Capítulo 36

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Hoje nesse capítulo aqui eu quero agradecer a MayaraBethaniaSoares que me ajudou nesse capítulo que pra mim foi um dos mais difíceis de escrever desde que eu comecei essa história eu sabia que uma hora esse embate iria chegar e posso dizer que tô ...

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Hoje nesse capítulo aqui eu quero agradecer a MayaraBethaniaSoares que me ajudou nesse capítulo que pra mim foi um dos mais difíceis de escrever desde que eu comecei essa história eu sabia que uma hora esse embate iria chegar e posso dizer que no chão kkkk

Beijos e boa leitura!♡

Melissa sentiu o mundo ruir e se fez presente ali naquela cena, Luna sentiu o chão sumir e se desesperou empurrando Lorenzo pra longe dela.

- Filha...

Melissa olhou os dois e levou as duas mãos ao rosto sem poder acreditar no que acabara de ouvir, os dois ali debaixo do nariz dela se comendo e ela sendo feita de trouxa por ambos. Lembrou-se dela sempre defendendo junto ao pai e eles rindo da cara dela, chorou, chorou muito, sentiu faltar o ar e se apoiou nas próprias pernas enquanto as lagrimas rolavam.

Luna, que até então estava atônita com a presença e reação da filha, se aproximou, no que foi bruscamente repelida por Melissa.

- Não se aproxima de mim!

Voltou a olhar os dois, o nó na garganta só aumentava, o desespero tomou conta dela, a mágoa de ter a sua frente as duas pessoas que mais amava no mundo a enganando, não passavam de dois traidores ordinários e dissimulados. Luna chorava sem saber como falar com a filha, não tinha o que dizer, nem ela se perdoava pelo erro que havia cometido. Pensava em dizer sobre amor que agora sentia por Lorenzo, mas só pioraria as coisas.

A dor de decepcionar a sua filha, o seu maior amor a dilacerava. Haveria concerto pra esse estrago feito na vida dos três? Não conseguiu falar nada, só queria chorar e tentou levemente acariciar o rosto da filha, no que foi novamente repelida. Melissa respirou fundo e juntou forças pra seguir ali frente a eles.

- Só me respondam uma coisa, algum dia vocês pensaram em mim? Em como eu iria me sentir quando descobrisse essa pouca vergonha de vocês?

Os lábios e as mãos tremiam e ela sentia que ali não aguentaria mais ficar, só queria fugir e sumir, sobretudo não queria que eles a vissem mais chorando.

Lorenzo ainda tomado pelo choque do momento tentou falar algo e segurou Melissa pelo braço, tentando a impedir de sair, tinha medo que ela fizesse uma besteira, estava fora de si.

-  NUNCA MAIS TOQUE EM MIM!... Ela gritava... - Vocês destruíram a minha vida, estou morta por dentro e a culpa é de vocês! Minha mãe Lorenzo! MINHA MÃE!

Ela gritava, estava mesmo ferida de morte.

- Esse filho você não vai ver! Nunca!! E você LUNA... Deu ênfase ao LUNA... - nunca mais se atreva a chegar perto de mim, tenho nojo de você! Me considere morta a contar de agora. Meu Deus como eu fui burra! Você não presta Luna! Eu te odeio. TE ODEIO! 

Eles a olhavam perplexos, ela então finalmente consegue se desvencilhar dele, os olhou com tanto desprezo que certamente uma facada no peito doeria menos. Luna jamais esqueceria aquele olhar e caiu de joelhos  aos prantos.

- VAGABUNDA! VAGABUNDA!você é pior ou igual ao meu pai! Você o julga tanto, mas fez igual... Riu debochada, queria ferir... - Igual não pior, porque Camila era amiga, eu sou sua filha!

Melissa disparou. Queria estapea-la, mas  não se atreveu.

- Melissa, ela não te...

Lorenzo ia dizer algo em defesa de Luna, o que só enfureceu a Melissa que acertou nele uma bofetada que certamente deixaria marcado no rosto dele todos os dedos e saiu dali correndo e chorando.

Melissa saiu atordoada pela casa pegando sua bolsa e a primeira chave que avistou. Queria fugir e se esconder deles e de qualquer explicação que pudessem dar. Explicação?! Haveria alguma? Para ela não! 

Risadas e  deboches dos dois ecoavam em sua cabeça. Imaginou as milhares de vezes que eles estiveram juntos, a intimidade entre eles, sua cabeça girava e o estômago embrulhava só ao pensar nos dois na cama.

Enquanto isso Luna estava no chão sem forças, as palavras de Melissa ecoavam em sua cabeça e as lágrimas vinham com mais força, o rosto molhado demonstrava a dor pelas palavras da filha rasgando a alma e o coração sentia como uma faca cortando a pele, queria estar morta a viver aquele momento.

Luna levantou o olhar e só então se deu conta de que a filha já não estava ali. Levantou rapidamente pra ir atrás dela. Lorenzo a segurou.

- Me solta! Eu preciso falar com ela!

- Ela não vai te ouvir Luna... Não agora!

De repente ouviram algo quebrar do lado de fora. Ela se soltou dele no mesmo momento e saiu correndo. Quando estavam do lado de fora viram a porta da garagem quebrada e o carro de Melissa virando a esquina em alta velocidade.

Luna entrou em casa correndo e foi até a cozinha, pegou sua bolsa e chave. Voltou a garagem atordoada ao ver a forma como a filha havia saído.

Avistou  cacos de vidro por todos os lados e temeu pelo pior. Entrou no carro e deu partida, Lorenzo até tentou fazer ela parar, queria ir junto, mas não conseguiu. Luna cantou pneu e saiu sem rumo sem saber pra onde a filha iria.

Luna pegou o celular e ligava pra Melissa desesperadamente e não recebia o retorno de suas chamadas, ligou o localizador que havia em cada carro por precaução e a encontrou.

Acelerou sem medir as consequências de seus atos e seguiu o caminho da filha. Melissa em seu carro ia saindo da cidade aos prantos enquanto socava o volante. A decepção era maior do que ela podia aguentar, sobretudo naquele momento em que se sentia tão vulnerável e frágil por conta da gravidez.

Luna entrou na rodovia e o painel do carro marcava uma velocidade acima da média, o carro praticamente voava na pista, tinha um motor potente.

Para piorar a visão estava ruim pelas constantes lágrimas que caiam de seus olhos, mas ela não se importou, queria a filha e a encontrou no meio da rodovia, buzinou e Melissa ao vê-la acelerou ainda mais fazendo a se desesperar.

Queria que Melissa parasse ou o pior poderia acontecer a ela e ao bebê. Buzinava sem parar e Melissa só seguia, até que Luna perde a direção do carro, bate em outro e capota por três vezes parando no meio da pista com o carro completamente destruído e com os quatro pneus pra cima.

CONTINUA!

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