Capitulo 56
- Tu estás brincando, certo? Ele não te faria mal. - Ele levanta-se completamente atordoado.
## Harry Pov On ##
Não, o Louis nem qualquer outros dos rapazes a magoaria, eles sabem que a amo.
- Ajuda-me, por favor. - Ela pede para se levantar.
Levanto-a devagar, eu tenho que me acalmar, preciso de ouvir tudo até ao fim, só depois pensar no que fazer. Ambos sentamo-nos no sofá, pego nas suas muletas e meto-as no chão.
- Ele não me magoou fisicamente Harry. - Ela sussurra, ela está tão nervosa. Menos mal.
- Quando foi isso?
- Quando fui a tua casa, para falarmos.
- Que ele disse? - Aperto os lábios.
- Ele disse, ele disse que não tenha o direito de te deixar. Que és o Harry Styles, que te fiz sofrer muito. Eu não queria fazer-te sofrer, sabes disso não sabes? - Ela chora.
- Sim. - Tremo, o Louis.
- Ele disse que me podias dar tudo, eu não quero dinheiro em abundância. Não preciso. Disse que se te adorasse não te deixava, não tem nada haver Harry. Eu adoro-te, apenas precisava de pensar.
- Disseste-lhe isso?
- Sim disse. Eu disse-lhe tudo o que me veio à cabeça, eu defendi-me, desculpa por isso. Mas eu tive que me impor, eu tenho sentimentos porra. Eu não mereço isso, não mereço.
Eu abraço-a para a acalamar.
- Tem calma amor, por favor. Não tens de pedir desculpas, não tens culpa de nada. Apenas o Louis.
- Harry estás zangado?
- Sim, mas com o Louis.
- Não fiques, ele estava de cabeça quente.
- Ele magoou-te.
- Mas primeiro ele estava preocupado contigo, muito até. Eu percebo-o, juro que sim, mas não o vou perdoar.
- Eu percebo.
- Desculpa, mas tinha que te contar. Eu não o ia fazer, porque tinha medo que ficasses zangado, mas não consegui.
- Fizeste bem, obrigado.
- Diz-me que não vais ficar zangado com ele, por favor.
- Eu apenas estou muito desiludido. Eu sei que ele quando está preocupado às vezes pode ser incontrolável, mas contigo não.
- Harry não sejas assim, acontece.
- Eu preciso de falar com ele Luna.
- Não vais discutir, pois não?
- Não, apenas preciso de conversar, nada demais.
- Obrigada, não quero estragar nada.
- Foi apenas o jantar. - Brinco.
- Desculpa, tiveste tanto trabalho e deu-me uma crise.
- Não te preocupes, eu marco outro jantar depois quando tiveres roupa cá claro.
- Acho bem. - Ela sorri. - Tás bem?
- Sim, mais ou menos.
- Agora tou mais aliviada, sabias?
- Ainda bem amor, conta-me sempre tudo.
- Eu conto.
- Agora vamos jantar, daqui a pouco tens remédios para tomar.
- Eu acho que perdi a fome.
- Mas tens de comer. - Insisto.
- Está bem, beija-me Harry.
Beija-la é uma das melhores coisas do mundo, é perfeita. E beija melhor do que qualquer outra namorada minha que já tive. Os seus lábios são perfeitos levementos inchados e vermelhos. A língua dela é macia e sabe acariciar a minha muito bem.
- Agora podemos ir comer. - Ela sorri.
(...)
A Luna já dorme, eu não consigo. Não consigo parar de pensar naquilo que o Louis fez, é horrível. Para a Luna muito mais. Ainda bem que ela contou-me, não sei se o Louis tem intenções de contar, mas tenho que descobrir.
Levanto-me, tapo-a bem com os cobertores para que ela não sinta a minha falta. São dez da noite, o Louis deve estar acordado ainda. Visto a minha roupa, pego nos documentos e saio de casa.
- Harry? - Ele atende o telemovél.
- Aonde estás?
- Em casa do Liam, porque?
- Ainda bem, fica mais perto. Fica aí.
Desligo sem lhe dizer mais nada, aposto que ele deve saber o que quero falar. Paro o carro no parque de estacionamento. O segurança deixa-me passar para os apartamentos. Bato à porta, o Liam abre.
Nem o cumprimento, entro para a sala o Louis levanta-se e parece estar nervoso.
- Que te deu?
- Então? - O Liam aparece. - Que te deu a ti?
