CAPÍTULO 6 - CERIMÔNIA

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MIA

O resto do dia na casa de Michael eu preferia esquecer. Dylan fez aquilo tudo, para depois ficar cheio de coisas com aquela mulher. Não fiz nada pra ela, mas, ela ficou o resto do dia me olhando mal.

Esbanjando aquelas joias caríssimas, e seu biquíni de mais de quinhentos dólares. Era só isso de bonito que ela tinha, joia e dinheiro, porque, por dentro é tudo podre. Ela destratou todos empregados da casa, sem motivo concreto, só pra mostrar que podia.

Mas isso já tem uma semana, e hoje é o dia do meu casamento.

Chorei durante horas, mesmo assim as arrumações não paravam, eu não participei de nada, e agradeço muito por isso.

Esse oito meses passaram, e vou seguir minha vida como se nada houvesse acontecido, sem marido, e poderei até realizar meu sonho de ter um casamento por amor.

Minha mãe folheava impacientemente a revista que lhe foi entregue, me olhando de vez em sempre. A mulher terminou de passar um spray com um odor não tão bom no penteado que ela fez e nos deixou a sós, a pedido de mamãe.

Minha mãe levantou rápido do pequeno sofá de veludo creme da grande sala e me olhou aflita.

— Mia você não precisa fazer isso. Eu posso te ajudar, é só você dizer não. Eu tenho um dinheiro, você pode viajar, sumir por uns tempos. É só você dizer não, filha.

Sorri, seria a minha salvação e a destruição dela, meu pai seria capaz de mata-lá.

— Não pense nisso filha, eu vou ficar bem.— ela disse como se adivinhasse o em que eu estava pensando.

Ela estava com os olhos lacrimejando, passou os dedos no meu rosto me confortando.

— Mãe...

Ouvimos uma tosse forçada e olhamos para a porta. Michael, meu futuro sogro nos observava atento.

— Desculpe interrompê-las, mas, eu queria trocar uma palavrinha com minha futura nora.

Concordamos e antes de minha mãe sair ela sussurrou:

— Não se preocupe comigo querida. è a sua vida que está em jogo.

Fechei os olhos e algumas lágrimas escorreram.

— Mia — Michael disse para chamar minha atenção. — você sabe que seu casamento não é nada convencional.

É convencional sim, sogro, para o século dezessete. Fiquei tentada a lhe dizer.

— Seu pai recebeu uma pequena fortuna para isso e você também. Sei que Dylan não é fácil, e eu não te deixaria de mãos abanando, se você não conseguir conviver com ele, você tem como sobreviver.

— Senhor, eu não vou precisar. — mesmo surpresa, com a sua declaração, eu apenas tenho pensamentos nos oitos meses que logo passaram. E não quero nada que me recorde essa época da minha vida.

— Eu espero.— ele disse sorrindo. — Vamos?

Engoli em seco. É agora.

A marcha nupcial começou, meu pai segurou meu braço sério, as pessoas se prepararam para abrir a porta igreja.

Nunca mais poderei me casar em uma igreja.

Respirei fundo e segurei o buquê de rosas vermelha que minha mãe me deu junto ao um olhar cheio de significados.

Fiz tudo que me foi passado, e logo eu estava no altar. Não teve nada daquela coisa de troca de olhares apaixonado que eu lia nos livros. A igreja estava lotada, todos ali presente estavam com interrogação no seus rostos.

O padre não enrolou, não precisamos trocar votos ou qualquer coisa que seja.

— Dylan Brian Dyer aceita Mia Felicia Bruncy Mendes para amá-la, respeitá-la at....

— Aceito.— ele respondeu frio, sem ao menos um teatro.

O padre se direcionou à mim.

— Mia Felicia Bruncy Mendes, você aceita Dylan Brian...

Olhei para minha mãe, ela estava aflita ao lado de meu pai, neguei com a cabeça e uma lágrima escorreu dos meus olhos.

— Aceito.

Lágrimas escorreram pelo meu rosto enquanto a limusine andava pelas ruas escuras de Nova Iorque.

Acabei com a minha vida, é a única coisa que passava pela minha cabeça.

Dylan estava do meu lado também em silêncio, bebendo champanhe, ele não pareceu nem um pouco afetado com meu choro ou com o nosso "belo" casamento.

Tirei minhas luvas, véu e a parte que cobre meu decote, estávamos indo para a festa que acontecia na casa de meu sogro.

Dilan resmungou e acabou tomando o champanhe na garrafa.

— Essa porra é muito fraca. — ele sussurrou depois de beber tudo no gargalo.

Respirei fundo quando o motorista parou o carro em frente a mansão. Antes de eu sair, Dylan agarrou minha mão.

— Não sou só eu que tenho que fazer o papel de marido feliz, então bote um sorriso nessa carinha. 

💒

Feliz dia das mães!!!

Casamento de um CafajesteOnde histórias criam vida. Descubra agora