Capítulo 93

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Ele murmura de alegria, o meu olhar transmite nervosismo. Espero que ele perceba que não consigo dizer "Eu amo-te" é um passo demasiado grande para mim. No entanto, sinto-me louca de alegria por ele ter dito que me amava. 

Harry POV

Ela desvia o olhar do meu, volto a abaixar-me para ficarmos olhos nos olhos. Não estou há espera que ela diga que me ama, apenas gosto do nosso contacto visual. É sincero, tem amor, paixão e carinho acima de tudo. 

- Não olhes assim para mim. - Ela pede nervosa. - Eu não consigo ainda.

-  Eu sei amor, só quero olhar-te nos olhos, apenas isso. 

O seu sorriso tímido é perfeito, as suas bochechas vermelhas, as mãos a suar. As nossas caras tocam-se, pele com pele. A sensação é perfeita, estar com a Luna é perfeito. Sou incapaz de fazer algo para deixar de estar com ela, para a ver sofrer. Porra, estar apaixonado é a melhor coisa do mundo, e se o nosso amor é correspondido ainda é melhor. 

- As minhas dores ainda continuam. - Ela segura a minha mão na sua barriga. - A tua mão quente faz-me bem. 

Deixo a minha mão na sua barriga enquanto descemos as escadas para a levar ao hospital. A minha felicidade é palpável. Murmuro pequenos sons de felicidade e ela ri. Felizmente o hospital não é assim tão longe da minha casa. Tiro um casaco preto dos bancos de trás do carro e ponho-o em cima dos ombros da Luna. Felizmente o hospital é quente. Olhares curiosos caem sobre nós, até parece que os famosos não tem direito a hospital.

- Boa tarde. - A mulher do outro lado diz.

- Olá, eu sinto-me enjoada e bem, preciso de ser vista por um médico. - A Luna diz.

- Claro, nome?

- Luna. - Não é suposto dizer sempre o primeiro e o último? - Trata disso, preciso de ir urinar. - Ela diz-me rapidamente.

Fico sozinho, a mulher olha-nos sem entender. Dou um sorriso interior a Luna às vezes não se toca das coisas.

- Qual o último nome da menina Luna?

Bem, eu posso fazer esta vinda ao hospital ser interessante.

- Styles.

Ela agradece e escreve algo lá no computador.

- São casados? Desculpe, mas sou curiosa, é que são tão novos.

- Não importa, ainda não, mas em breve. - Dou um sorriso vendo a Luna a andar com cara de enjoada.

Ambos sentamo-nos nas cadeiras castanhas que são totalmente juntas. Estou ansioso que chamem  a Luna. Coloco a minha mão por cima da sua. Uma rapariga entra de cadeira de rodas, ela parece estar desmaiada, não sei o que faria se visse a Luna em tão mau estado. Acho que perderia a cabeça, colocava-a numa clínica com os melhores tratamentos possíveis. Estaria sempre ao seu lado, segurando a sua mão, rezando por ela. Pensaria depois nas minhas fãs, provavelmente nem iria aos concertos. Abano a cabeça para deixar de pensar nessas coisas idiotas. 

- Luna Styles sala seis.- A voz de uma mulher é ouvida por toda a sala. 

Recebo o olhar da Luna, ela pede-me explicações enquanto procuramos a sala seis. Sei que ela adorou a minha surpresa, mas é orgulhosa demais para o dizer. Bato à porta, o senhor é mais feio do que o chão de cimento. Parece ser simpático. Ele dá-nos um sorriso e manda-nos sentar nas cadeiras à sua frente. 

- Luna Styles. - Ele diz começando e eu rio-me. - O que se passa consigo? 

- Eu comi umas batatas fritas e fiquei muito mal-disposta. Até vomitei. - Ela explica e manda-me um olhar de morte, visto que ainda dou pequenos sorrisos da sua cara. 

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