Capítulo 109

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As suas pequenas mãos puxam-me para mais perto. O meu coração bate, ansiosamente, por uma resposta. Será hoje? Será que hoje a vou ter completamente entregue a mim? Desejo isso do fundo do meu coração, não tenho a intenção de sentir prazer, mas se de amá-la. Beijá-la, acariciá-la enquanto ela sente dor, mas irá sentir-se amada. Amada por mim, apenas e apenas por mim. 

Seguro as suas dobras dos joelhos e levanto-a, ela ri por estar mais alta do que eu. Eu já tinha algumas saudades do seu riso, é lindo. Parece uma verdadeira princesa. Apenas falta-lhe uma coroa. A coroa da Luna vai ter o nome de aliança. 

Fecho os meus olhos enquanto ela beija o meu pescoço. As suas pequenas mordidas apenas me excitam mais. Começo a subir as escadas com cuidado para não cair. 

- Harry? - Ela chama por mim. 

Limito-me a ficar calado, os seus beijos passam para a minha bochecha. Cada pequena parte que ela beija parece que ganha vida. 

- Sabes, eu senti imensas saudades tuas. - Ela encontra os meus olhos. - Sabes aquela blusa que te malhei com café? Aquela do dia em que nós nos conhecemos. 

- Sei. - Afirmo. 

- Eu dormir com ela estes quinze dias. Ainda tem o teu cheiro, queria sentir que estavas sempre ali abraçando-me. - Vejo alguma tristeza nos seus olhos.

Ela, realmente, sentiu imensas saudades minhas. Esses abraços, esses beijos, essas caricias são verdadeiras. Isso faz com que o meu lado doente fique mais calmo. Ela mostra que está do meu lado, que me ama e que só me quer a mim. 

E nada mais posso pedir por esta noite. 

- Eu dormi olhando para o ecrã do meu telemóvel, coloquei lá a tua foto. 

- Oh, és o melhor namorado do mundo. - Ela ri. - A tua mãe sempre disse que quando estás, realmente, apaixonado pela rapariga ficas assim, super romântico. 

A minha gargalhada é alta. Eu não acho, sempre fui meio romântico. A minha mãe que acha que sou mesmo, muito romântico. Deito-a entre os meus lençóis, ela sempre fica melhor nos meus do que nos do Niall. 

Não. Não vou pensar assim. 

- A minha mãe é uma exagerada. - Procuro um assunto que me faça rir, invés de estar dando vida ao meu lado doente. - Achas que sou muito romântico? 

Começo a despir-me, ela inclina-se pelos cotovelos e fica olhando para mim com um lindo sorriso nos seus lábios que tanto adoro morder. 

- Bem, acho. 

Faço-lhe cara feia e fico apenas de boxers. O chão de madeira não me deixa sentir frio algum nos pés. Ajoelho-me entre as suas pernas, quero-a nua. Para eu segurá-la e saber que por mais sem roupa que ela esteja, eu vou tapá-la. 

Começo por tirar-lhe os sapatos e logo depois as meias. 

- Olha, dódó. - Ela amostra-me o seu dedo com algum sangue. - Bem me parecia que me tinha magoado na cozinha do café. - Ela faz careta e leva o seu dedo entre os seus lábios. 

Mordo o lábio vendo-a a chupar a pequena ponta do dedo tão delicadamente. Apenas imagino outra ponta na sua boca. Abano a cabeça, interiormente, e tiro-lhe as calças. Ela retira a sua blusa sem que eu me aperceba. 

- Linda roupa interior. - Elogio-a. 

- Bem, eu comprei algumas, pois as minhas esta-vão a ficar meias-velhas. - Ela pisca os olhos. - Gostas mesmo? Está meia apertada, talvez, devesses tirá-la. Assim dormia mais à vontade. 

Nunca a vi a morder o lábio tão sensualmente. 

É isto que adoro nela, e é isto que tenho medo que outro rapaz venha a adorar também. Pela décima segunda vez essa noite ignoro-me e tiro-lhe o soutien. 

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