Capítulo 1 (Parte 2)

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Voltei a mexer no Twitter, provavelmente os rapazes pensam que estou a responder às fãs, mas não estou. Elas merecem que eu lhes responda, só que a minha cabeça está demasiada ocupada a pensar na Luna.

Fui ao seu Twitter para ver se ela tinha postado alguma coisa. Não a sigo, não sei porquê. Afinal de contas seria normal eu fazê-lo, é uma fã. Ninguém iria pensar em nada demais.

Acho que o facto de esconder isso dos rapazes faz com tudo o que faça em relação à Luna pareça um crime.

Ela pus um tweet a dizer : " Não me importava de namorar com esse certinho." Apareceu uma foto minha, mais propriamente o Marcel. Rio-me, ela põe poucos tweets mas os que mete são engraçados, pelo menos para mim são.

Ainda estou consciente o suficiente para me lembrar como é estar interessado numa rapariga e tudo o que ela faz parece-nos incrível. Acho que é isso que me está a acontecer.

Deus, é tão infantil isto tudo!

A minha cabeça está dividida em tudo o que me rodeia. Como a minha família iria reagir, as minhas fãs, os rapazes, principalmente.

Acho que as outras fãs não iriam aceitar. Mas, se elas me amam tanto quanto dizem, irão aceitar a Luna se algo acontecer entre nós.


...


No momento em que chego a casa, sinto-me completo. Chegar a casa depois de meses de viagem é uma das melhores sensações que alguma vez senti.

Estou a precisar de descansar. Preciso de acordar às 11 horas da manhã e ouvi a minha mãe a ralhar comigo porque já é muito tarde. Eu sinto falta disso. E acho que não sou o único a sentir falta de algo, assim que abro a porta a Gemma salta-me para os braços.

Nunca mais digo que ela não tem força. Eu aperto-a nos meus braços e beijo os seus cabelos.

- Chega, Gemma. Quero continuar vivo. - Brinco com ela.

Ela afasta-se e puxa-me para o sofá. Este é o nosso ritual sempre que venho de viagem, é bom como o caralho. Falar com a minha família sobre as coisas que amo, faz-me bem.

- Então, como correu tudo?

- Bem, agora vamos ficar uns dias sem concertos, acho eu. - Sou pontual, mas não sei a nossa agenda de cor e salteado.

Isso fica para o Liam.

- Boa, assim podemos passar uns dias juntos. - Ela sorri animada.

- Claro que sim, a mãe? - Acho estranho a dona Anne não estar cá para me agarrar tão forte quanto a Gemma.

- Ela foi ao Centro Comercial, ela disse que voltava antes de ti.

- Perdeu-se nas lojas, como todas. - Dou de ombros. - Típico das mulheres, não achas?

Ela mostra o seu dedo do meio para mim, enfia-o.

- Então, mulheres, muitas?

Ela inclina-se no sofá. Eu já conheço essa posição: sempre que ela gosta do assunto de conversa fica assim, como se nunca mais quisesse parar de falar sobre aquilo.

- Não te ajeites muito no sofá, estou a ir-me embora. - Finjo que me vou levantar.

- Ok, não insisto. Fala-me daquilo por terem gozado com o Niall no concerto. Foi horrível para ele, não?

- Nem fazes ideia, ele ficou mesmo em baixo depois daquele concerto.

Foi horrível como a Gemma disse. O Niall é o mais sensível de nós. A pele dele é a única que fica vermelha ao apertarmos levemente, é como o seu coração em relação ao nosso, um pequeno insulto e ele fica negro com a dor.


...


Hoje é um novo dia. Decido ir dar uma volta, quem sabe não a encontro. Apanho a minha carteira e o meu telemóvel. Vejo se tenho alguma mensagem do Louis, afinal a coisa deu-se bem para o lado dele.

O motorista deixa-me no centro da cidade de Londres, é tão agitado. Não passei despercebido por várias fãs, muitas até.

Fotos, autógrafos, pequenos diálogos... Apenas o comum.


...


Tentei encontrá-lo com o olhar. No centro de Londres, é tudo, menos fácil encontrar alguém com o olhar. Enquanto espero arranjar outra coisa para fazer vou para o seu Twitter.

" Hoje vi o Harry, ele estava tão lindo. Estava com tanta pressa que nem pude pedir um autógrafo, tenho que arranjar forças para ir para as aulas agora. Amo-te Harry Styles. "

Eu rio para o meu telemóvel. Ela viu-me. Isso é um sinal. Ela anda pelo centro de Londres, logo isso já me incentiva a passar por lá mais vezes. Olho para o relógio e reparo que já é de noite. Agora sei que ela estuda à noite em vez de dia. O que será que ela faz o dia inteiro? Estou curioso.

O nome Albert faz eco por todo o meu cérebro. Eu não posso, nem devo, invadir assim a sua vida. Mas, eu também não lhe vou fazer mal, só quero saber quem ela é, o que ela faz, sobre o que ela estuda, quem são os seus pais, se ela tem irmãos, se ela tem namorado ou se é lésbica ou bissexual, se tem cadastro, se gosta de cantar, se escreve histórias sobre mim, tudo isto.

Eu quero saber tudo.

Eu vou ligar ao Albert, não a vou magoar, só a quero conhecer melhor. Bem melhor.


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