Ariella Young
Realmente não imaginei que iria me trazer para sua mansão. Apenas deduzi, mas não tina certeza. Agora eu tenho. Poderia ser um hotel, não sei. Até mesmo a casa da Lucy... Mas o seu lar? Os seguranças fazem o seu trabalho assim que o carro se aproxima e se mantém nas suas posições. Oliver da as ordens para abrir o portão. E o encaro pensativa.
Por que ele me trouxe aqui? O motorista dirige em silêncio até a entrada principal, e olho para todos os lados. Finalmente, o carro para.
- Vamos. - Oliver ordena.
- Não entendo. - murmuro.
- Não é para entender. - ele retruca, saindo do carro sem dizer nada. Começou a arrogância. Merda! Que homem bipolar. O motorista abre a porta para mim, e saio com um sorriso gentil. Caminho atrás do Oliver que entra em sua mansão sem olhar para trás. Assim que coloco os pés no chão da sala percebo que estou descalça. Esqueci meu salto na rua. Droga! Sento no sofá timidamente e logo ele faz o mesmo com um semblante pensativo. Talvez, sem entender a própria atitude por ter me trazido aqui.
- Agora você sabe o que passo na minha vida. - murmuro passando a mão na rosto.
- A sua mãe... É... - ele começa parecendo escolher as melhores palavras.
- O que tem ela? - pergunto, curiosa.
- Não quero ofendê-la... É só uma pergunta. Ela Trabalha ou trabalhou no bordel? - sua pergunta me pega de surpresa. Franzo a testa.
- Oh céus... Claro que não, o Luís esta completamente maluco. Acreditou nisso? - pergunto, incrédula.
- É por isso que estou perguntando.- ele da de ombros, dessa vez seus olhos me fitam.
- Por que me trouxe aqui? - pergunto, mudando de assunto.
- Sua mãe me pediu. - Oliver responde sentando no sofá. Ergo as sobrancelhas.
- Minha mãe? Desde quando você recebe ordens? Não acredito que tenha aceitado tão facilmente. - murmuro, desconfiada.
- Não me faça perguntas, Ariella. - Oliver se levanta.
- É meio que difícil não perguntar. - Falo me aproximando dele.
- Apenas fique. Não quero receber a notícia que a minha secretária matou alguém. Minha reputação estaria manchada em todos os jornais. - suas palavras me fazem rir.
- Se preocupa comigo ou sua reputação? - pergunto, com um sorriso amigável.
- Com a reputação da minha empresa.- Oliver corrige deixando um sorriso de canto escapar.
- Ficar aqui não envolve a sua empresa.- respondo como se fosse óbvio.
- Apenas fique e pronto. Amanhã você poderá partir.- Ele encerra o assunto.
- Não tenho nenhuma roupa aqui Sr. Oliver. - aviso, pensativa.
- Camilla vai ajuda-la. - Oliver informa, ao entrar na cozinha. Logo vejo uma senhora baixinha com cabelos curtos grisalhos acima do ombro descendo os degraus da escada em silêncio. Um sorriso brota dos teus lábios, e me aproximo para cumprimenta-la.
- Olá! - sorrio.
- Oi meu anjo. - ela responde, docemente.
- Mostre o quarto para Ariella. Eu vou descansar agora. - Oliver ordena, subindo as escadas enquanto desabotoa a sua camisa.
- É a primeira mulher a vim para sua casa.- Camilla avisa atraindo minha atenção.
- O Sr. William me informou exatamente isso. - Sorrio, gentilmente.
- Já conhece o pai dele?- ela aparenta surpresa.
- Sim, é porque sou a secretária do Senhor Oliver trabalhamos juntos. - afirmo, timidamente. Camilla segura minhas mãos e olha em meus olhos.
- Vocês terão um futuro juntos, mas passarão por muitas coisas complicadas para que isso possa acontecer. - Camilla sussurra para mim. Arregalo os olhos.
- O que isso quer dizer? - pergunto, assustada.
- Eu vi o destino dos dois quando olhei para você. - Ela avisa com um sorriso.
- O Sr. Oliver não sente nada por mim. Não temos nada haver um com outro, ele é meu chefe e será assim. - a corrigi com seriedade.
