Ariella Young
Logo o novo dia chega. Como ordens são ordens. Cheguei mais cedo na empresa a pedido do arrogante. Confesso que foi horrível ter que acordar mais cedo do que o costume para me arrumar, mas assim eu fiz.
Ao passar pela entrada do edifício da empresa sigo para o elevador quando esbarro em alguém derrubando seus documentos. Ergo a cabeça para me desculpar e me deparo com Munique Cerqueira, a mulher que foi muito invasiva falando das suspeitas sobre Oliver e e eu. Ergo as sobrancelhas. Tento esquecer um pouco esse desentendimento, e lhe ajudo sem me importar.
- Me desculpa! - digo ao pegar alguns papéis.
- Não, não precisa fazer isso se não quiser Ariella. - Ela fala com o semblante sério sem fazer contato visual comigo. Franzo a testa.
- Estou fazendo porque quero ajudar.- respondo entregando os seus papéis.
- É... Estou vendo. Obrigada!- Munique da um sorriso pegando os papéis da minha mão.
- Trabalha aqui? - Pergunto com curiosidade. Segunda vez que a vejo, provavelmente deve trabalhar.
- Neste momento estou em uma investigação. Precisei sair da França para vim aos Estados Unidos trabalhar em... Um caso.- Ela explica dando de ombros.
- Investigação? - indago com as sobrancelhas arqueadas.
- Exato. Estou no caso que ocorreu na vinícola do Senhor Oliver. Vim para resolver alguns coisas a pedido dele. - ela acrescenta me deixando surpresa.
- Entendo. - murmuro.
- Agora preciso ir. Tenha um bom dia, Ariella. - Munique disse com uma piscada de olho. A vejo se afastar para o corredor desfilando. Esqueci de perguntar sua profissão. Talvez, seja Detetive? Policial? Promotora? Reviro os olhos. Não quero mais saber.
Começo a caminhar para o elevador tranquilamente. Mexo em meu celular no momento que ele toca. O nome do Oliver aparece no visor. Sorrio antes de atender.Ligação ON.
- Bom dia, Senhor. - digo, educadamente.
- Já chegou na empresa?- ele pergunta, com uma voz rouca. Mordo os lábios.
- Sim. Estou subindo. - respondo.
- Traga um café. - Oliver ordena.
- Okay. - respondo encerrando a chamada.
Ligação OFF.Entro no elevador e aperto o botão calmamente. Penso um pouco sobre a minha vida enquanto passo de cada andar. Não pretendo ficar aqui por muito tempo, ainda quero seguir minha vida de atriz, trabalhar com o que eu mais amo e viver desse jeito.
A porta do elevador se abre e caminho até a cozinha que fica um pouco distante da minha sala. Lucy não se encontra na recepção por ser muito cedo. Então, o andar permanece vazio. Somente algumas pessoas ajeitam suas mesas para começar a trabalhar. Me aproximo da cozinha vendo Mônica cantarolando.
- Bom dia! Olha eu mais uma vez.- aviso, com sorriso gentil.
- Veio tomar um cafezinho?- ela pergunta, arrastando a cadeira para mim. Nego com a cabeça.
- Na verdade, vim pegar um café sem leite para o Senhor Oliver.- respondo.
- Ah, sim! Acabei de fazer. Está quentinho. - Mônica diz entregando-me uma xícara de café. Ela é baixa, pele negra com olhos puxados e lábios carnudos, uma aparência angelical que atraem atenção de qualquer homem. Uma mulher linda. Mônica me entrega o pote de açúcar e coloco duas colheres mexendo devagar bem satisfeita.
- Obrigada. - agradeço.
- Qualquer coisa é só chamar. - ela avisa, assim que saio da cozinha. Sorrimos uma para outra, e volto a caminhar em direção a minha sala.~*~
Bato na porta do escritório duas vezes antes de entrar. Oliver observa a rua em sua imensa parede de vidro que fica logo atrás da sua mesa e permanece do mesmo jeito assim que ouve a minha entrada. Ponho o pires com cuidado entre os documentos na sua mesa e o encaro timidamente no momento que seus olhos encontram os meus. Suspiro.
Ele se aproxima.
- Camilla foi hoje para a sua casa. - Oliver avisa segurando a xícara.
- Que notícia boa.- comento mantendo a postura profissional como devo agir diante do meu chefe - mesmo que seja uma missão difícil.
