*CAPÍTULO 55*

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Nicolas Collins

O  tiro foi o único meio que tive naquele momento de detê-la. Atirei no local que eu sabia que não lhe causaria risco algum. Como também não vai comprometer o movimento da sua perna por ter sido na coxa. Munique já passou por cirurgia, e a bala foi retirada. Agora me encontro na delegacia junto com Oliver e o Detetive Breno. O policial Vitor chegou logo depois. Todos estavam à minha espera para mostrar um vídeo que prova a inocência da Ariella. Ao assistir sentir um alívio dentro de mim. Queria sair correndo em disparada ao presídio para contar.
Fiquei completamente espantado quando vi a funcionária Mônica entrar no escritório. Jamais suspeitaria. Oliver me explicou tudo... Desdo momento que foi ver Ariella e o seu pedido para entregar o pendrive, assim foi para a casa da Mônica a encontrando morta em cima da cama.
- Ela podia ter recebido ameaças. Por isso que gravou o vídeo em sua câmera rosa. - Falo, pensativo.
- Com toda certeza. Ainda mais agora que ela está morta. - Breno complementa.
- Infelizmente, isso não muda nada em relação ao assassinato que Ariella está envolvida. Claro, tem a diminuição da pena por ela não ter participação do roubo. - o Detetive menciona sentado em sua cadeira.
- Mas Mônica disse tudo. Isso já basta... Munique que arquitetou tudo.- exclamo, surpreso.
- Sim, mas temos provas concreta contra Ariella. O que posso fazer, Nicolas? - ele rebate.
- Sabemos que tinha um esquema para me prejudicar. Com o relato da Mônica vocês podem desvendar outras coisas. Ah! O Michael pediu para Lucy me entregar o celular dele. Ainda não abrir. - Oliver avisa, enquanto tira o aparelho do seu bolso. Paro ao seu lado.
- Por que ele te daria o celular dele? - indago, desconfiado.
- Ele visitou Ariella hoje. Quando abrir a cela a vi chorando sentada na cama... Perguntei o que tinha acontecido, mas ela não disse nada. - Victor explica apreensivo.
- Mas que diabos! Por que não me ligou? - Oliver demonstrou preocupação me deixando surpreso. Mesmo depois do que Ariella fez, vejo como se importa com ela. Dou risada disfarçadamente.
Ela ia gostar de saber disso.
- Será que ele ameaçou? - pergunto.
- Vamos verificar esse celular logo.- ordena Breno aflito.
- Não consigo desbloquear essa porra. Tem senha. Como é que ele me entrega assim? - Oliver se exalta entregando o aparelho para o Detetive.
- Acho melhor ligar para o Michael. Alguém sabe onde ele está? - Pergunto de braços cruzados.
- Estou aqui. - todos olham para a porta ao ouvir a voz do Michael que nos olha assustado. Engulo em seco.
Pela sua expressão parece que não dormiu há dias. Fico atento a qualquer movimento seu. Não sei suas intenções.
- Por que foi visitar a Ary? - questiono, intrigado.
- Acho melhor não mentir.- Breno aconselha de braços cruzados.
- Mas que diabos você foi fazer lá?- Oliver se exalta dando passos na sua frente. Ele recua erguendo as mãos no ar desesperado.
- Só fui conversar. Contei tudo o que sabia para tranquiliza-la.- ele afirma.
- E o que você sabe? - Pergunto ao perceber sua feição.
- É só assistirem o vídeo que tenho no celular.- Michael se aproxima pegando seu aparelho.
- Era o que pretendia, mas a porra tem senha. - Oliver resmunga enfiando as mãos no bolso da calça.
- Preciso analisar o que você quer me mostrar, pois mesmo vendo que Ariella está livre do roubo através dos vídeos de segurança ou com o depoimento da Mônica relatando tudo, não posso afirmar que seja realmente inocente.- Breno explicou, pensativo
- Apenas vejam e tiram a suas conclusões. - Michael sugere depois de desbloquear o celular. Breno passa o vídeo para o notebook com o cabo USB e abre a pasta rapidamente. Michael se afasta sentando em uma cadeira perto da porta e com os braços apoiados na perna se mantém cabisbaixo. Desvio o olhar.
Encaro a tela do notebook no momento que o Detetive aperta o play.

