Capítulo 104

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Espero que o Harry diga alguma coisa. Eu tive que aguentar bastantes coisas para tentar surpreendê-lo. Principalmente os exageros, queridos, da Gemma a tentar pintar-me as unhas. Ele nada diz, mando-o para o caralho, mentalmente e caminho-me para o seu carro. Estou a ver que esta noite irá ser horrível, apenas por me ter esquecido de algo. A culpa não foi minha, ou talvez seja, mas dum modo indireto. Eu esqueci-me. Sou humana. Ele está a cometer um erro idiota em não falar comigo por causa dum esquecimento. 

Ajeito o meu vestido assim que ele começa a conduzir não sei para onde. A roupa dele é a mesma quando me foi levar ao café. Provavelmente, ele irá vestir-se nos bastidores, ou alguma merda assim. 

(...) 

Engulo em seco vendo como o Harry está lindo. Não comento o facto de ele estar sensual em voz alta. Ele não merece. Estou, minimamente, bonita e ele nem nada me disse. Também, já não quero ouvir. A Lou entra atarefada procurando algo que não percebi nada, ela ficou triste pelo facto do meu cabelo não precisar de nenhum arranjo. A Gemma tratou de mim perfeitamente. Mexo no telemóvel sem qualquer interesse, ele nada diz. Ainda não vi nenhum dos rapazes, mas já ouvi as gargalhadas do Niall. 

- Há algum sítio aonde possa beber água? - Pergunto-lhe sem qualquer simpatia. 

- Há. - Ele apenas responde. 

- Vai para o caralho. - Murmuro baixo apenas para eu ouvir, embora saiba que ele ouviu tão bem quanto eu. 

Ando procurando alguma espécie de bar. Ouço um tilintar de pratos, caminho para onde os meus ouvidos me levam. Encontro umas mesas, não há quase ninguém. Excepto o Niall e o Liam a comerem qualquer coisa. Eles estão do outro lado, deixe-os estar. Sento-me no balcão, há um rapaz, incrivelmente, lindo a vir na minha direção. 

- Olá, queres alguma coisa? 

- Olá, apenas água. - Peço. 

Ele abana a cabeça, positivamente, e caminha para o frigorífico das garrafas. Espero, pacientemente, pelo meu pedido. Ele agarra um copo e entrega-me juntamente com a garrafa. 

- Obrigada. - Murmuro. 

Ele dá-me um sorriso lindo. 

Bebo um pouco de água e começo a brincar com a garrafa de um lado para o outro. Hoje vou ver tantos famosos, era para o Harry estar abraçando-me. Dizendo que tudo vai correr bem. Mas não, ele está zangado, idiota. 

- Hey Luna. - O braço do Niall rodeia os meus ombros. Reparo que ele está sozinha. - Sozinha? 

- Parece que sim. - Digo continuando a brincar com a minha garrafa. 

O Harry aparece e eu levanto-me para caminhar na sua direção. 

- Estás muito linda. - O Niall elogia-me. Ele mostra-me um sorriso tão lindo, os seus dentes brancos são tão salientes. 

- Estás igualmente. - Ele meio que cora e sorri calorosamente para mim. 

Assusto-me com a mão bruta do Harry no meu pulso. Ele não aperta, mas está possessivo. O Niall não percebe, pois o sorriso do Harry engana-o. O Niall vai embora a sorrir e o Harry encosta-me ao balcão com alguma força. Fecho os olhos sentindo a sua mão no meu queixo puxando-o para cima. 

- O que foi aquilo? - A voz dele está carregada de raiva. 

- Uma troca de elogios. - Deixo o meu medo de lado. 

- Eu não admito traições. - Ele ofende-me, a sua força no meu pulso aumenta. Sinto dor e medo da sua expressão carregada. 

Puxo o meu braço da sua mão grande. 

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