- Ela saiu do hospital hoje pela manhã.- Oliver explica dando um gole demorado em seu café. Assinto.
- Ela fez todos os exames?- Pergunto, demonstrando preocupação.
- Sim, mas não constaram nada.- ele dá de ombros.
- Nossa! Que notícia boa. - respondo, abrindo um sorriso um pouco fraco, porém por dentro me sinto aliviada por não ser nada sério.
- É. - Oliver murmura. Caminha em volta da sua mesa e segue até a sua instante de livros com um semblante pensativo. Fico sem jeito e passo a mão no rosto. É estranho ficar perto dele depois de tê-lo beijado mais vezes. Conhecê-lo de uma maneira que jamais pensei que conheceria é impactante - no bom sentido, claro. Agora preciso agir de forma profissional o que torna complicado nessa situação.
- Se precisar de alguma coisa é só chamar, Senhor. Licença. - aviso indo direção a porta com intuito de me retirar.
Alcanço a maçaneta e giro-a devagar.
- Quero que fique aqui. - seu tom de voz me faz paralisar. Engulo em seco. Solto a maçaneta vagarosamente, e o encaro com os olhos arregalados. Será que ouvir isso mesmo?
- Quer que eu fique? - Pergunto novamente.
- Sim. - ele responde enfiando uma das mãos livres no bolso da calça.
- O Senhor esta bem? - Pergunto percebendo seus ombros relaxarem. Oliver parece cansado. Me aproximo aos poucos com o estômago embrulhando de nervoso.
- Por que não estaria? - ele pergunta com as sobrancelhas arqueadas.
Me olha. Dou de ombros sem saber o que responder. Permaneço em silêncio. Logo me pego pensando no evento que ocorreu na França. Tive curiosidade naquele dia de saber o que realmente aconteceu com o homem que foi levado pelos seguranças. No dia achei melhor não tocar mais no assunto, só que agora é um bom momento de saber o que de fato aconteceu logo depois da festa.
- Já que estamos aqui... É... Eu gostaria de fazer uma pergunta.- fico apreensiva.
- Pergunte. - Oliver ordena bebendo o café de uma só vez.
- Na França quando estávamos no quarto. O Senhor saiu as pressas no momento que eu afirmei quem foi o rapaz que me chamou para "dormir" no evento. O que fez com ele naquela noite? - Pergunto intrigada. Ele se aproxima com um sorriso perverso deixando um suspense no ar. Seus olhos fitam os meus.
- O que acha que fiz?- sua pergunta me estremece já que estamos próximos demais.
engulo em seco.
- Eu não sei. Seus dedos estavam machucados, mas... O que fez? - insistir.
- A deixarei imaginar o que posso ter feito com aquele... Indivíduo, mas de uma coisa você tem que ter certeza. Não a chamei de prostituta para ninguém.- Oliver enfatiza com um semblante sério.
- O machucou? - franzo a testa. Oliver suspira e passa a mal na nuca parecendo pensar. Percebo seus olhos percorreram a instantes de livros até parar em mim.
- Deveria ter feito mais... - ele murmura deixando um sorriso escapar. Logo entendo sua resposta. Ele foi atrás do homem por minha causa... Nossa! Penso como sua mão ficou bem machucada naquela noite. Deve ter desferido diversos socos.
- Acredito em você... Sei que não me chamou de prostituta. - digo dando o assunto como encerrado. Oliver da um sorriso discreto e caminha na minha direção me deixando surpresa.
Quanto mais seu corpo se aproxima do meu de forma misteriosa e intimidadora, mas nervosa fico. Meu corpo estremece. Tudo desvanece. O meu foco se mantém nele. Em nós. Oliver abre boca parecendo querer dizer algo, mas nada sai. Seus olhos me fitam e sinto o quão desejada estou sendo neste exato momento. É recíproco, claro, eu o desejo também... Com todas as minhas forças.
Ele parece lutar contra si para tentar se controlar. Fecha os seus olhos com firmeza e solta a respiração.
- Oliver... - tento dizer algo quando seu corpo para finalmente a um palmo de distância do meu.
- Eu... Não me reconheço mais... Quando... Fico perto de você. O que fez comigo, Ariella? - Oliver pergunta pausadamente em um cochicho. Um sorriso de canto surge na sua deliciosa boca. De repente, sua mão se estende na minha direção tocando em uma mecha do meu cabelo. Esse toque me causa arrepios. Dou dois passos pra trás o deixando surpreso.
- Não! - sibilei.