- Não é contigo, não fales Liam. - Nós nunca tivemos discussões muitos fortes, mas pela Luna, tenho.
- Que se passa?
- Não tens nada para me contar?
- Tenho.
- Mas não te deies ao trabalho, a Luna contou-me. - Quase grito. - Que te deu Lou?
- Porra eu não sei, apenas costou-me ver-te sofrer.
- Ela também sofreu porra. - Os palavrões são sempre utilizados em qualquer discussão entre nós os cinco, mas não passa disso, nunca passará disso.
- Desculpa-me, eu sei que errei. Mas és o meu melhor amigo, e porra doí ver-te sofrer, qualquer um dos rapazes.
- Mas não podias a ter tratado assim, ela não merecia.
- Eu sei, eu sei que não. Fui um sacana.
A discussão acaba, sento-me no sofá. O Liam olha para nós.
- Vais ficar zangado?
- Não.
- Obrigado. Achas que posso resolver as coisas com ela?
- Não, ela não quer. É melhor esqueceres que ela existe.
- Mesmo?
- Sim, ela disse-me que não te perdoava. Ela não me ia contar, mas no jantar pegou a chorar, foi terrivél.
- Merda. - Ele diz. - Eu não queria.
- O pior acho que foi mesmo o facto de lhe teres dito que eu podia dar-lhe tudo, ela odeia isso.
- Eu percebi isso.
- É melhor esquecermos isso, certo?
- Certo.
- Pensei que iam se matar. - O Liam diz.
- Nada disso. - Digo. Sento-me no sofá.
Ainda estamos desconfortáveis com essa pequena discussão, e sinceramente estou a odiar esse desconforto. Não gosto de estar assim com ele, nem com ninguém.
- Lou esquece aquela discussão, a sério.
- Não está zangado, quer dizer desiludido?
- Desiludido apenas um pouco, zangado não. Eu percebo-te, ela percebe-te.
- Então ainda posso ter esperanças de ser amigo dela? - Ele fica um pouco animado.
- Não, eu já disse, ela percebe-te mas está magoada. E muito.
- Que porra. - Ele resmunga.
- Ela magoou-se não foi? - O Liam muda de assunto.
Obrigado, já não queria mesmo falar mais sobre isso.
- Sim, na mão e no pé. Mas no pé já foi no dia em que fomos para lá, voltou a cair, aí ficou feio.
- Nós vimos no tei twitter. - O Louis diz. - Ela está bem?
- Sim, tem algumas dores mas nada que uns comprimidos não passe.
- Ela não tem que ficar em casa?
- Sim, vocês sabem que já admiti tudo, certo?
- Já, como?
- No hospital, os jornalistas.
- Como ela ficou?
- Ao principio um pouco mal, acho que não queria que as pessoas soubessem já, mas foi incontrolável, tive mesmo que dizer.
- Amanhã vais ser tema de conversa em todas as revistas.
- É eu sei, e ainda por cima uma fã é o mais escandaloso.
- Sim, mas o importante é que se amam e que sejam felizes.
- E somos, eu tenho que ir, daqui a pouco ela tem remédios para tomar, tenho que a acordar.
- Espera, ela está lá?
- Sim, vamos ficar essa semana toda junta até irmos. Ela tem de ficar uma semana em casa, logo ficamos os dois. - Sorrio.
- Pobre Luna, passar uma semana com um tarado como tu. - O Louis diz, o Liam sorri.
- Ela gosta desse tarado. - Levanto-me, dou um abraço a cada um. - Tenho mesmo que ir.
- Achas que podemos, quer dizer eu posso passar por lá essa semana? - O Liam diz.
O Louis fica triste.
- Para a conhecer melhor. - Ele acrescenta.
- Sim, claro que podes. Desculpa Lou. - Sinto-me na obrigação de o dizer.
- Eu que fiz merda, não foste tu. Mas ainda tenho esperança que ela um dia me perdoe.
- É, eu também. Vou tentar sempre convênce-la, não te preocupes.
- Obrigado.
Digo adeus e saio do apartamento do Liam. Agora sinto-me melhor, é como se os problemas desaparecessem.
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YOU 1
FanfictionA YOU é uma Fanfic portuguesa da minha autoria. Neste álbum está a primeira temporada. Não admito que copiem a minha história, plágio é crime. Se alguém quiser postar em alguma página peçam, ou então apenas dêem os créditos. Se és Larry Shipper Roma...