Luna acordou assustada, estava tudo escuro e calmo, ela sentou na cama e ascendeu a luz do abajur e pegou o celular olhando as horas passava das seis da tarde, ela levantou e saiu do quarto desceu a procura dos dois e não achou nenhum deles somente um bilhete na geladeira.
"Não queríamos te acordar então resolvemos ir dar um passei não demoramos beijos Lorenzo e Bia"
Ela sorriu e pegou uma maçã estava com fome, voltou à sala e abriu a porta que dava a varanda contemplou o céu que aparentava chover e ela se preocupou com os dois na rua, ouviu a porta e se virou, os dois entraram rindo e brincando, ele tinha um enorme urso entre os braços e ela maçã do amor, os dois olharam Luna e sorriram.
- Mãe... - Foi ate ela e lhe deu um beijo melado.
- Onde estavam?
- Mãe a gente foi num parque muito bom, a senhora tem que ir com a gente, mãe! - Falava empolgada. - Mais ai ameaçou chover e eu sei que a senhora não gosta e viemos embora.
Luna olhou Lorenzo, Bia estava contando todos os segredos dela a ele e coisas que ninguém precisava saber, tipo os seus muitos medos bobos.
- Você melhorou? - Ele perguntou colocando o urso no sofá.
- Sim, estou bem e me desculpem estragar o passeio.
- Isso acontece Luna. - Ele sorriu e ela retribuiu. - Eu vou fazer algo pra gente jantar.
- Eu posso ajudar. - Ela se prontificou de imediato.
- Mamãe a senhora não, fica aqui eu vou. - Sentou a mãe no sofá e puxou Lorenzo pra cozinha, Luna riu e ligou a TV.
Na cozinha entre risadas Bia contou o desastre da mãe na cozinha e os dois riram mais e mais, Luna ouvia e se sentia plena em ver a filha tão bem e feliz, Melissa ligou conversaram bastante ate que o jantar saiu, jantaram rindo como uma família feliz e logo foram ver um filme, a chuva lá fora caiu com trovões horríveis o que fez Luna se abraçar a filha com o coração acelerado. A luz acabou e ela entrou em choque e logo recordações passadas lhe vieram a cabeça a fazendo chorar.
Flashback on
Era noite de chuva Luna acordou no meio da noite tinha seus dez anos de idade, levantou de sua cama e saiu do quarto em busca de água desceu as escadas e se direcionou a cozinha quando um trovão mais forte fez com que a luz se acabasse ela se assustou deixando um copo cair no chão, abaixou pra pegar quando ouviu alguém força a maçaneta da porta, seu pequeno corpo tremeu mais ela não conseguiu se mover a porta se abriu e três homens entraram na casa cochichando ela tratou de ficar quieta mais um dos homens a viu em meio ao escuro e a pegou, ela gritou se debateu ate que ele a jogou no chão machucando seu braço.
Antonio apareceu no topo da escada ao ouvir os gritos da filha e uma arma lhe foi apontada, ele ergueu os braços e desceu, abaixou perto de sua menina e a pegou no colo a mando do homem e se dirigiu a sala, logo sua mulher também estava junto a eles. A casa foi roubada e os pais dela agredidos, pois eles queriam mais dinheiro e na casa não tinha e foi motivo de tortura frente a ela, a cada trovão era um soco e uma lagrima que ela derramava por eles, o pai a olhava com amor e dava graças a Deus por eles não tocarem em sua menina.
Foram horas ate que por fim eles foram embora levando tudo deles que podiam, Luna levantou como pode segurando o braço e foi ate o pai que estava inconsciente devido à surra chamou e ele não respondia a mãe estava num canto também desacordada e muito machucada, Luna juntou forças e pegou o telefone que estava mudo gritou de desespero e saiu da casa em meio a chuva e bateu na porta do vizinho mais próximo e pediu ajuda.
Flashback off
Lorenzo foi ate ela e a trouxe pra ele num abraço que lhe passou segurança, ela se deixou abraçar e o abraçou também, sentados no sofá ela soluçou em seu peito tentando se acalmar e não acordar Bia que dormia cansada no outro sofá, Lorenzo acariciou os cabelos dela ate que os soluços foram diminuindo e a respiração se acalmando ele se arrumou mais no sofá e não disse nada somente ficou ali a confortando e deixando que o medo dela passasse.
Luna pegou no sono em seguida, ele tentou sair para levar ela à cama, mas ela o segurou firme com a mão que estava em seu peito, era como se pedisse pra ele "fique aqui" e ele ficou, pegou a manta e a cobriu, se ajeitou mais no sofá e deu graças a Deus que o sofá era grande e cabia perfeitamente os dois ali sem problema algum.
***
No outro dia...
A claridade do dia invadiu a sala, depois da chuva intensa fazia sol, Luna se incomodou com a claridade e aos poucos foi despertando, esfregou os olhos e os abriu, sentiu o cheiro dele e os braços envolta de seu corpo se moveu lentamente erguendo sua cabeça, Bia dormia no outro sofá toda jogada sorriu de leve e voltou seus olhos pra Lorenzo que dormia profundo. Sua vontade foi deitar novamente e ficar pra sempre ali mais não podia, levou a mão ate o rosto dele e acariciou com cuidado não queria que ele acordasse e se recordou dos momentos ate chegar ali desde que o voltou a ver.
Lorenzo estava tomando um posto em sua vida de grande valor, pois nas duas vezes que mais precisou era ele quem estava ali a vendo chorar e cuidando dela, tocou em seu rosto mais uma vez e tirou os braços dele de seu corpo e se levantou com cuidado mais não foi suficiente e ela enrosco o pé na coberta fazendo a mesinha ir pro chão acordando Bia e Lorenzo no susto.
- Ops... - Luna olhou os dois envergonhada essa sua mania de ser estabanada não ajudava em nada.
- Tudo bem Luna? - Ele perguntou preocupado e meio zonzo.
- Barulho era tudo o que não queria fazer me desculpe, voltem a dormi sim é cedo ainda.
Bia pegou sua coberta e subindo ainda sonolenta, entrou no quarto e voltou a dormi. Na sala ela olhava Lorenzo envergonhada e logo baixou a cabeça.
- Você esta melhor?. - Ela assentiu somente. - Quer me contar o porquê desse medo todo?
Ela suspirou e sentou ao lado dele e o olhou ele merecia saber afinal estava ali sempre pra ela, sempre que ela precisou ate agora.
- Primeiro me desculpa por ontem e vou te contar o que nunca contei a ninguém!
Ela começou a contar tudo a ele e as lagrimas vieram novamente ele a olhava sem saber o que dizer, estava admirado como ela conseguia ser tão linda e tão frágil em alguns pontos, desejou cuidar dela pelo resto da vida, estar ao lado dela sempre que ela sentisse medo. Ele levou a mão ao rosto dela e limpou suas lágrimas.
- Não chore mais sim? Vamos fazer um trato? - Ela assentiu com a cabeça positivamente e ele sorriu. - Sempre que tiver medo ou algo do tipo como a noite passada você me liga e conversamos ate que esteja segura pra desligar e poder dormi, pode ser?
Ela sorriu lindamente a ele, seus olhos tinham um brilho distinto a tudo, era o céu e o inferno ao mesmo tempo, seu pecado e a sua vontade de viver, o desejo e o medo da magoa e da perda, tudo isso ela sentia em sua carne ao mirar seus olhos como fazia agora.
CONTINUA!
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A Sogra
FanfictionE se o marido de sua filha lhe despertasse um sentimento proibido o que faria?