- O quê?- ele franze a testa sem entender.
- Qual é o seu jogo?- indaguei, brava. Nesse momento não estamos agindo como chefe e secretária, agora somos Ariella e Oliver... Sem cargo nenhum. Então, deixarei as formalidades de lado.
- Por que pergunta isso?- Oliver continua perplexo.
- Ontem não olhou para a minha cara, não falou direito comigo em momento nenhum e agora se aproxima como se não tivesse importância pelo o que ocorreu... Sendo que a forma como age comigo me importa. Você praticamente agiu como se eu fosse um ninguém na frente do Nicolas. Pensei que tivéssemos criado... Não sei, uma amizade? Mais não, não foi bem assim. Eu não quero ser a mulher que atende seus desejos para satisfazê-lo na hora e no dia que quiser e depois ser tratada como se eu fosse um ninguém. - falo tão rápido que quase não respiro. Ele desfaz o sorriso perplexo pela minha reação.
- Como? - ele indagou confuso.
- Isso que ouviu. - retruco revirando os olhos.
- Está se importando com o jeito que devo trata-la? Bem, não foi isso o que pareceu no sofá da minha casa naquele dia ou no hotel da França. - Oliver relembra ironicamente. Reviro os olhos.
- Ah, então acha que naquele dia eu demonstrei ser qualquer mulher só pelo fato de querer beija-lo? Acha que deve me tratar com desdém por isso? - pergunto, irritada.
- Não a vejo da forma que pensa, Ariella. Só que as suas atitudes não condizem com suas palavras agora, estou apenas comentando. Você se ofereceu para mim durante a maior parte, eu estou apenas retribuindo já que estou com vontade também. Agora não estou dizendo que seja uma mulher qualquer, diferente de você que insinuou que eu uso as mulheres só para me satisfazer sem da valor.- ele rebateu franzino a testa inconformado.
- Como não? Eu lembro bem no dia do "sofá" na sua casa... Nos beijamos pela primeira vez e você deixou bem claro isso. Como foi mesmo? Ah, lembrei... "Apenas uma noite em quatro paredes e acabou" cadê o valor nisso?- acrescentei sentindo a garganta ficar seca.
- Sexo sem compromisso, sim. Agora usa-las jamais. Não uso ninguém, faço tudo com o consentimento delas. E também não preciso ficar lhe dando satisfação sobre isso. Parece até que sou seu namorado. - Oliver rebateu, impaciente. Fico em silêncio por alguns minutos. Ficamos calados por um bom tempo.
O encaro com um sorriso malicioso.
- É verdade o que disse para mim?- Indago. Continuamos perto um do outro. A nossa mudança de humor é tão engraçada. Um momento estamos discutindo em outro estamos tranquilos.
- Sim...- Oliver afirma me surpreendendo de novo.
- Me fale mais uma verdade sua que eu direi a minha.- peço retraída e ao mesmo tempo excitada por está tão perto. Teu cheiro me excita.
- Para ser sincero de todas as mulheres que beijei sem compromisso, você é a única que... Eu não aguentaria ficar por apenas uma vez.
- Você ja repetiu a dose com as outras... Para de me iludir! - falo com zombaria sem acreditar nessa verdade.
- Tenha certeza que você foi a primeira. - Oliver repete com as sobrancelhas arqueadas. Desfaço o sorriso. - Qual é a sua verdade?
- Hum... - suspiro pensando na sua pergunta. Ele enfia suas mãos no bolso da calça com um semblante curioso. Não hesito. Chego mais perto dele e ergo a cabeça para aproximar as nossas bocas.
- A verdade é que eu...- mexo os dedos discretamente.
- Diga! - Oliver me olha.
- Quero sentir você dentro de mim.- eu disse por fim, vendo seus olhos se ascenderem. Parece não acreditar no meu pedido. Sim, fui mais safada que ele. Confesso!
- Em que sentido? Porque agora a pouco você se afastou de mim por um simples toque.
- Não quero um simples toque, Oliver.- falo rapidamente. Ergo a mão direita até a sua gravata e a seguro entre os dedos com força. - Quero você de todas as formas possíveis.
