MIA
Meu orgulho falou mais alto na hora de recusar a carona de Bruno, eu iria andar todo o condomínio e tentar pegar um táxi na saída. Mas ele me convenceu de que me levaria só até a portaria. Ledo engano.
Já dentro do seu carro, mais uma vez fui convencida a ir com ele para casa. Mas o caminho que ele estava indo, não era o caminho dá cobertura.
— Para onde você está me levando? — eu perguntei assim que não reconheci o caminho.
— Para casa — antes que eu falasse ele corrigiu. — Para minha casa.
Minha raiva subiu um nível, como ele podia achar que me levaria para onde quisesse sem minha permissão?
— Você está louco Bruno. Como pode me levar para onde quiser sem minha permissão?
Ele fez uma curva com o carro e nem ligou para o que eu disse.
— Para o carro! Bruno para esse carro! — tentei abrir a porta.— Você está me sequestrando!
Ele me olhou por vários segundos, foi até o acostamento e parou o carro.
— Desculpe Mia, não estou te se crestando. Só quero conversar, não precisa ser na minha casa, mas já está escurecendo e esfriando.
Me acalmei, sempre acreditei em bruno e me senti segura, porém ele não ter me avisado ou esclarecido desde do principio me estressou.
— Custava ter me dito isso? — antes que ele respondesse completei. — Pode seguir para sua casa.
Ele riu e ligou o carro novamente.
Bruno morava em um apartamento bem menos luxuoso em comparação a cobertura de Dylan. Com quatro cômodos - um banheiro, uma sala, a cozinha e o quarto- e uma sacada grande, onde tinha duas espreguiçadeiras.
Antes de ir até a sacada, um colar arrebentado em cima do raque me chamou atenção, era prata e parecia que abria, como se tivesse uma foto dentro, peguei para vê-lo mais de perto e tinha um M escrito. Bruno tirou da minha mão quando eu abria.
— É da sua mãe? — perguntei sem graça depois que vi a falta de educação que tive.
Não era meu mais me lembrava muito de já te-lo visto.
— Não.
Ele disse segui para a cozinha, colocando-o ao bolso. Segui ele sem tocar mais no assunto.
— Você quer comer alguma coisa? — ele perguntou antes de abrir a geladeira.
***
Eu já tinha bebido duas taças de vinho e já tinhamos migrado para a sacada, cada um em uma espreguiçadeira. Já está frio, e ele me cedeu uma manta. Bruno não bebeu nada alcoolico, ele pretendia me levar dessa vez para a cobertura de Dylan.
— Você namora Bruno? — eu perguntei em uma súbita coragem.
— Não sei. — ele respondeu sorrindo, mas sem me olhar.
Fiz careta. Bruno tinha vinte e seis anos, e estava agindo como um adolescente.
— Não faz graça, me responde sem brincadeira.
Ele me olhou e sorriu de novo.
— Não estou brincando, não sei. — continuei encarando-o mostrando que eu queria uma resposta bem formulada. — Por que você quer saber?
— Eu não queria saber, até você me responder "não sei", além de ser muito infantil e fala de quem esconde algo.
Ele quase gargalhou, virou-se para me olhar melhor e começou a falar.
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Casamento de um Cafajeste
RomansaMia Mendes acabou de completar 18 anos com uma péssima notícia. Virou moeda de troca nos negócios de seu pai. A família Mendes está falindo, e a única saída pra o anfitrião foi dar a mão de sua filha mais nova ao filho do homem mais rico do país. Dy...