Alienígenas espionam

9 6 0
                                    


A noite no laboratório Antônio já os aguardava quando chegam ele será operador. A espaçonave denominada Falcão é um veículo aeroespacial projetado a partir do espaçonave vinda de Harlok chamada Falcão com a diferença que não apenas uma nave de transporte, mas de combate também que vários canhões ocultos. Além de muito armamento que os próprios anjos usam. Seu princípio de funcionamento está relacionado ao uso do mesmo tipo de energia que a máquina de transporte interdimensional usa. Assim esta espaçonave se desloca não apenas no espaço, mas no tempo também.

O Falcão já está acionado e a sincronização de transferência está sendo feita Antônio. Kirly providenciou um uniforme especial para Hanna. Ela e Rodrigo estão vestidos em trajes de combate e Antônio apesar de estar com o mesmo uniforme será apenas o operador.

A espaçonave e a forma de lançamento também foram aperfeiçoados, agora a nave está envolta de anteparos que isolam parte do som de acionamento dos propulsores. Dentro, os assentos foram modificados em suas posições, agora os tripulantes não ficam frente ao outro. E a nave tem revestimento que lhe dá um visual quase parecido com o de uma aeronave. Eles também determinam às autoridades humanas que liberem o tráfego aéreo de certas coordenadas onde irão atuar.

Dentro Kirly vai pilotar e Rodrigo será seu co-piloto, coisa que eles ocasionalmente revezam. Hanna se posicionou numa poltrona logo atrás deles e teve que colocar um capacete. Kirly e Rodrigo acionam vários comandos ao mesmo tempo que conversam.

–Hanna pronta para passear?­– Kirly que normalmente é séria lhe pergunta de forma jovial.

–Prontinha – Dois cintos de segurança se entrelaçam em forma de X a prendendo no assento.

Um som de aceleração começa a surgir e vai aumentado. Hanna já tinha visto os anjos em Harlok fazerem estas viagens, mas nunca pensou que um dia estaria dentro de uma espaçonave dessas. A explosão de luz de transferência ocorre e espaçonave é direcionada para a estratosfera.

–Segundo dados coletados pelos satélites de monitoramento os invasores estão neste quadrante neste horário. – Rodrigo fala isso analisando a informação numa tela.

Ficaram um bom tempo vasculhando todo um quadrante e Hanna já estava ficando entediada até o momento que eles captam alguma coisa. Alarmes sonoros tocam intermitentes e Rodrigo que estava de olho na tela que é também a janela virtual da nave com Kirly pilotando mostra um ponto se movimentando na tela

­–Olha aqui Kirly, eles estão usando umas daquelas naves silenciosas em forma de cilindro, estas são bem rápidas.

–Desta vez iremos que captura-los. – Responde Kirly

–Ok. Vamos lá, se segura Hanna.

Hanna ouve o estrondo e sente seu corpo ser preso ao assento e a nave curva rapidamente para a esquerda. Eles pareciam estar fazendo uma perseguição aérea. Até ouvir Rodrigo falar – Eles estão tentando fugir para fora da atmosfera Kirly.

–Não desta vez! – Por meio de um jostick ela dispara. Ao mesmo tempo que Rodrigo aciona alavanca que impulsiona ainda mais a nave com outro estrondo. Hanna colada no acento vê a nave alienígena em forma de cilindro à frente. Kirly dispara mais uma vez e o cilindro começa a despencar. Eles vão descendo também a espaçonave.

A silenciosa nave de forma cilíndrica cai se vai se arrastando por um descampado. Kirly e Rodrigo colocam capacetes e eles descem pelo levitador trazendo Hanna Deixando a nave estacionaria a dez metros do chão.

Embaixo o cilindro é tão grande quanto a nave deles e Kirly rasga o revestimento. É noite e Hanna só vê os estampidos e clarões dentro da nave no centro entra e arrasta um tripulante e Rodrigo outro. Eles também estão com capacetes aparentemente tem corpos que não são muito diferentes dos humanos. Kirly não aponta as mãos mais armas idênticas a fuzis com canos mais grossos.

–Você quer ver uma dessas criaturas Hanna? – Pergunta Kirly a Hanna que não entende nada.

–Sim quero, foi para isso eu vim. – Hanna finge uma cara de durona.

– Kirly fala com um dos detidos com uma língua absolutamente estranha. Pelo tom dar para perceber que é uma ameaça. A criatura esboça um ataque rápido à Kirly e um rombo é aberto em seu peito e ele tomba. Rodrigo arranca o capacete do outro que já está imobilizado por um dispositivo que lhe impede os movimentos. E Hanna vê um ser com uma cara sem nariz, sem feição e dois buracos no lugar dos olhos. Kirly entrega sua arma a Hanna.

– Segure isso Hanna.

– Ela coloca as mãos que estão envoltas de luvas na cabeça do alienígena. Kirly está analisando sua mente. Ao terminar ordena a Hanna.

–Já tenho as informações que preciso. Acabe com ele Hanna.

–Eu tenho que fazer isso?

–Tem. Faça logo. – Ordena secamente.

–Tá certo. – Perde um tempinho mirando e explode a cabeça do alienígena.

–Matei ele?

–Tá mortinho. – Diz Rodrigo.

Sobem na espaçonave e dentro conversam sobre a situação antes de acionar o retorno.

– Temos que ficar de olho em Marte. Estes eram apenas espiões, mas, outros são muito rápidos e letais. Eles ao que parece, estão tramando alguma coisa contra a Terra novamente. Não tinha muita informação na mente desse. O outro não iria colaborar mesmo. Iremos a Marte, mas antes, temos que ir a Plunktar. Então vamos retornar agora e reunir com os outros em casa.

Pela janela virtual os holofotes da nave iluminam a noite e a nave cilindro avariada, eles já tinham posto os corpos dentro.

– É desintegrar tudo então. – Rodrigo aciona um comando no painel e pelo jostick ele dispara um raio branco que parte contra o cilindro que começa a se desintegrar e transformando toda a matéria que se transforma em poeira que o deslocamento dos propulsores vai espalhar.

– Então Hanna gostou do passeio noturno? ­Pergunta Rodrigo.

– Tirando a parte que tive que matar, até que está sendo emocionante.

– Aqueles eram de outra dimensão e não deveriam estar aqui na Terra. Nossa vigilância é constante pois os celestiais só dizem que temos que extermina-los quando conseguimos captura-los, o que é bem difícil pois suas naves são extremamente rápidas. Existiu um anjo maléfico que de alguma forma tomou o corpo de um desses seres. Este anjo foi um dos mais difíceis de ser destruído.

–Eu sei, Etar.


ANJOS Onde histórias criam vida. Descubra agora