Capítulo 13

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Se debateu pra se soltar dele e ele a segurou pelo rosto.

- Para Luna isso não vai mais acontecer!

- Eu não posso mais garantir isso. - Gritou chorando.

Lorenzo a soltou se afastando meio atordoado com a resposta dela, Luna aproveito e saiu correndo dali entrando no primeiro táxi que parou, ele ate tentou detê-la mais foi impossível. Ele correu ate o carro e foi direto pra casa o mais rápido que pode, entrou e gritou por ela, subiu as escadas e foi direto ao quarto dela que estava vazio a procurou pela casa e nada dela, pegou o celular e ligou pra ela desesperado as primeiras ligações chamava as demais direto na caixa postal o que o deixou desesperado e pensando em tudo de ruim que poderia acontecer com ela.

***

Três horas depois...

Luna depois de muito pensar e chorar foi pra casa, ao chegar entrou com o mínimo de barulho possível queria que ele estivesse dormindo não tinha forças pra olhar em seus olhos mais seus apelos foram em vão, pois ela sentiu uma mão a puxar. Ela se assustou mais já sabia que era ele, Lorenzo a segurou entre seus braços a olhando nos olhos, estava bravo e com razão.

- Me larga! - Falou entre dentes e ele não ligou pelo jeito que ela se movia querendo se soltar.

- Por que foge desse jeito? Por que me deixa preocupado? Por que não conversa? Por que Luna? - Ele respirava acelerado e ela parou.

- Me deixa em paz Lorenzo, esquece o que aconteceu, esquece o que eu disse, isso está errado! - ofegou. - E eu não quero e não vou magoar a minha filha!

- E você acha que eu quero magoá-la? - Gritou. - Ela é minha mulher!

Luna sentiu essas palavras mais do que deveria e se recriminou mais uma vez.

- Acha que porque sou homem eu tenho que ser o canalha? - A olhou serio. - Eu não sou Luna, foi você quem me beijou, tudo bem eu deveria ter parado mais não foi assim e não podemos mudar isso, eu... - Ela tocou os lábios dele com as duas mãos o fazendo parar de falar.

- Para... Para... - Suplicou. - por favor, vamos esquecer isso, por ela sim? Por Melissa vamos esquecer que isso aconteceu.

Os olhos dela eram puras lagrimas e ele teve vontade de abraçar e a confortar por um momento, mas isso já não era possível qualquer tipo de aproximação era perigoso e ele tinha consciência disso assim como ela, então a soltou e ela saiu dali deixando as lagrimas caírem. Ele a olhou subir as escadas e se encostou na porta e suspirou, as coisas seriam difíceis de agora em diante, Luna entrou no quarto tirou o vestido e do jeito que estava deitou na cama abraçada ao travesseiro e chorou ate que o sono a venceu.

***

No outro dia...

Luna acordou mais ficou no quarto não tinha cara pra sair e olhar nos olhos dele não sabia como se comportar, bateram na porta e ela perguntou quem era e a empregada prontamente respondeu e ela deixou entrar, ela tinha nas mãos uma bandeja de café da manhã.

- bom dia senhora! - Sorriu. - o senhor Lorenzo pediu que eu trouxesse pra senhora.

Luna não conseguiu esconder o sorriso, ele não perdia a mania de cuidar dela a todo tempo.

- Obrigada meu bem.

Ela sorriu e abriu as cortinas e logo se retirou do quarto a deixando comer em paz, Luna tomou seu suco e sorriu ao pegar a rosa ele era todo um cavalheiro e a filha tinha sorte, a filha... Luna deixou de sorrir e levou as mãos ao rosto se perguntando como iria olhar a filha. Deixou o café de lado e ficou ali imersa em seus pensamentos levantou tomou um banho se vestiu e voltou pra cama, o dia foi passando rápido, Lorenzo já estava impaciente e subiu tocou a porta duas vezes e não obteve resposta, abriu a porta e ali ela estava adormecida numa camisola preta, seios fartos e um lençol que ia ate a sua cintura a como estava linda, se recriminou por imaginar como seria fazer amor com ela aquela noite e agora nesse momento suspirou e saiu o mais de pressa dali e saiu de casa feito bala.

