Capítulo 16

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Ele estava cheio de desejo por ela e queria mais e ela não sabia como dizer que não, que não o queria, pois ele não deixava e quando ele ia beijar ela de novo a porta se abriu e Bia gritou.

- Mãe, eu e Loren... - Os dois se afastaram e Bia desceu das costas de Lorenzo e o caos estava formado.

Lorenzo e Luna se olharam e ela abaixou a cabeça se afastando de Augusto e Bia se aproximou.

- Por que estava beijando minha mãe? - O tom era de quem não tinha gostado do que viu e colocou a mão na cintura encarando os dois.

- Filha...

- Vocês são namorados? Se for eu não aceito. - Olhou a mãe. - Não quero mãe! - Bia saiu correndo e Luna sentiu o coração se quebrar por ver a filha com os olhos cheios de lagrimas e saiu correndo atrás da filha.

Lorenzo encarou Augusto por algum tempo.

- Por que esta me olhando assim? - Augusto o enfrentou.

- Acho que você não tem mais nada o que fazer aqui, já estragou o dia da Bia melhor ir!

- Esta me mandando embora?

- Não! Apenas pedindo educadamente que se vá!

Augusto o olhou e não querendo mais confusão saiu o encarando e Lorenzo não deixou barato deu um riso e o acompanhou ate a porta batendo antes que ele desse tchau. Bia estava deitada na cama chorando quando Luna entrou e foi ate ela.

- filha...

- Não quero conversar mãe!

Luna sentou perto dela e tocou seus cabelos.

- Por que esta chorando assim?

- Eu não quero vocês juntos, eu não quero!

- Meu amor, nos não estamos juntos. - Afirmou com certeza e se arrumou na cama deitando junto a ela e beijando seus cabelos.

- A gente só beija alguém quando se é namorado ou tem algo e eu não quero, não com ele.

- Filha... - A virou. - Qual o problema com ele? Vocês são tão amigos.

- Amigos, mamãe, só isso nada mais, não quero ele te beijando não. Ele não é pra você! - Abraçou a mãe com amor e as lagrimas rolando. - Promete que não vai deixar mais ele te beijar?

- Só se você prometer parar de chora?

Ela assentiu e abraçou o corpo da mãe mais forte e ali ficaram ate que ela se acalmasse, um tempo depois Melissa veio ate o quarto e encontrou as duas agarradas e dormindo confortavelmente, sorriu e as deixou em seu momento. A NOITE caiu e com ela um jantar meio estranho, todos a mesa em silêncio absurdo ate Bia falante tinha sumido, sentimentos a flor da pele e culpas evidentes nos olhares, Melissa ate tentou falar mais as respostas eram curtas e sem muita enrolação.

Após o jantar Luna ficou com as filhas no quarto ate que o sono chegou e todas se acomodaram em seus quartos e o sono venceu a todas, menos a ele que não conseguia esquecer e pensava em tudo que estava acontecendo e no canalha que estava se tornando em "jogar" com as duas mulheres, precisava se decidir antes que fosse tarde de mais.

***

Às duas da manhã Luna acordou assustada, tinha o sono leve e ouviu um barulho no andar de baixo e seu coração foi na boca, será que a casa estava sendo roubada? Levantou e abriu a porta deu uns quantos passos ate a ponta da escada e viu a luz que dava pra cozinha acesa. Olhou para os dois lados e rezando pra Deus, desceu as escadas lentamente então a luz se apagou e ela se preparou pra golpear o "ladrão" com o guarda chuva que acabará de pegar, apontou e esperou e quando ia bater ela o viu.

- O que é isso Luna?

- Lorenzo?! - Abaixou o guarda chuva. - O que faz acordado? Eu quase te acertei sabia? - Passou as mãos no cabelo tentando controlar o susto.

Ele a olhou firme nos olhos, ainda via a cena do beijo e por isso não conseguia dormir e estava perambulando pela casa quando a porta da cozinha bateu acordando ela.

- Desculpe! Pensou que era um ladrão? - Falou cabisbaixo.

- Que cara é essa? Chupou limão foi? - Ela responde em tom provocativo.

- Augusto é um idiota, quer tirar proveito do momento que você está vivendo! - Ele esbraveja. – Por que deixou ele te beijar?

Ela ficou paralisada com o que acabara de escutar, como ele poderia dizer isso? Estava com ciúmes? Estava claro que sim!

- Eu, eu... - Ela fala sem jeito. - Pare de agir como se fôssemos um casal, porque não somos! Não podemos ser, não entende isso? Quer o que? Quer que minha filha perceba essa cena?

- Eu não me importo com mais nada! - Foi sincero, não era homem dado a mentiras, era transparente, queria abrir o jogo, mas não sabia como. Não queria magoar Melissa, ela não merecia, mas com Luna estava aprendendo a diferença entre amor e carinho. - Você esta me deixando louco Luna!

- O que está dizendo?! Me ajude a esquecer isso, eu preciso te arrancar de mim, eu preciso! Ou vou ficar louca! Como acha que eu me sinto? A pior das mulheres. Você não sai da minha cabeça, mas isso tem que acabar, eu não sei como mais tem!

Ele aproximou e a pegou pela nuca a fazendo descer uns quantos degraus a deixando próxima de seu corpo e falou próximo a seus lábios.

- Eu não quero que você esqueça, porque eu não esqueço. Sabe como me sinto? - Falou baixo.

- Sei exatamente como se sente. Mas acha que vale mesmo a pena destruir tudo ao nosso redor? Eu quero, quero muito... Mas... - Ela se afasta tentando sair, mas ele a puxa.

- E acha que fugir é a solução?!

- É melhor que magoar quem a gente ama! - Falou chorosa.

- Nos não procuramos isso, eu tentei fugir tanto quanto você, mas não dá mais pra esconder o quanto eu te quero. E você, Luna consegue? Porque pra mim ta claro que não!

Luna engole a seco as palavras de Lorenzo, nunca antes tinham falado com tanta precisão sobre o que estava acontecendo entre eles, era tudo que ela queria ouvir e o que mais temia ao mesmo tempo. Ela chorou tudo estava confuso, Luna era forte, ou pelo menos achava que fosse até sentir tudo aquilo que estava sentindo.

Ele limpou as lagrimas que rolaram em seu rosto e beijou sua bochecha com cuidado, era tudo novo e difícil pra ambos, mas ele a queria, queria e o que começavam a sentir já era grande de mais pra negar. Luna fechou os olhos e sua mão escorregou por seu braço e ele a trouxe pela cintura pra mais perto e sem ter mais controle ou não querendo o ter, tocou seus lábios e esperou pela passagem que ela lhe daria.

Ela abriu um pouco mais a boca e se deixou beijar por ele enlaçando seus braços ao redor de seu pescoço e ali não se importaram com mais nada somente a entrega de um amor que não poderia mais ser contido!

"Eram dois adolescentes brincando com um fogo que iria queimar!"

CONTINUA!

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