Capítulo 33

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- Estás bem? - A Gemma pergunta-me depois de já termos comprado as ofertas todas, menos para ela e para a minha mãe. - Estás muito calado. 

- Mais ou menos. 

- Queres falar? 

- Não. - Simplesmente digo.

- Oh, está bem. Trocaste de roupa, para ires ter com a Luna?

- Sim, isso é cansativo estar sempre a trocar de roupa, vesti uma para vir ao centro, visto outra para ir ter com ela, depois volto a vestir outra para vir outra vez para o centro. Tou ficando farto disso. - Explodo e digo tudo de uma vez.

- Mas é por ela, vale apena certo?

- Sim. 

- Tu estás mesmo apaixonado por ela? 

- Eu acho que tou. Ela também não ajuda nada. 

- Como assim?

- Ela não sabe se gosta sequer de mim, mas diz que quer-me beijar. Eu também quero como é óbvio. Fogo a nossa relação é super estranha. 

- Ela gosta de ti. - A Gemma ri-se.

- Gosta? Como sabes?

- Ela se quer sempre beijar-te, é porque amigos já não é sufeciente para ela. A Luna só precisa de um tempo para perceber mesmo que tu não podes ser só amigo dela, tens de ser namorado. 

- Achas que é mesmo isso? - Arregalo os olhos supreso, era perfeito que fosse assim.

- Sim, tenho quase a certeza. - A ri-se.

- Não consegues ter a certeza? 

- A certeza depois tu dásme-a.

- Como? - Fico confuso. 

- Quando um dia desses chegares à casa de dizeres-me que ela disse-te que gosta mesmo de ti. 

- Ah, está bem. - Tou mais aliviado, a Gemma sempre foi boa a meter as pessoas "para cima" no seu estado de humor.

- Não querias falar, mas acabaste por falar. - Ela ri-se.

- É. - Rio-me também. 

- Com a minha ajuda toda. - Ela abraça-me pelo braço. - Tens obrigação de me oferecer duas ofertas no Natal.

- O que? És interesseira. 

- Não te custa. - Ela ri-se.

- Que queres? 

- Uma escolho, e escolhes a outra, Okay? 

- Okay, que queres afinal?

- Anda. - Ela puxa-me pela mão. Entramos numa loja completamente cheia de mulheres, ela puxa-me para uma parte que está cheia de casacos. - Quero esse casaco. 

Ela pega num preto comprido, é giro. Tento imaginar a Luna nele. Não ia gostar de a ver com ele, a Gemma sim, fica giro com ele. 

- Vai pagar. - Ela atira-me o casaco. 

- Nunca mais te peço conselhos. - Resmungo e vou pagar. 

Ouço-a a rir. Pago, saio daquela loja completamente lotada de mulheres feias. Nao feias, mas com mais de sessenta anos. Logo podemos dizer que são feias. A única que se aproveitava ali era a que me atendeu. 

A Gemma está sentada num banco. 

- Pega. - Dou-lhe o saco.

- Obrigada. - Ela ri-se. - Já sei o que vais comprar para a mãe. 

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