CAPÍTULO 37 - CONFISSÕES

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MIA

Meu orgulho falou mais alto na hora de recusar a carona de Bruno, eu iria andar todo o condomínio e tentar pegar um táxi na saída. Mas ele me convenceu de que me levaria só até a portaria. Ledo engano.

Já dentro do seu carro, mais uma vez fui convencida a ir com ele para casa. Mas o caminho que ele estava indo, não era o caminho dá cobertura.

— Para onde você está me levando? — eu perguntei assim que não reconheci o caminho.

— Para casa — antes que eu falasse ele corrigiu. — Para minha casa.

Minha raiva subiu um nível, como ele podia achar que me levaria para onde quisesse sem minha permissão?

— Você está louco Bruno. Como pode me levar para onde quiser sem minha permissão?

Ele fez uma curva com o carro e nem ligou para o que eu disse.

— Para o carro! Bruno para esse carro! — tentei abrir a porta.— Você está me sequestrando!

Ele me olhou por vários segundos, foi até o acostamento e parou o carro.

— Desculpe Mia, não estou te se crestando. Só quero conversar, não precisa ser na minha casa, mas já está escurecendo e esfriando.

Me acalmei, sempre acreditei em bruno e me senti segura, porém ele não ter me avisado ou esclarecido desde do principio me estressou.

— Custava ter me dito isso? — antes que ele respondesse completei. — Pode seguir para sua casa.

Ele riu e ligou o carro novamente.

Bruno morava em um apartamento bem menos luxuoso em comparação a cobertura de Dylan. Com quatro cômodos - um banheiro, uma sala, a cozinha e o quarto- e uma sacada grande, onde tinha duas espreguiçadeiras.

Antes de ir até a sacada, um colar arrebentado em cima do raque me chamou atenção, era prata e parecia que abria, como se tivesse uma foto dentro, peguei para vê-lo mais de perto e tinha um M escrito. Bruno tirou da minha mão quando eu abria.

— É da sua mãe? — perguntei sem graça depois que vi a falta de educação que tive.

Não era meu mais me lembrava muito de já te-lo visto.

— Não.

Ele disse segui para a cozinha, colocando-o ao bolso. Segui ele sem tocar mais no assunto.

— Você quer comer alguma coisa? — ele perguntou antes de abrir a geladeira.

***

Eu já tinha bebido duas taças de vinho e já tinhamos migrado para a sacada, cada um em uma espreguiçadeira. Já está frio, e ele me cedeu uma manta. Bruno não bebeu nada alcoolico, ele pretendia me levar dessa vez para a cobertura de Dylan.

— Você namora Bruno? — eu perguntei em uma súbita coragem.

— Não sei. — ele respondeu sorrindo, mas sem me olhar.

Fiz careta. Bruno tinha vinte e seis anos, e estava agindo como um adolescente.

— Não faz graça, me responde sem brincadeira.

Ele me olhou e sorriu de novo.

— Não estou brincando, não sei. — continuei encarando-o mostrando que eu queria uma resposta bem formulada. — Por que você quer saber?

— Eu não queria saber, até você me responder "não sei", além de ser muito infantil e fala de quem esconde algo.

Ele quase gargalhou, virou-se para me olhar melhor e começou a falar.

Casamento de um CafajesteOnde histórias criam vida. Descubra agora