Um lugar triste

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Enseada em 2057 não é um local exatamente divertido de se viver. É inverno novamente e está bem mais frio neste inverno que na época em que Gustavo viu Giulia pela primeira vez. Não neva, mas cai uma fina chuva gelada.

A cidade está muita mais evoluída e está menos populosa. Tudo se tornou tão organizado que Enseada agora é um lugar muito monótono de se viver. Pelo menos no mundo real.

As disputas que são os catalisadores para os conflitos não existem mais. As paixões estão refreadas. Os homens e as mulheres são fieis um ao outro. Todos seguem a mesma rotina com muito bem-estar social que é basicamente estudar, trabalhar, morar numa bela casa, se unir com a mesma pessoa que namorou pela primeira vez e com ela ficar até que esta morra bem velha por volta dos 100 anos e ter no máximo um filho para não super-povoar a cidade. Na verdade, poucos lugares em todo o planeta são diferentes.

A televisão ainda existe, mas só os mais velhos se interessam por ela. As pessoas mais jovens já não veem nenhuma graça em ficarem vendo ficção se podem elas mesmas, viver virtualmente seus romances e aventuras. E não se interessam mais em saber das mesmas notícias de sempre de um mundo já que atingiu a suposta perfeição, e nada muda mesmo.

Em Enseada as pessoas se comunicam pela internet que está tão avançada que tudo fazem por este meio. Vão a festas, se divertem, fazem amigos e curtem a vida. Tudo no mundo virtual. Os apaixonados também preferem se relacionar por realidade virtual fazendo on line o que poderiam fazer pessoalmente.


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