~*~

Todos estão em total concentração por ser exatamente da forma que Mônica relatou. Munique realmente estava por trás de tudo e com ajuda do Osmar o rapaz que gostaria de fazer uma parceria com o Oliver e que foi na empresa fazer a degustação estava no esquema. Todos ficaram perplexos. Além, de degustar o vinho, teve um desentendimento com Ariela pelo que fiquei sabendo. Fecho o punho de raiva no momento que aparece Osmar pegando Ariella por trás. Se fosse antes não iria reconhecê-lo por seu rosto está encapuzado. Só que graças ao relato da Mônica é possível identificá-lo, pois mesmo não aparecendo no vídeo ela fala que estava dentro do carro observando toda situação.
- A Munique vai matar a Karen no estacionamento? - Vitor pergunta pasmo. As cenas são chocantes. É possível ver Munique agredindo-a com bastante raiva.
- Essa é a prova fundamental. - Murmuro.
- Filho da puta. - Oliver se afasta da mesa passando a mão no rosto. Encaro-o. Ele prossegue enfurecido. - Ariella estava bêbada e inconsciente... Se ele a colocou na porra do carro pode ter... A estuprado. Ela mesmo não lembra de nada e... Nicolas ela precisa fazer os exames. Que caralho!
- Merda. - resmungo. Não tinha pensando nessa possibilidade agora.
- Será preciso examiná-la e descobrir se tem sêmen do Osmar. Se ela não fez nenhum relação, após o acontecido facilitará o nosso trabalho.
- Caralho! Não quero nem pensar nisso. Por que se ele a tocou... Vai ser um homem morto. - Oliver grita revoltado. Passo a mão nos cabelos assustados. Concordo plenamente.
- Calma! - Breno aconselha com um olhar compreensivo.
- O que vai ser agora? - Pergunto agoniado.
- É possível confirmar que Ariella em nenhum momento tocou na Karen. Vou reabrir o caso e interrogar a Munique que já se encontra presa graças ao Nicolas. Acionarei as viaturas para ir atrás do Osmar, não podemos deixa-lo escapar. - Breno responde levantando da cadeira.
- E quanto a Ary?- Pergunto, preocupado.
- Será liberada. O vídeo do esclarecimento da Mônica com o que  Michael mostrou explica tudo. Foi uma armação muito bem arquitetada para incriminá-lo nos dois casos. Isso só mostra quem são os tipos de pessoas que estamos lidando.- Breno afirma.
- Quer ir comigo, Nicolas? - Vítor pergunta sorrindo por se referir da Ariella. Sorrio.
- Eu vou sim, mas estarei logo atrás de você. Estou com meu carro. Obrigado!- agradeço vendo de relance Oliver se dirigir para a saída da delegacia. Me despeço do Vitor e caminho apressadamente ao seu encontro.
- Oliver! Me espera. - o alcanço já na saída. Seu rosto se vira devagar. Nos encaramos por um determinado tempo. Lembranças do passado... Da nossa amizade vem com uma intensidade muito grande. Éramos amigos... Melhores amigos. Com tudo que aconteceu na nossas vidas nos afastamos, mas os casos que nos deparamos sobre o roubo na sua empresa e a morte da Karen nos reaproximou um pouco.
Fico emocionado e grato por ter tido a sua ajuda em comprovar a inocência da Ariella.
- Obrigado! - eu disse com sinceridade olhando em seus olhos.

Ariella - Uma Escolha (1° LIVRO) Onde histórias criam vida. Descubra agora