Capítulo 114

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- Bem eu não sei que tipo de flores ela gosta. - Fico sem jeito ao dizer isso à mulher idosa, ela provavelmente, deve pensar que tipo de namorado devo ser para nem sequer saber as flores preferidas da minha namorada. 

- Tudo bem, então leve rosas. 

- Então okay. - Aceito. 

Ela começa a fazer o ramo, só espero que ele chegue direito a casa. Assim que está pronto, paga-o e saio. Seguro-o corretamente até ao carro, deixo-o ao meu lado enquanto canto em caminho de casa. Espero que ela durma mais um bocado para ter tempo de lhe fazer o pequeno almoço. Ela merece isso e muito mais. 

Quero-a recompensar pela noite de ontem, a qual deveria ter acabado connosco a fazer amor. Iria seduzi-la, dar-lhe todo o meu amor. Iria ouvi-la a dizer que queria fazer amor comigo e sem qualquer receio iria fazê-lo. 

Mas não, o filho da puta do jornalista estragou-me os planos todos. 

Deveria ter feito o jantar em casa como o Liam recomendou, mas não. Feito burro fui jantar fora. Se tivesse feito em casa ninguém me incomodaria. A esta hora estaria acordando e vendo os lençóis sujos do seu sangue. Iria dizer-lhe os cuidados que ela deveria de ter, prevenir-lhe quando ela fosse à casa de banho... 

Abano a minha cabeça com os meus pensamentos nojentos, o meu objetivo era dar-lhe amor, não acabar a noite fodendo-a. Não sei porque pensei nisso dum momento para o outro.

Os jornalistas não largam o portão de minha casa, passo com o carro. Os seguranças não os deixam entrar, isso deixa-me descansado. Posso a ter minha privacidade, por vezes, tenho vontade de fugir, esquecer-me de quem sou. Isto para ter um pouco de paz, para ver-me mais longe das câmaras.

O portão da garagem fecha, totalmente, assim que saio do carro. Agora sim, não há ninguém para tirar fotografias e fazer perguntas idiotas. 

Quem conhece minimamente a Luna sabe que ela era incapaz de estar comigo por sexo. E muito menos pelo dinheiro. Este é sempre um problema para nós, sempre uma discussão. Deixo o ramo na mesa da sala. Deixo os sacos com tudo o que não presta para comer em cima da mesa. Pego no tabuleiro grande e coloco-o em cima da mesa. Os pães com chocolate ainda estão quentes, deixo-os num pequeno prato. Pego nos pacotes de leite e no sumo. Abro os armários procurando os chocolates com forma de coração. 

- Merda, preciso de organizar os armários. - Resmungo. 

Daqui a pouco são sete e meia, óbvio que a Luna vai acordar para ir trabalhar, mas hoje ela não vai. Se o pai dela a despedisse ela ficaria dependente de mim, isso era incrível.

Não, não era.

Coloco os chocolates no tabuleiro e ando para a sala. A minha morena ainda dorme enrolada nas almofadas. Olho para o seu rabo atraente, aquela roupa interior amarela deixa-a completamente excitante. Quero tirar a minha roupa e beijá-la até ela pedir que faça algo, mas não o faço. Preciso respeitar o seu tempo.

Procuro um filme triste para ver-mos. Deveria procurar uma comédia, mas quero vê-la chorar, é cómico. Lembro-me o quão ela chorou quando vimos " Walk to remember " foi mais do que engraçada. Decido por escolher " Pearl Harbor " esse é certo que ela vai chorar rios. 

Sento-me no sofá, deito a sua cabeça nas minhas pernas. Ela mal se move. O meu subconsciente diz-me uma maneira porca para acordá-la. Deixo a minha mão pelas suas mãos apertando-as enquanto os meus lábios beijam os delas mesmo esses estando parados. Mordo o seu queixo com força, ela move-se como um resmungo. Passo para o seu pescoço, de certeza, que ela vai acordar. 

- Que horas são? - Assusto-me quando ela se levanta. 

Os nossos narizes bateram brutalmente. Sinto uma dor horrível no meu, ela esfrega o seu resmungando. Se não fosse tão difícil eu diria que está a correr sangue do meu nariz, mas a minha mão limpa confirma que não. 

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