- O tempo irá revelar mocinha, agora irei mostrar o seu quarto... Venha. - Camilla sobe os degraus me deixando muito pensativa pelas suas palavras.
Não me vejo com Oliver. Não me vejo tendo um futuro ao lado dele. Somos totalmente diferentes um do outro. Mesmo se eu quisesse não daria certo de jeito nenhum. Caminho pelo corredor e vejo uma porta aberta. Logo me recordo da situação que aconteceu nesse andar com Erick. Balanço a cabeça para afastar esse pensamento.
Camilla da espaço para que eu entre no quarto e assim o faço.
- Descanse. Qualquer coisa pode me chamar. Vou buscar uma roupa.- ela avisa com um tom amigável.
- Nao precisa. Dormirei com o roupão de banho.
- Vou trazer para você ficar mais confortável.- ela avisa me deixando sozinha. Sorrio pela sua gentileza. Olho em volta e sento na cama a sua espera. O quarto é espaçoso, tem uma televisão pendurada na parede, um closet, banheiro e uma cama grande. No centro do quarto tem um tapete cinza macio que dá vontade de me jogar em cima dele.
Não demora muito para a senhora chegar no quarto. Retiro meu vestido na sua frente com cuidado para não amarrotá-lo e me olho no espelho ficando de sutiã e calcinha. Camilla coloca uma camisa masculina em cima da cama junto com um short moletom.
- Aqui... São roupas do Oliver. - Ela me entrega sorridente.
- Do Sr. Oliver? - pergunto, perplexa.
- Ele mesmo pediu para entregá-la. Fiquei surpresa também.- ela sussurra. Assim que pego a camisa da sua mão começo a sacudir de todos os jeitos. Examino cada parte demoradamente.
- Estranho. - resmungo.
- O que está fazendo? - Camilla pergunta, confusa.
- Só estou me certificando que não tem nada aqui dentro. Tipo, uma aranha, barata... Vai que o Senhor Oliver esteja aprontando comigo? - Cochicho a fazendo gargalhar.
- Você tem um bom humor. - ela elogia.
- Temos que ter. A vida é tão bela, não é? - pergunto, terminando de me vestir.
- Com certeza. Vou deixa-la sozinha agora. - Camila avisa. Balanço a cabeça positivamente, e a observo sair do quarto. Agradeço sua ajuda.
Olho melhor cada cômodo do quarto. No canto esquerdo tem uma cama de casal que aparenta ser bastante confortável. Há também, uma instante de livros, próximo a sacada. Só o espaço desse quarto já é a sala da minha casa. Meu Deus.
Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Estou na casa dele... É uma boa oportunidade para conseguir seu beijo. Acho melhor tomar um banho.
Deixo a roupa dele sobre a cama quando escuto passos vindo do corredor. Viro no mesmo instante me deparando com Oliver que passa pelo corredor na frente do quarto com os papéis na mãos. Seus olhos me flagram. Não fechei a porta, após a saída da Camilla. A maneira como seu olhar percorre pelo meu corpo é intimidador. Estremeço. Nunca sentir tamanha sensação com apenas um olhar. Ele desvia o rosto, rapidamente e vai embora. Corro até a porta e passo a chave na fechadura imediatamente. Solto um suspiro. Meu Deus!
- Que situação. - sussurro. Passo a mão na nuca com uma risada boba nos lábios e sigo para o banheiro.
~*~
Estou em frente ao espelho observando como a camisa do arrogante fica bem no meu corpo. Preferir fica apenas com a parte de cima e calcinha embaixo. Não quero colocar sua bermuda. Ainda não acredito que estou em sua mansão. Mando uma mensagem rápida para Ivy via whatsapp e aviso como está o andamento do plano.
Não aconteceu nada ainda.
Olho em volta do quarto, e sinto minha barriga roncar. Decido ir até cozinha beber água e comer alguma coisa. Acredito que ninguém deve está acordado já que são duas horas da manhã.
Abro a porta do quarto em silêncio e coloco a cabeça para o lado de fora. Tudo se encontra com pouca luz. Estou apenas de calcinha e a a camisa do Oliver que parece mais um vestido em mim. Não vejo problema andar pela casa assim. Até porque não deve ter ninguém, além da Camilla e a camisa dele parece um vestido em mim.