Mais tarde daquele dia Luna resolveu sair do quarto e desceu lentamente não querendo ser vista por ninguém, a porta se abriu quando ela estava no ultimo degrau e ela engoliu a saliva que desceu rasgando por sua garganta e um sorriso lhe foi ofertado.

- Oi mãe. - Foi ate ela e a abraçou. - Como a senhora esta?

Luna apertou a filha com amor nos braços e pediu perdão a Deus pelo que tinha feito, beijou os cabelos dela como se tivesse medo dos próximos minutos.

- Estou bem e você? Como foi a viagem? - Continuava abraçada a filha, não queria olhar nos olhos e se entregar a ela, Melissa se soltou no minuto seguinte segurando as mãos dela.

- Cansativa, cadê Lorenzo? Estou com saudades do meu amor, eu vi a foto de vocês no evento de ontem estavam lindos mãe! - Sorriu. - Eu queria ter estado aqui pra ir com vocês.

Luna sentiu o corpo esfriar, ela não sabia das fotos, ou melhor, não se lembrava soltou as mãos da filha e seguiu em direção a sala.

- Como estão essas fotos? - Sentou e Melissa sentou ao seu lado.

- Normais! - Riu. - Ou melhor, tinha a legenda assim "Luna e seu novo pretendente talvez?".

- Onde esta essa foto que eu vou mandar tirar do ar! - Se levantou e pegou o telefone.

- Calma mãe, é só uma foto, não precisa ficar assim! Papai também estava na matéria agarrada a...

- Eu quero que teu pai vá pro inferno que ele morra e aquela vadia já sabe do que sou capaz.

- O que a senhora fez?

- Isso não importa...

Ouviram a porta e logo a figura de Lorenzo apareceu para elas e Mel se levantou e foi ate ele e o beijou, Luna olhou os dois e se sentiu acuada e tratou de sair dali o mais rápido possível, Melissa o puxou para o sofá e ele buscou por ela que já havia ido e sentiu que aquilo estava errado muito errado.

***

Dias depois...

Os dias que seguiram foram difíceis e de poucas palavras trocadas, Melissa não viajou esses dias e Luna deu graças a Deus assim evitava dele tentar falar com ela, mas o cuidado era o mesmo sempre que ela dormia no sofá ainda acordava na cama, saia cedo e voltava tarde pra não ter que falar com eles e a desculpa era sempre a mesma "Trabalho".

Sentimentos confusos em ambos, saudades de se ouvir as risadas os momentos juntos tudo fazia falta neles e estavam se sufocando por algo que era maior que eles, algo que era proibido e não entendido mais sim sentido. Era domingo e ela queria paz, um lugar acolhedor, um cantinho para pensar e repensar sua vida, sair da rotina, dar um tempo no trabalho e nada melhor que um passeio junto à natureza, no meio do nada, um lugar onde as pessoas se recolhiam para ficar em harmonia com sigo mesma.

Ela precisa se acalmar, respirar ar puro, refletir sobre o que tinha feito de sua vida, aonde chegou e para onde iria, ela estava sentada de frente ao lago, onde pessoas andam tranquilamente e ela apenas admirava tudo à sua volta... Foi então que ela o viu caminhando entre as árvores, com um ar ausente quase aéreo, formava um belo conjunto com a natureza ao seu redor.

Luna sentiu todo seu corpo tremer quando viu que ele vinha em sua direção, as mãos estavam frias, se vi estática, paralisada, naquele momento milhares de dúvidas fervilhavam em sua cabeça, não sabia como reagir. Porém todas as perguntas se calaram no instante em que ele tocou seu rosto.

- Luna...

Senti-me novamente uma adolescente, livre, inteira.

CONTINUA!

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