Capítulo 37

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- Eu sinto-me envergonhada, não tenho nada para oferecer à tua mãe, ao teu padrasto, e à tua irmã. 

- Não precisa de nada, abre lá isso. Quero ver o que ela te comprou. 

Sento-me mais perto dela, ela tira a caixa do saco. É uma caixa pequena. 

- Uma carta? - Ela olha para mim. 

- Abre. - Fico tanto ou mais curioso do que ela. Ela abre a carta.

- Vou ler. - Ela avisa. - "Luna, olá. Bom eu comprei-te uma coisa, bem que não foi só para ti, é para ti e para o Punkerd, sei que chamas o meu filho assim. Bom o meu marido, ele deu-me a ideia dos cordões, e eu tive a da carta. Sabes, tu conquistas-te mesmo o coração do meu filho, nem imaginas o que ele faz por ti. Não é só o Natal é muito mais do que isso, eu fiquei um pouco triste por ele ter ido passar o resto do Natal contigo. Mas ele apenas disse-me que te queria fazer feliz. E que mãe de má eu seria se ficasse zangada por ele querer fazer feliz a rapariga que gosta né? Eu quero muito conhecer-te, em breve espero. Faz o meu filho feliz, sabes quando lhe disseste que gostas dele, ele chegou à casa completamente louco, abraçou a irmã. Já tinha saudades de o ver assim, tão feliz. Tu és a razão da felicidade dele. Não toda, espero fazer parte também, estou com ciúmes. Ah! Estou brincando princesa. Bom, já me estou preparando psicológicamente para ouvir ele a dizer-me que vai passar o ano novo contigo. E sinceramente? Não me importo, mas para o ano quero-te aqui, comigo. Okay? Bom, já estou ficando sem nada para te dizer, o Punkerd não sabia dessa carta. Ele tá a lendo pela primeira vez, como tu. Bom, agora vê o resto da oferta, tu vais gostar e ele também. Feliz Natal." 

Ela olha para mim, de olhos arregalados. 

- Uau! - Ela diz e deita a cabeça no sofá a olhar para mim. 

- Uau! - Digo, a minha mãe surpreendeu-me.

- A tua mãe é assim tão fofa?

- É. Vamos ver o resto da oferta? Agora tou curioso. 

- Sim, vamos. 

Ela abre uma caixa pequena com forma de coração. Tem lá dois cordões, um diz Luna, e um Punkerd.

- Qual fico? 

- Punkerd, eu fico com o que diz Luna. Assim, nunca nos esquecemos um do outro. 

- Uau, é tão giro. 

- Vira-te, para por. - Peço. Ela vira-se, puxa o seu cabelo para cima. 

Não resisto beijo-lhe o pescoço lentamente. Puxo-a mais para mim. Ela põe uma mão na minha perna para se aguentar. Ponho o cordão. 

- Feito. 

- Eu ponho o teu. - Ela vira-se rápidamente e senta-se no meu colo. 

Ela beija-me os lábios enquanto mete-me o cordão. Não sei como conseguiu. 

- Fica giro. - Ela olha para os nossos cordões. 

- Gosto bastante. 

Os nossos cordões juntos formam um coração. quando se separam é só metade, é como nós. 

- Vais usá-lo sempre? - Ela olha para mim.

- Óbvio que sim, és metade de mim. 

- Sou mesmo? - Os seus olhos estão a brilhar tanto. 

- Não tenhas dúvidas. - Estamos a ter um momento, que revela tudo que sentimos um pelo outro. E sinceramente, estou a amar.

- Tu também és metade de mim. Eu adoro-te tanto Punkerd. 

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