A morte de Kirly

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Nota: Esta é a segunda parte de Anjos. Embora a longa mas necessária narrativa de Gustavo tenha dado a ideia que este livro seria narrado em primeira pessoa. Ele na verdade é narrado em terceira pessoa.

Na primeira parte, acompanhamos todo o conflito de Giulia para aceitar sua natureza, assim como a adaptação de Gustavo a seu outro 'eu' em outra dimensão da Terra. Nesta segunda parte, é que a história realmente vai se desenrolar com muita ação e romance. E um final, que mais uma vez vai surpreender. Portanto você que ler e gostar tecle na estrelinha e mostre que gostou, pois os orientadores e inspiradores que me auxiliaram neste trabalho não fazem questão mas eu... Faço OK.

Publicarei hoje dois capítulos. O segundo é muito tenso e violento mas não é uma violência gratuita, pois faz parte de um contexto maior. Aos leitores/leitoras que se sentirem chocados por gentileza releiam o primeiro capítulo onde tudo é explicado. Boa leitura.

Em uma dimensão vizinha à da Terra existe um mundo chamado Ananda. Este planeta foi o primeiro onde os seres de aparência humana dominariam. Ao contrário da Terra, este mundo desde sua formação, sempre teve o auxílio direto dos celestiais que surgiram desde que os habitantes de Ananda eram ainda primitivos que vivam em suas tribos.

Nas primeiras civilizações que foram surgindo em Ananda, os celestiais instruíam os reinos que se formavam, que competiam assim como no período tribal em guerras sangrentas por domínio territorial.

Neste período, surgiram poderosos guerreiros celestiais, que tinham a aparência de homens maduros entre trinta e cinco e quarenta anos, que usavam barbas e cabeleiras louras ou ruivas que falavam uma língua estranha que só aqueles que se tornariam os mentores de Harlok conseguiram entender.

Eles usavam espadas e desciam do céu por meio de asas e lutavam deste ou daquele lado conforme visualizassem aquelas tribos que seus habitantes fossem os mais hábeis e inteligentes.

Após milhares de anos de lutas, Harlok (rárloq) se consolidou como reino dominante. Ganhando assim as graças dos celestiais que aceleram sua evolução.

Nesse tempo, os celestiais já não participavam diretamente das guerras, apenas orientando Harlok e os outros reinos no sentido paz e da evolução humana.

Os celestiais guerreiros partiram numa grande nave que entre as nuvens recolhia aqueles que subiam. Da mesma nave, desceram outros celestiais. Estes não usavam espadas e se vestiam de matos brancos, eram quase idosos e eram muito bondosos e até condescendentes com os mentores que se tornaram tão poderosos que destituíram o soberano de Harlok, que só ficou com a denominação de reino, mas todo o poder ficou mesmo com os mentores que numa graça concedida pelos celestiais pacíficos antes de partirem, delegaram a Harlok o encargo de estruturar mundos primitivos onde seriam semeadas as essências humanas como aconteceu com Ananda e que aconteceria com a primeira e a segunda Terra, a que foi destruída.

Para isso, os celestiais construíram uma gigantesca máquina para esse fim e todas as complicadas operações se faziam no imenso complexo, construído sob orientação destes celestiais e foi chamado pelos humanos de Palácio dos Mentores onde os celestiais esperavam que estes sábios trabalhassem na evolução dos mundos conforme era determinado por ordens que provinham do lugar de onde eles vinham. Lugar este que nunca disseram o nome, pedindo aos mentores os entendessem apenas como seres vindos de uma dimensão mais avançada por ser muito antiga.

Os mentores, no entanto, ao perceberem que se tornaram poderosos e os celestiais que tinham partido sempre se mostravam generosos com Harlok em seus contatos que eram feitos por meio da máquina. Que os celestiais tinham poderes místicos que os mentores acreditavam que deveriam ser usados em benefício de Harlok. Alegando que outros reinos ameaçavam Harlok, que era em parte verdade. Por meio da máquina, os mentores faziam seus pedidos oralmente e aguardavam a resposta que surgia escrita em caracteres que só os mentores interpretavam, as instruções e ordens deveriam ser obedecidas.

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