Começo a caminhar pelo corredor nas pontas dos pés chegando próximo a escada. Desço o degrau com cautela olhando para todos os lados. A sua imensa sala está escura. A Camila já deve está no milésimo sono. Sigo até a cozinha mantendo a luz desligada já que não vou demorar. Abro a porta da geladeira e pego uma jarra de água junto com um bolo de chocolate que esta dentro de uma vasilha.
Que delícia. Acho que vou comer um pouco. Meu chefe não deve se importar. Coloco tudo em cima da pia e analiso os armários.
- Onde fica os copos dessa cozinha? - Pergunto-me em meio a escuridão.
- Você por acaso é um morcego? - Viro assustada ao ouvir a voz do Oliver. Viro-me em um pulo o encontrando parado na porta da cozinha com um semblante sério. Meus olhos tentam se ajustar em meio a escuridão. Admiro o seu peitoral que está amostra e cenas picantes começam a passar na minha cabeça. Sinto uma chama acender inexplicavelmente. O que é isso? Por que sinto esse sentimento ao vê-lo?
- Desculpa entrar na sua cozinha assim, é que em deu fome.
- Pode comer Ariella. Não tem problema.- ele sorrir tirando um copo de vidro do armário. O observo disfarçadamente vendo que está vestindo uma calça moletom sem camisa.
- Obrigada! - agradeço assim que ele me oferece um copo e pego da sua mão quando nossos dedos se tocam. Sinto a mesma sensação que sentir no dia do acidente assim que tocou no meu joelho. Não sei explicar. Guardo a garrafa novamente na geladeira, após beber água e me encosto na parede vendo Oliver comer uma maçã pensativo.
- Está sem sono? - Pergunto puxando assunto enquanto começo a comer a torta.
- Sim. - Ele afirma. Sinto uma imensa vontade de beija-lo.... Uma vontade verdadeira. Não de fingimento. Não posso esquecer o meu objetivo aqui. Tenho que conquista-lo, e é isso que farei. Limpo a boca com a palma da mão e coloco o prato na pia. Penso por um momento e logo me vem a vontade de agir. Se for para conquista-lo que seja agora. Ando ao seu encontro que está encostado no batente e paro na sua frente.
- O que está fazendo? - Ele pergunta arqueando as sobrancelhas.
- Está com medo de mim?- abro um sorriso.
- Nao comece. - Oliver avisa, novamente desviando de mim. O observo ir até a pia joga a maçã no lixo. Vou logo atrás.
- Chega de dizer isso. É nítido que quer também. - afirmo me aproximando cada vez mais.
- Ariella... - ele tenta dizer mais alguma coisa, porém coloco o dedo indicador na sua boca o fazendo se calar. Dessa vez, pela minha surpresa Oliver não se afasta. Seus olhos me fitam.
- Para de falar e apenas me beije. - ordeno em um cochicho. Ele dá um sorriso de canto e umedece os lábios.
- Quer mesmo que eu faça com você o que estou pensando? - Sua voz soa rouca e fria. Recuo um pouco a cabeça com a sua pergunta.
Engulo em seco, nervosa.
- Me mostre. - peço sentindo minhas mãos trêmulas por não prever o que pode acontecer.
- Não me peça isso. Não é o que você quer, Ariella. - ele afirma, balançando a cabeça em negação.
- Eu quero. - respondo, com seriedade.
- Não faça isso com você. - Oliver insiste.
- Fazer o quê? - pergunto, confusa.
- Não faço sexo com romantismo. É apenas uma noite, sem importância, em quatro paredes e pronto. Sem compromisso... Acredito que você não... - Oliver fala sem importância tentando manter distância.
- Pode ser sem compromisso, mas com romantismo. - sugiro com um sorriso falso. Aonde estamos chegando? Desdo início me referia só o beijo... Agora, estamos falando de sexo? Não... Isso não.
- Vá para o quarto e durma. Seu dia foi hoje foi longo. - Oliver ordena com os olhos fixos na minha boca, mas ainda consegue se controlar. Me evitando novamente. O vejo seguir para fora da cozinha sem ao menos tentar me dá um beijo. Merda! Pensei que hoje seria o dia... Mas não deu. De novo. Depois dessa já não insisto mais nada... Começo a andar logo atrás dele para voltar pro quarto quando Oliver se vira me pegando desprevenida e para na minha frente com os olhos intensos. Paraliso.
