dele? - Ivy fica de boquiaberta.
- Gosto como amigo, mas estive pensando sobre tê-lo como um namorado. Por que não? Um homem de família, trabalhador, lindo... Nos damos bem. - afirmo pensando nele. Ivy começa a rir.
- Não, amiga. Não pode ser assim... Se pensar em ter algo sério com ele, tem que ser pelo falo de haver sentimentos entre ambos e não só por ser legal, trabalhador.- ela aconselha com um sorriso compreensivo.
- É... Tem razão. Eu gosto muito dele. Nossa! Nicolas é um homem especial para mim, porém esse tempo que estamos mais juntos me fazer querê-lo como amigo, não sei, acredito que é por já existir um sentimento mais intenso com outra pessoa, entende?
- Hum...Nessa viagem não rolou nenhum beijo entre vocês? - Ivy pergunta desconfiada devido as minhas palavras. A encaro, reprimindo uma risada. Passo a mão na nuca e encaro o teto.
- Não na viagem, mas aqui em casa assim que chegamos. Amiga foi um beijo tão intenso que parei em cima da pia com ele entre minhas pernas. Minha nossa! Pensei que fosse avançar. - eu disse a fazendo gargalhar.
- Você e Nicolas se beijaram? Sua louca. Você é rápida.- ela grita jogando uma almofada em mim.
- Calma, ainda não terminei. Ainda beijei o Paul - amigo dele. Claro, que se eu tivesse ficado com Nick primeiro não teria beijado o Paul. Mas não pude evitar o Nicolas. Nos beijamos.
- Adoro! Você é demais, amiga. Doida, doida... E o Oliver? Sabe que são homens que trabalham na mesma empresa. Além do mais, você já beijou os dois.- Ivy avisa, apreensiva.
- Esse não é o pior. Os dois têm uma "história de amizade". Acredita? Descobrir que não se gostam, porque Oliver transparece muito que se incomoda em me ver com o Nicolas. - informo, frustada.
- Se ele se incomoda é porque sente algo por você. Não, brinca! Será que ele...- Ivy tampa a boca com as duas mãos dando risada.
- Ele não gosta de mim. Nem venha com essa. - discordo.
- Você está apaixonada por seu chefe. Isso eu tenho certeza e não adianta discordar. Agora se envolver com Nicolas praticamente ao mesmo tempo não acho certo. Ainda mais se a história de amizade realmente for verdadeira.
- Eu sei que não está certo. Mas foi o que aconteceu... Não premeditei o beijo. Agora preciso pensar mais quando for agir... E recapitulando não sinto nada pelo o arrogante. Eu só não estava entendendo o que estava acontecendo comigo, mas isso passou. Acho que foi o estresse. Agora, com o Nicolas estou sendo eu mesma e quer saber? Também vou acabar com isso. Não estou com paciência para nada, ainda mais que alguém contou para Oliver que trabalho para Karen. Nossa! Quase me ferrei. Acredita nisso?- informo indignada.
- O quê? Alguém está te espionando?- ela fica de boquiaberta.
- Já pensei nisso... E não faço ideia quem possa ser. Mas é claro que tem.- suspiro.
- Isso está bem estranho. Fique mais atenta possa ser que descubra. Bem, hoje vou dormir aqui tudo bem para você? - Ivy pergunta indo para o meu quarto a passos curtos.
- Não precisa avisar. Sabe que pode ficar quando quiser. Falando nisso, minha mãe está desesperada nessa questão de se mudar. Não sei o que fazer. - murmuro indo atrás dela.
- Podem ficar na minha casa, amiga. Quantas vezes preciso dizer isso? Vão pra lá... Eu moro sozinha. - ela se joga na minha cama assim que entra no meu quarto. Faço o mesmo. Um silêncio toma conta da conversa. Me viro na sua direção e faço uma careta.
- Estou com medo. - cochicho com os olhos marejados.
- Medo de morar na rua?
- Também, mas estou com medo do que esse trabalho da Karen pode me levar e do que... Eu... Realmente sinto pelo arrogante.- Confesso fechando os olhos. Escuto seu grito e palmas soar o quarto.
- Eu sabia, baby. - Ivy fala com entusiasmo, e prossegue.- Se ele a beijou e quis transar contigo. Isso não é o retorno do que queria? Oliver pode ter se apaixonado e agora você só precisa ir embora. Pronto! - Ivy sugere pensativa.
- Não, ele mesmo confessou que faz sexo sem compromisso, amiga. Eu seria apenas mais uma na cama. Argh! Quem eu quero enganar? Tenho sonhos eróticos com o meu chefe, sinto vontade de beija-lo a todo momento que estou perto dele, sinto meu coração acelerar só de senti-lo  por perto. O que é isso? Não deveria sentir essas coisas, não é? - pergunto, praticamente em desespero. Ivy rir abismada com a minha falação, e faz uma careta engraçada.
- Você está apaixonada por ele. Isso não tenho dúvidas. Você só precisa confessar em voz alta para acreditar nisso. - ela fala cantarolando.
- Prefiro acreditar que estou ficando louca ao invés de afirmar uma coisa dessa. - afirmo ajeitando minha cabeça em cima do travesseiro.
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