Capítulo 23

8.4K 298 0
                                    

Disse á minha mãe que ia para o twitter, mas é mentira. Tou sentado na minha cama olhando para o nome da Luna na lista telefónica do meu telemóvel. Eu quero mesmo ligar-lhe, mas fogo ela á que exagerou e não eu. 

Eu não ligo, preciso de dormir, de descansar. Amanhã vou voltar cedo para Boston. 

(...)

Com a ajuda dos seguranças consigo-me livrar dos jornalistas, são mesmo irritantes. Ainda tenho uns minutos. Pego no meu telemovél, ligo? 

Não!

Quero mesmo falar com ela, mas não vou ceder. Nem acredito que vou viajar outra vez e não me despedi da Luna, ela faz de propósito, talvez não goste de despedidas. Não deve ser isso, ninguém gosta de despedidas, ela á que é uma idiota. 

Arrumo o telemovél, para não cair na tentação. Logo depois ele toca. 

É a Luna!

"- Luna?"

"- Não foi o que dizia no ecrã do teu telemovél?" - Ela diz aborrecida, quem te de estar zangado sou eu, e não ela!

"- Foi. Que queres?"

"- Dizer-te que ainda estou zangada contigo."

"- Tu á que me tratas-te mal."

"- Tu á que me empurras-te e apertaste-me o braço."

"- Mas foi para me ouvires."

"- Não te valeu de nada."

"- Eu vou ajudar-te."

"- Eu não quero, não sejas chato."

"- Mas eu quero e quem manda sou eu."

"- Tás me ameaçando?" - A voz dela saiu mais baixa, parecia estar com medo.

"- Não, é obvio que não."

"- Aonde tás?"

"- No aeroporto."

"- Achas que ainda posso ir ter contigo?"

"- Não."

"- Já não queres saber mais de mim?"

"- Quero."

"- Então, deixa-me ir ter contigo."

"- Eu já disse que não, já me vou embora."

"- Desculpa."

"- De que?"

"- De te ter mandado embora."

"- Foi a tua escolha." - Digo indifrente, mas ela magoou-me mesmo mandando-me embora.

"- Não fales assim comigo, eu adoro-te."

"- Se me adorasses não me tinhas mandado embora."

"- Vala Punkerd, desculpa."

"- Eu tenho que ir."

"- Não espera." - Ela diz apressada.

"- Hum?"

"- Compreende que eu apenas quero-me desenrrascar sozinha."

"- Compreende que sou teu amigo, só te quero ajudar. Se não quiseres que compre as coisas, eu compro, mas posso emprestar-te o dinheiro."

"- Eu não quero!"

"- Mas eu quero, e vou comprar."

"- Desculpa? Eu envio tudo pela porta a fora."

"- Tu não eras capaz."

YOU 1Onde histórias criam vida. Descubra agora