- Não posso me controlar mais.- Oliver murmura. Suas mãos me puxam pela cintura e nossas bocas se encostam lentamente. Abro a boca para da a passagem a sua língua, e finalmente o beijo acontece. Ardente. Lento. Calmo.
Suas mãos traçam um caminho inexplorado pelo meu corpo, explorando cada curva e contorno. Elas param de maneira firme nas minhas nádegas, apertando com uma intensidade que ecoa nas profundezas do meu ser. Cada toque dele provoca uma resposta arrebatadora em mim, um despertar de desejo.
Ouço o gemido escapar dos lábios dele, um eco sensual que se mistura ao calor do momento. Instintivamente, jogo a cabeça para trás, permitindo-me absorver cada sensação, cada arrepio de prazer que ele desperta em mim. A proximidade é palpável, e o suspiro que escapa dos meus lábios é um testemunho da intensidade do que estamos compartilhando. Em uma explosão de paixão, sinto minha camisa sendo levantada, revelando minha pele exposta apenas pela calcinha, sem o sutiã. O contato entre nós não diminui, cada beijo é uma promessa, um compromisso silencioso de entrega mútua. A atmosfera carregada de desejo parece suspender o tempo, e, por um instante, somos os únicos habitantes deste espaço intenso e privado. E, apesar de uma voz interior sussurrar sobre os limites que estão sendo ultrapassados, a chama e o prazer sussurram mais alto, guiando-me por um caminho sem retorno. Começamos a andar até a sala juntos com nossas bocas grudadas. Adentro a mão em seu cabelo e o agarro para mais perto. Logo sinto minhas pernas baterem no sofá. Oliver me deita com cuidado ficando por cima de mim. Sua mão aperta minha coxa, subindo devagar até alcançar os meus seios. O beijo acelera. Mordo seu lábio inferior deixando um gemido escapar. Arfo.
- Oliver... - Sussurro o seu nome. Uma onda de prazer surge dentro de mim. Meu coração está acelerado e a vontade de senti-lo dentro de mim aumenta. Sua mão toca na lateral da minha calcinha com o intuito de tirá-la quando tomo conta da realidade. Arregalo os olhos. Não, não, não posso fazer isso. Não posso me entregar a esse ponto. Sua boca desce até o meu pescoço depositando uma mordida prazerosa. Reviro os olhos de desejo. Não, preciso resistir.
O empurro ao perceber aonde estamos chegando. Tento faze-lo parar, mas Oliver não parece perceber, pois continua beijando meu pescoço.
- Não, Oliver! Pare, pare. - peço quase aos gritos o fazendo parar por fim em um susto. Estamos quase suados. Sem fôlego. Respiro pesadamente.
- O... Que... Aconteceu?- ele pergunta pausadamente enquanto se afasta passando a mão no rosto. Minha nossa! O que foi isso? Estou com vontade de conhece-lo intimamente. Quero mais que um simples beijo. Isso não poderia acontecer. Eu não deveria ter essa vontade. Por Deus, foi nosso primeiro beijo e já sentir isso tudo?
- Eu quero, mas é que... - Tento dizer, com os olhos marejados. Oliver se levanta frustado.
- Eu fiz algo errado?- ele indaga.
- Não. - respondo me levantando.
- Ah, então entendi... Foi fácil dizer que queria. Tentou me seduzir, provocar e demostrou corresponder, mas encarar a situação foi difícil para você, não é? - ele pergunta friamente.
- Oliver...
- Não a tocarei mais, não se preocupe.
- Não é isso.- tento explicar. Mas o que falar? Não foi nenhuma mentira. Tudo o que disse foi verdade. Nos olhamos por alguns minutos até que ele me dá as costas indo para a escada. Fico sozinha na sala. Me jogo no sofá constrangida. Não foi a situação em si que me assustou, mas o que sentir ao beija-lo.
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Ariella - Uma Escolha (1° LIVRO)
RomanceAutora: Emily Silva Seja Consciente, PLÁGIO É CRIME Obra registrada na Biblioteca Nacional. 'Entre Vinhos e Palcos', a vida de Ariella Young, uma atriz dedicada, desenha um dilema cativante. Enfrentando dificuldades financeiras, ela recebe uma pr...