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Hoje nesse capítulo aqui eu queroagradecer a MayaraBethaniaSoares que me ajudou nesse capítulo que pra mim foi um dos mais difíceis de escrever desde que eu comecei essa históriaeu sabia que uma hora esse embate iria chegar e posso dizer que tô no chão kkkk
Beijos e boa leitura!♡
Melissa sentiu o mundo ruir e se fez presente ali naquela cena, Luna sentiu o chão sumir e se desesperou empurrando Lorenzo pra longe dela.
- Filha...
Melissa olhou os dois e levou as duas mãos ao rosto sem poder acreditar no que acabara de ouvir, os dois ali debaixo do nariz dela se comendo e ela sendo feita de trouxa por ambos. Lembrou-se dela sempre defendendo junto ao pai e eles rindo da cara dela, chorou, chorou muito, sentiu faltar o ar e se apoiou nas próprias pernas enquanto as lagrimas rolavam.
Luna, que até então estava atônita com a presença e reação da filha, se aproximou, no que foi bruscamente repelida por Melissa.
- Não se aproxima de mim!
Voltou a olhar os dois, o nó na garganta só aumentava, o desespero tomou conta dela, a mágoa de ter a sua frente as duas pessoas que mais amava no mundo a enganando, não passavam de dois traidores ordinários e dissimulados. Luna chorava sem saber como falar com a filha, não tinha o que dizer, nem ela se perdoava pelo erro que havia cometido. Pensava em dizer sobre amor que agora sentia por Lorenzo, mas só pioraria as coisas.
A dor de decepcionar a sua filha, o seu maior amor a dilacerava. Haveria concerto pra esse estrago feito na vida dos três? Não conseguiu falar nada, só queria chorar e tentou levemente acariciar o rosto da filha, no que foi novamente repelida. Melissa respirou fundo e juntou forças pra seguir ali frente a eles.
- Só me respondam uma coisa, algum dia vocês pensaram em mim? Em como eu iria me sentir quando descobrisse essa pouca vergonha de vocês?
Os lábios e as mãos tremiam e ela sentia que ali não aguentaria mais ficar, só queria fugir e sumir, sobretudo não queria que eles a vissem mais chorando.
Lorenzo ainda tomado pelo choque do momento tentou falar algo e segurou Melissa pelo braço, tentando a impedir de sair, tinha medo que ela fizesse uma besteira, estava fora de si.
- NUNCA MAIS TOQUE EM MIM!... Ela gritava... - Vocês destruíram a minha vida, estou morta por dentro e a culpa é de vocês! Minha mãe Lorenzo! MINHA MÃE!
Ela gritava, estava mesmo ferida de morte.
- Esse filho você não vai ver! Nunca!! E você LUNA... Deu ênfase ao LUNA... - nunca mais se atreva a chegar perto de mim, tenho nojo de você! Me considere morta a contar de agora. Meu Deus como eu fui burra! Você não presta Luna! Eu te odeio. TE ODEIO!
Eles a olhavam perplexos, ela então finalmente consegue se desvencilhar dele, os olhou com tanto desprezo que certamente uma facada no peito doeria menos. Luna jamais esqueceria aquele olhar e caiu de joelhos aos prantos.
- VAGABUNDA! VAGABUNDA!você é pior ou igual ao meu pai! Você o julga tanto, mas fez igual... Riu debochada, queria ferir... - Igual não pior, porque Camila era amiga, eu sou sua filha!
Melissa disparou. Queria estapea-la, mas não se atreveu.
- Melissa, ela não te...
Lorenzo ia dizer algo em defesa de Luna, o que só enfureceu a Melissa que acertou nele uma bofetada que certamente deixaria marcado no rosto dele todos os dedos e saiu dali correndo e chorando.
Melissa saiu atordoada pela casa pegando sua bolsa e a primeira chave que avistou. Queria fugir e se esconder deles e de qualquer explicação que pudessem dar. Explicação?! Haveria alguma? Para ela não!
Risadas e deboches dos dois ecoavam em sua cabeça. Imaginou as milhares de vezes que eles estiveram juntos, a intimidade entre eles, sua cabeça girava e o estômago embrulhava só ao pensar nos dois na cama.
Enquanto isso Luna estava no chão sem forças, as palavras de Melissa ecoavam em sua cabeça e as lágrimas vinham com mais força, o rosto molhado demonstrava a dor pelas palavras da filha rasgando a alma e o coração sentia como uma faca cortando a pele, queria estar morta a viver aquele momento.
Luna levantou o olhar e só então se deu conta de que a filha já não estava ali. Levantou rapidamente pra ir atrás dela. Lorenzo a segurou.
- Me solta! Eu preciso falar com ela!
- Ela não vai te ouvir Luna... Não agora!
De repente ouviram algo quebrar do lado de fora. Ela se soltou dele no mesmo momento e saiu correndo. Quando estavam do lado de fora viram a porta da garagem quebrada e o carro de Melissa virando a esquina em alta velocidade.
Luna entrou em casa correndo e foi até a cozinha, pegou sua bolsa e chave. Voltou a garagem atordoada ao ver a forma como a filha havia saído.
Avistou cacos de vidro por todos os lados e temeu pelo pior. Entrou no carro e deu partida, Lorenzo até tentou fazer ela parar, queria ir junto, mas não conseguiu. Luna cantou pneu e saiu sem rumo sem saber pra onde a filha iria.
Luna pegou o celular e ligava pra Melissa desesperadamente e não recebia o retorno de suas chamadas, ligou o localizador que havia em cada carro por precaução e a encontrou.
Acelerou sem medir as consequências de seus atos e seguiu o caminho da filha. Melissa em seu carro ia saindo da cidade aos prantos enquanto socava o volante. A decepção era maior do que ela podia aguentar, sobretudo naquele momento em que se sentia tão vulnerável e frágil por conta da gravidez.
Luna entrou na rodovia e o painel do carro marcava uma velocidade acima da média, o carro praticamente voava na pista, tinha um motor potente.
Para piorar a visão estava ruim pelas constantes lágrimas que caiam de seus olhos, mas ela não se importou, queria a filha e a encontrou no meio da rodovia, buzinou e Melissa ao vê-la acelerou ainda mais fazendo a se desesperar.
Queria que Melissa parasse ou o pior poderia acontecer a ela e ao bebê. Buzinava sem parar e Melissa só seguia, até que Luna perde a direção do carro, bate em outro e capota por três vezes parando no meio da pista com o carro completamente destruído e com os quatro pneus pra cima.