- Puta que pariu! - ele sussurrou tocando em meu rosto com as duas mãos me conduzindo de encontro aos seus lábios com força e ternura... Não sei explicar a dimensão de sentimentos que o seu beijo me faz sentir. Suas mãos apertam minha cintura até parar nas nádegas. Nossa! Que pegada. Ele se afasta um pouco para tirar algo do seu bolso. Logo percebo que é um mini controle. Ele aperta um dos botões fazendo com que a parede de vidro do seu escritório seja coberta automaticamente para manter a privacidade referente aos outros edifícios que estão a nossa frente. Deixo um sorriso escapar. O escritório fica com pouca luz favorecendo o momento. Oliver segura minha mão e me leva até a sua mesa. Tira o notebook, documentos e a xícara colocando tudo na poltrona.
Sento sobre a mesa com os pés descalços. Procuro seus lábios ofegante me retorcendo contra seu corpo sentindo suas mãos deslizarem até minha coxa para erguê-la na altura do seu quadril. Arfo.
Curvo o meu corpo para trás quando sinto seu membro roçar por cima da roupa na minha intimidade. Céus!
- Puta que pariu. Nunca transei no meu escritório. - seu tom de voz é quase inaudiável.
- Você tem uma reunião marcada daqui a meia a hora. - aviso, ofegante.
Oliver me beija novamente sem me responder deslizando sua boca na lateral do meu pescoço, enquanto suas mãos exploram cada parte sensível do meu corpo. Agarro o seu paletó ligeiramente e o jogo no chão retirando também a sua gravata. A todo momento tento controlar os gemidos que escapam dos meus lábios. Não quero que Lucy ou outros funcionários escutem o que estamos fazendo. Não demora muito para eu ficar apenas de lingerie na sua frente. Oliver passeia os olhos pelo meu corpo com um sorriso de canto. Toco em seu queixo de leve e o trago para mim.
- Você é gostosa pra caralho! - ele cochicha ficando entre minhas pernas. Seu peitoral está exposto fazendo com que eu admire cada detalhe seu. Que barriga definida ele tem... Minha nossa! Em um movimento gracioso sua boca se fecha no meu seio direito enquanto tento abrir o zíper da sua calça. Logo alcanço seu membro grande e rígido em volta dos meus dedos. Oliver geme. Sobe novamente para me beijar quando o encaro com o intuito de demonstrar o quanto quero senti-lo.
- Você esta acabando comigo, Ariella. - Suas palavras me excitam. Nos olhamos de prazer.
- Por favor, faça isso... Me faça sua hoje.- suplico em um sussurro passando as mãos nas suas costas. Não tenho vergonha por estar exposta. Eu quero e preciso ter essa intimidade com ele. Necessito disso. Oliver obedece o meu caloroso pedido. Deito por fim, sobre a mesa e fecho os olhos ao sentir seu membro tocar na minha parte íntima... Jamais pensei que fosse me entregar para ele. Meu Deus! Solto um gemido suave assim que sou preenchida profundamente. Seus olhos fitam os meus ardente de desejos a cada estocada. Cravo as unhas nas suas costas e volto a beija-lo.
É incrível que mesmo com o ar-condicionado no escritório estamos suando feito loucos. A paixão. O calor. Esse fogo que sentimos é além do que imaginamos. Logo os movimentos se tornam mais fortes e precisos. Não sei por quanto tempo ficamos no movimento de vai e vem, mas não pude controlar o gemido alto que deixei escapar quando cheguei ao clímax. Mantenho os olhos fechados.
Oliver me cala com um beijo molhado e selvagem.
- Shiu! - ele sussurrou com um sorriso torto.
- Não consegui conter. - aviso ofegante colocando meus braços em volta do seu pescoço. E continuamos transando em sua mesa. Entrego-me de corpo e alma ao prazer extremo que estou sentindo e tento não gemer alto. Em um movimento sinuoso o vejo chegar ao ápice explorando o meu corpo cada vez mais. Uau! Parece que fundimos como um metal de tão quente e caloroso que cada ato nos proporcionou.
Continuamos em silêncio para recuperar a respiração. Oliver continua em pé sobre mim apoiando o seu peso na mesa. Não quero que acabe... Parece que a qualquer movimento esse momento será rompido. Adentro os dedos em seu cabelo e permaneço deitada na mesa... Ouvindo o som apenas das nossas respirações.
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Ariella - Uma Escolha (1° LIVRO)
RomanceAutora: Emily Silva Seja Consciente, PLÁGIO É CRIME Obra registrada na Biblioteca Nacional. 'Entre Vinhos e Palcos', a vida de Ariella Young, uma atriz dedicada, desenha um dilema cativante. Enfrentando dificuldades financeiras, ela recebe uma pr...