Capítulo 110

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- Como és tão perfeita Luna? - Ele volta a passar os seus cabelos nas minhas bochechas. - Obrigado. 

- Eu quero pedir-te desculpa por duas coisas. - Murmuro, preciso de me desculpar.

Sinto que tudo o que disse à jornalista não é verdade. O Niall sabe disso, tanto como o Harry. 

- Primeiro porque eu não pensei logo na confiança que eu sentia, sinto por ti, mas sim pensei  que te tinhas descaído pelo sexo. Se o Niall não te tivesse dito que tu não és homem de trair as tuas namoradas eu não estaria a falar contigo agora.

Ele abana a cabeça positivamente. 

- Segundo por eu dizer que te amo diante de muitas pessoas. Deveria ser apenas entre nós, seria mais romântico. Achas que me podes desculpar?

- Calma amor, não vou ficar zangado contigo por isso. Sabes aquela pergunta da jornalista? Aquela em que ela perguntou se fosse ao contrário? 

Sinto uma dor no coração com o que ele vai dizer. Eu já sei o que é. 

- Não precisas de dizer nada. 

Não quero que ele diga, irá doer-me mais. 

Se ele não disser nada eu vou repetir milhões de vezes na minha cabeça que ele iria ficar comigo, por acreditar em mim. Iria repetir, também, que ele não ia contabilizar a opinião das outras pessoas, por mim. Por nós, por Lunarry. Pelo nome que ele criou para nós. Faria isso até acreditar.

- Eu preciso justificar-me, eu não queria pensar asim, mas eu acho que não posso mudar. 

E tudo foi-se. 

A minha esperança foi-se. Ele não deveria ter-me dito isto, só me apetece gritar com ele, pois eu confiei nele. Independentemente de ter ouvido primeiro o Niall ou não. Eu estou com ele, mesmo vendo a cabra a beijá-lo. 

- Tudo bem. - Desisto. 

- Estás zangada comigo? 

- Não, porque haveria de estar zangada? Tu apenas não continuavas comigo se fosse ao contrário. Porquê? Porque a merda da opinião dos outros é muito mais importante do que eu. Mas eu hei-de ignorar a opinião dos outros porque confio muito em ti. Não tenho motivos para ficar zangada, não é? - Disparo em sua direção, vejo o coração dele a ser ferido, mas logo junta-se para me incriminar.

- Tu não confias assim tanto em mim. - Ele começa a acusar. - Tiveste que ouvir o Niall, esqueces-te-te? 

- Mas ainda assim estou contigo! - Grito. - Se tivesses ouvido o Niall, caso fosse ao contrário, continuarias comigo?

A minha pergunta deixa-lhe desprevenido. 

- Não. - Ele baixa os olhos, provavelmente, envergonhado pela sua resposta.

- Não me espantas nem um pouco, não importa de qualquer das maneiras. Acho melhor esquecer-mos isso. 

- Espera. - Ele segura o meu braço. - Nós não vamos ficar zangados, pois não? Estávamos tão bem amor. 

Abana a cabeça, não em sua resposta, apenas por desilusão. Ele só se preocupa com o facto de estarmos bem e com aquilo que sinto? Deixa estar, fica para a próxima. 

- Está tudo bem, vou só beber água. A minha hora de almoço está prestes a acabar. 

- Espera amor, eu sinto que nada está bem, foi por ter sido sincero, não é? 

- Não! - Grito. - Não é por teres sido sincero. É porque não acreditas em mim, tu não confias em mim. - Expludo. 

- É óbvio que confio. - Ele grita em defesa. - Qual é a tua?

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