CAPÍTULO 11 - BEM VINDA

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MIA

Quando Dylan saiu de casa o meu alívio foi imediato, eu não conseguia encara-lo. O que ele fez ontem, me deixou extremamente indefesa e envergonhada. Nunca havia feito antes. E era Dylan, ele só me usou.

Como eu fui idiota!

Sai do quarto e fiquei tentada a entrar nos outros quartos, mas seria muita invasão de privacidade. Desci as escadas, e dei de cara com sala imensa, um sofá, uma mesa de centro e uma televisão, um janelão do lado esquerdo mostrando toda a vista da cidade, e já do lado direito a cozinha.

Olhei pra porta e me deparei com uma loira, alta e esbelta. Reconheci seu rosto da última vez que estive na casa de Michael.

一 O que você faz aqui? 一 tentei parecer tranquila.

Ela observava a sala por alto e depois me olhou com seu costumeiro olhar esnobe.

一 Vim ver Dylan. 一 ela não escondeu o sorriso malicioso.

一 Dylan não está, acabou de sair.

一 Não adianta mentir mocinha, nós combinamos de nos encontrar agora.一 ela ainda sorriu.

一 Então você é a amiga dele? Ele disse que iria te encontrar. Não sabia que Dylan não tinha palavra. 一 também sorri e notei seu sorriso murchar.

一 Não adianta escondê-lo de mim garota! Vou chamá-lo!

一 Fique a vontade. 一 estendi minha mão como se mostra o caminho.

一 Eu já sei onde é.

Ela passou por mim e começou a subir as escadas.

一 Pena que eu não te perguntei. - sussurrei abrindo o pirulito que eu peguei no meu bolso.

Coloquei a bolota rosa na boca e comecei a fuçar o enfeites da mesinha de centro. Três cinzeiros, uma prato de vidro com três bolas coloridas dentro.

Ouvi os passo de Lucy descendo as escadas.

一 Satisfeita?

Ela saiu sem me responder. Fui até a cozinha, agora sozinha, abri os armários e não encontrei nada legal.

****

Depois resolvi ir até meu quarto. Eu não tinha o que fazer, então cochilei.

Só acordei com Dylan chegando revoltado, eu sabia que ele estava acompanhado pelas outras vozes que eu ouvi.

一 Dylan! Não adianta culpá-la. Você que é o fudido. 一 eu reconheci como Bruno.

一 Mais que merda Elias! Como você não leu isso?

一 Você que assinou sem ler! Idiota!

Os passos ficaram mais frequentes e altos, e assim que minha porta foi aberta, fechei meus olhos fingindo estar dormindo.

一 Mia, acorda e arrume-se, temos um jantar para ir.

Era a voz de Dylan, ele falou e logo fechou a porta, discutiu mais um pouco com os irmãos e depois desceu as escadas.

Levantei rápido da cama e fui para o banheiro, tomei um banho e lavei os cabelos. Voltei para o quarto e demorei para escolher um vestido, enquanto eu estava em lua de mel minha mãe trouxe minhas roupas para cá. Escolhi um vestido longo, colado até um pouco acima do joelho o resto solto, de mangas compridas, decote médio e de costas nuas, vermelho sangue. Calcei meus saltos vermelhos vinho com uma tira em cima dos dedos e salto fino, deixei meus cabelos soltos, passei um perfume e pouca maquiagem.

Dylan abriu a porta falando:

一 Mia se você não estiver pron...一 ele calou a boca quando me olhou, ficou assim por segundos.

一 O quê? Está feio? 一 perguntei envergonhada.

Ele balançou a cabeça, e me estendeu a mão.

一 Não, está bom assim. Vamos.

****

Dylan parou o carro em frente a mansão do pai. Tinha alguns fotógrafos em frente, Dylan saiu e abriu a porta pra mim. Alguns flash foram direcionados a nós, mas passamos direto.

Ele me deixou sozinha quando avistou seu pai, eu estava indo até minha mãe quando Bruno me parou.

一 Agora oficialmente, seja bem vinda Mia. 一 ele disse me entregando uma taça de champanhe.

一 Obrigada Bruno.一 sorri para ele.

一 Como foi em Bahamas? 一 ele perguntou levando a taça aos lábios.

一 Normal 一 respondi um pouco desconcertada. Quem pergunta sobre a lua de mel alheia?

Meu olhar rodeou as pessoas ali presentes, buscando não sei o que ou quem. Acabei encontrando o olhar que eu pensei nunca ver mais.

Eithor.

O marido da minha prima. 

Casamento de um CafajesteOnde histórias criam vida. Descubra agora