Capítulo 15

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- És seguida por algum famoso no twitter?

- Não, sou uma triste.

- Mas segues pessoas né?

- Sim, algumas seguem de volta, outras não.

- Porque elas não seguem sempre de volta?

- Eu sei lá, são tolas. - Ela põe o seu e-mail para entrar no twitter ia virar acara para ela não se sentir desconfortável a por a palavra-passe, mas... - Não precisas de virar a cara punkerd. Eu confio em ti. - Ela põe a palavra passe e sorri para mim. - Percebeste qual era?

- Sim. 

- Agora já sabes. - Ela pisca-me o olho e dá-me um beijo no nariz. - És mesmo fixe. Estava mesmo a precisar de alguém como tu, alguém que me fizesse sorrir, sabes?

- Não sorrias antes de me conhecer? - Pergunto triste, ela é tão linda e a sorrir ainda fica mais.

- Não muito, sabes o meu pai tem que ir dormir cedo e...

- Para ir para o café?

- Não só, nós acordamos á mesma hora. O que quero dizer-te é... - Ela hesita. - Promete que não contas a ninguém. - Ela pede.

- Prometo.

- O meu pai, depois da minha mãe morrer ele ficou com depressão. E por isso ele tem que dormir cedo. Percebes? - Os olhos dela estão repletos de água. 

- Percebo, queres um abraço? - Tento não chorar com ela. Quando vejo as pessoas que gosto a chorar, aptece-me chorar com elas. 

- Dava jeito. - Ela deixa o computador de lado e atira-se para cima de mim. Devido à nossa diferença de tamanho ela desaparece nos meus braços. - Obrigada punkerd. O meu pai e a minha mãe gostavam muito um do outro, ela morrer depois de eu nascer foi horrivél para ele.

- Ela tinha alguma doença? - Passo a mão nos seus cabelos.

- Não, ela era bastante saudavél. Apenas não aguentou.

- Não chores. 

- Eu estou bem, gostava de a ter conhecido.

- Tudo tem uma razão para acontecer. Não penses que foi por tua culpa, está bem?

- Tive uns tempos que pensei que era mesmo por minha culpa, mas meu pai sempre me disse que não era. Ele às vezes discutia comigo. - Ela ri-se na última frase.

- E com razão, não tens culpa de nada. 

- Eu posso contar-te uma coisa mais... pessoal? - Ela levanta a cabeça para olhar para mim.

- Claro que podes, sei que nos conhecemos á pouco tempo, mas podes confiar em mim.

- Eu confio, quando eu pensava que o facto da minha mãe ter morrido era minha culpa. Uma vez eu cortei-me. - Sem pensar deito-a e puxo as mangas da sua blusa para ver em que sitio ela cortou-se. - Calma, já foi há muito tempo. 

- Não o voltes a fazer. - Olho-a nos olhos. - Isso é errado.

- Eu sei.

- Prometes?

- Porque te estás a preocupar tanto?

- Porque, eu preocupo-me contigo.

- Nunca mais fiz nada, e foi só um corte. Acredita.

- Está bem, vou andar de olho em ti. - Dou-lhe um beijo na testa. - Se precisares de ajuda diz. Qualquer coisa.

- Obrigada. 

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