PRÓLOGO 2
MIASubi as escadas correndo, dezoito anos e suas mudanças. Que não aconteceram comigo, fiz dezoito anos e não pude ir a minha festa com poucos amigos.
Bati a porta do meu quarto com força. Mary pode ir a onde ela quiser, Mia fica em casa, sempre assim. Jogo meus saltos novos para lado, ajeito minha cama puxando meu edredom pra baixo e me jogo de vestido mesmo, pretendo dormir até completar trinta anos, vai ver assim eu possa sair de casa.
Fecho os olhos e sonho com choros e brigas, de mim com alguém.
— Mia, meu amor. Acorde. — ouço a voz doce da mamãe e fecho os olhos com força, querendo voltar a dormir.— Não fique assim anjo. Você terá mais festas para ir, vamos seu pai tem algo para te dizer.
Abro os olhos devagar e encaro minha mãe com seus incríveis olhos azuis cansados.
— Tudo bem mamãe.
Ela sorri e sai do meu quarto, vou logo atrás, descalça e com o mesmo vestido de ontem. Olho pela janela da sala de jantar e vejo que ainda está escuro.
Paramos em frente a porta do escritório do meu pai, abaixei os olhos e minha mãe bateu na porta. Um pouco mais tarde, ouvimos um entra baixo e bem calculado.
Entrei atrás da minha mãe e meu pai estava sentado atrás de sua mesa olhando vários papéis.
—Bom dia.—sua voz é grave e assustadora.
Minha mãe para um pouco distante de nós, olho o relógio e já são cinco e quinze da madrugada.
— Sente-se Mia.— ele ordena apontando para uma cadeira à minha frente.
Sento-me de pernas cruzadas e olhando para minha mãe.
— Ontem você completou dezoito anos, já pode se casar, deveria ter até filhos, sua mãe já te tinha nessa idade. Você já está velha para morar com seus pais. Estou tendo problemas com finanças e você precisando se casar, então como seu pai, juntei o útil ao agradável e lhe arranjei um casamento. — ele despeja tudo em cima de mim, sem retirar os olhos de seus papéis.
Ergo meus olhos pra ele, sem crer, ele fala na maior tranquilidade do mundo, como se isso fosse normal. Já foi, a dois séculos atrás.
— Pai, não! Eu quero fazer faculdade, quero ter minha vida antes de casar, quero construir minhas coisas antes de pular para um relacionamento. — digo aflita com os olhos suplicantes encarando os seus frios e cruéis.
—Quem manda sou eu Mia, quando eu digo que você irá se casar, você irá se casar. Pronto, já pode voltar para seu quarto. Você está me incomodando. — ele volta seu olhar pra as folhas em sua mão.
Voltei meu olhar para minha mãe e ela apenas abaixou seu olhar em um breve pedido de desculpas.
Levanto correndo prestes a chorar, quase jogo a cadeira no chão, corro como nunca até meu quarto, tropeçando nas coisas. No meu quarto pulo em minha cama e desato a chorar.
Minha mãe fecha a porta, sei que é ela porque ela nunca me abandonaria nessa hora.
— Princesa, calma. Vai passar, shhhh, vai passar. — ela tenta acalmar meu choro.
Acariciando meus cabelos até meu choro dando lugar a sono.
—Esse é o pior aniversário do mundo.— sussurro antes de finalmente usar o sono como válvula de escape.
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Casamento de um Cafajeste
RomanceMia Mendes acabou de completar 18 anos com uma péssima notícia. Virou moeda de troca nos negócios de seu pai. A família Mendes está falindo, e a única saída pra o anfitrião foi dar a mão de sua filha mais nova ao filho do homem mais rico do país. Dy...