Passeio Virtual

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Caminham pelo corredor em entram numa espaçosa sala cheia de equipamentos eletrônicos no centro uma confortável poltrona em frente a um computador que parece não ter nenhuma tela até Alfredo acionar o holograma que surge, onde ele vai programar as escolhas de Hanna.

– O que a senhorita deseja, muita, média ou pouca diversão?

– Como ainda não conheço este dispositivo ... Média, por enquanto. – Hanna está bem animada já confortavelmente esticada na poltrona.

– Em Marte ou na Terra?

– Qual o mais divertido?

– Marte certamente senhorita.

– Quero Marte então.

– Fazer novos amigos?

– Sim, quero fazer amigos.

– Praia, boate ou cruzeiro marítimo. Tem várias outras opções que a senhorita poderá experimentar em outras ocasiões.

– O que é boate?

– É o local onde jovens de sua idade se divertem.

– Quero ir para esse local.

­– Senhorita, os jovens que você se conectará são reais, embora o ambiente seja virtual, portanto recomendo cautela e discrição.

–Fica tranquilo robô não falarei nada que não devo falar.

Alfredo programa o computador e fixa dois eletrodos nas laterais da testa de Hanna, e passa um capacete de realidade virtual que tem uma viseira toda negra que encobre todo o rosto. Hanna coloca.

– Não vejo nada Alfredo.

–Um momento senhorita. Lembre-se para voltar é só me chamar estarei aqui a seu lado.

–Certo, liga logo isso...

Hanna se vê vestida e produzida como uma garota da Terra dentro uma boate. A música é eletrônica e está bem alta. Várias luzes piscam. Tem um globo colorido girando no teto e feixes de luz vermelha e verde se alternam atravessando a pista.

Se belisca e sente-se como se estivesse um ambiente totalmente real. Muitos jovens se divertem dançando, tomando bebidas, namorando e juntos em grupos bem animados. Ela caminha pelo ambiente.

Vários jovens rapazes e moças bem bonitos a olham curiosos e ela chega até o bar, senta e um androide com a mesma cara de Alfredo pergunta.

– O que a senhorita vai querer beber?

– Alfredo! Você não deveria estar aqui no meu passeio virtual, cai fora robô!

– Temos cerveja, vinho, whisky, vodka, refrigerantes e sucos, o vai ser senhorita? – Hanna fica indecisa. – Acho que quero suco.

–Eu pago BT. – Um atraente jovem que estava sentado ao lado dela falou.

– Como quiser senhor.

– Olá, você eu nunca te vi por aqui antes. Como se chama? – O jovem negro é puxa conversa com Hanna.

– Meu nome é Hanna e o seu?

– Luís, você é estrangeira?

– Sou.

–De onde?

–Harlok.

–Onde fica isso? É na Terra?

–Deixa pra lá, vamos dançar?

Hanna não conhecia as danças da Terra ou de Marte mas é muito inteligente e só de observar as outras garotas, já está dançando igual a elas.

Após algum tempo, Luís a conduz para um local reservado na parte de cima da boate onde uma grande vidraça isola parte do som. Existem outros casais por lá que já estão se pegando.

O local tem várias poltronas e eles se sentam numa um pouco afastada dos outros casais. Luís pede mais bebidas que outros androides servem. Hanna continua no suco tomando no canudo. Ela conduz a conversa e descobre que os anjos simplesmente deixaram o povo de Marte fazerem o que bem entendem e parecem não se importar em nada com estes que foram deslocados para esse planeta, mas o rapaz quer direcionar a conversa para outro objetivo diferente de Hanna que só quer informações. Ele encosta nela já dando uma cantada.

–Nossa Hanna! Sua beleza é tão diferente, acho as estrangeiras muito lindas. – E vai aproximando o rosto tentando beija-la. Hanna que nunca havia visto um negro e só por curiosidade se deixa beijar pelo humano de Marte que ela acha que beija melhor que os humanos de Harlok. E já estava gostando da coisa quando aparece uma garota querendo encrenca.

–Luís seu safado quem é essa zinha?

–Ei! Vê lá como fala comigo!

–Sua sirigaita! – A garota parte para cima de Hanna e agarra seu pescoço, Hanna que é traumatizada com mulheres esganadoras grita.

– Alfredo me tire daqui!

O boate some e Hanna se sente sentada na poltrona com o capacete tapando sua visão.

–Ain! Tire essa coisa da minha cabeça Alfredo! – O androide tira o capacete da cabeça de Hanna mas ainda pergunta com sua simpatia artificial.

–A senhorita não gostaria de experimentar outra modalidade de diversão?

– Não, por hoje chega de emoções, vou para meu quarto dormir, amanhã Kirly vai vasculhar minha mente e não quero estar cansada.


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