Ariella - Uma Escolha (1° LIVRO)

*CAPÍTULO 53*

Oliver Walker

Saio do elevador com bastante pressa passando pelos funcionários que passam por mim. Dou uma olhada na recepção encontrando Lucy aflita. Caminho na sua direção com a testa franzida. Não entendi o que Michael pretende me entregando seu aparelho.
- E ai? Conseguiu encontra-lo? - Pergunto olhando em volta.
- O segurança informou que ele foi embora. - ela responde, preocupada.
- Mas que diabos!- resmungo.
- Isso está me assustando. Está acontecendo alguma coisa, Senhor?- Lucy fica nervosa.
- Não sei... Não estou entendendo nada. Cadê o celular dele?- Pergunto. Ela destranca uma gaveta com alguns documentos dentro e tira o aparelho com as mãos trêmulas.
- Aqui, chefe!
- Ei! Fica calma.- tento tranquiliza-lá tocando em sua mão. Seus olhos encaram os meus perplexa. Sei que não esperava esse ato meu. Mas depois que conheci Ariella e dos conselhos que recebi estou tentando ser uma pessoa melhor - não sei, nem eu me entendo as vezes.
- Ficarei sim. Obrigada, Chefe! - Lucy dá um sorriso tímido. Aceno com a cabeça, e me afasto indo até o meu escritório. Confiro as horas no celular.
Porra! Perdi muito tempo. Preciso encontrar a Mônica, tenho que verificar o pendrive e olhar o celular do Michael. E preciso fazer isso tudo sozinho. Não sei se vou conseguir. Abro a porta do meu escritório aflito e sento na cadeira pensativo. Tudo está confuso. Não estou entendendo porra nenhuma.
Vou olhar esse pendrive logo.
Abro a tela do notebook. Encaixo na entrada USB e aguardo. Aproveito para fazer uma ligação para o Nicolas. Coloco no viva-voz. O arquivo abre e clico duas vezes para abrir a pasta. Encerro a chamada e tento mais três vezes, porém ele não atende. Deve está ocupado. Tentarei ligar de novo depois. O arquivo abre em seguida e vejo que tem apenas um vídeo. Faço uma careta sem entender.
Por que a Mônica daria para Ariella um pendrive contendo um vídeo do meu andar? O que deve ser? Ponho meu celular em cima da mesa e abro o vídeo ficando concentrado. Pela minha surpresa as imagens começam a surgir. Eu estava certo... Realmente tinha um vídeo original.
Assisto cada cena detalhadamente.  Observo cada funcionário que passa na frente do meu escritório indo e voltando como de costume. Finalmente vejo Mônica passar após falar Ariella e em seguida vejo Brenda sair da sua sala assim que Ariella e Lucy fazem o mesmo para almoçar como ela tinha informado. Não demora muito para uma pessoa suspeita aparecer.
Fico de boquiaberto. Levanto-me bruscamente da cadeira de olhos arregalados. Não, não dá para acreditar. Volto o vídeo por diversas vezes ainda chocado. Jamais pensei em colocar essa pessoa na minha lista de suspeito. Estou abismado.
- Que porra é essa? - exalto-me.
~*~

Nicolas Collins

Levanto-me do chão devagar olhando ao redor. Bocejo. Munique estica os braços para se espreguiçar e acorda sorridente me olhando com malícia. Não acredito que dormimos juntos no tapete. Conversamos bastante tempo depois do sexo que perdi a hora definitivamente.
- Bom dia! - Ela diz, bocejando.
- Bom dia! - eu disse me espreguiçando. Entro na cozinha. Abro a geladeira e pego minha garrafa de água.
- Acho que ouvir algum celular tocar, mas meu sono não deixou olhar.- Munique avisa, sorrindo.
Apareço novamente na sala.
- Está com fome? Vamos tomar café.- aviso ao sentar no sofá. Ela ajeita seus cabelos emaranhados e olha para mim.
- Você foi sensacional, Nicolas. Deveríamos repetir. O que acha?- sorrimos um para o outro descaradamente.
- Mais é claro.- respondo a vendo pegar seu celular do chão.
- Tenho uma notícia interessante. Acabei de receber uma mensagem do Breno avisando que o caso da Karen está encerrado. Ariella será condenada pelo assassinato da...
- Chega! Não quero nem pensar nisso. Tem muita coisa para descobrir ainda.-retruco, irritado.
- Ei! Calma. - Munique reclama.
- Estou calmo. - comento sem ânimo. Não quero entrar nesse assunto. Temos opiniões diferentes.
- Ficou bravinho, foi? Não é a intenção coloca-la como a culpada, mas é o meu trabalho. Preciso de provas para cumprir o que a lei permite e tudo indica que foi a sua amiga. Como é tão difícil de aceitar que ela matou alguém? - Munique pergunta brava. Fecho os olhos por alguns instantes.
- Não vou entrar nessa discussão com você. Faça o seu trabalho, e eu farei o meu.- aviso indo para a cozinha novamente.
- Estou tentando, mas você atrapalha quando diz essas coisas.- ela me segue se apoiando em uma bancada que tem na cozinha.
- Serei o advogado dela. - aviso cruzando os braços pensativo.
- Você o quê?- Munique pergunta quase em um grito.
- Quer café? Suco? Pão?- mudo de assunto a vendo revirar os olhos.
- Quero o seu cérebro. Acho que ele está com problemas.- ela fala dando um tapa de leve na minha testa. A puxo pelo braço e dou-lhe um abraço por trás.
- Deixa disso, por favor. Não quero falar sobre isso. - peço deixando um sorriso fraco escapar.
~*~