MIA
Acordei ainda no chão e sem calcinha. Dylan não devia ter me pressionado daquele jeito, foi muita mancada minha, mas eu nunca tinha passado por aquilo, não sei o que me deu, mas me assustou muito.
O meu dia tinha sido um dos melhores, minha prima mais velha e melhor amiga, havia retornado à casa dos pais e não perdeu a oportunidade de vim me visitar. Ela já veio cheia de perguntas impróprias.
— Deu ou não deu essa boceta pro seu homem?
— Kim! Eu não vou responder!
— Não me enrola que eu não sou linha, Mia! Responde logo!
— Não — sussurrei.
Kim pediu explicações, ela achava o cúmulo da irracionalidade eu ainda ser virgem com quase um mês de casamento, arredondado de forma bem exagerada. Expus meus motivos, mas mesmo assim ela me olhou feio quando saímos para a escola que ela daria aula de Balé, ela tentou me convencer a dar também, apesar de quase dez anos de aula eu tinha a tal da insegurança e também vergonha. Fomos, conversamos com a diretora, e ela ficou super feliz em saber que Kim havia aceitado seu pedido e até me convenceram de voltar a praticar, dançar novamente, eu não achei má ideia, mas queria saber da opinião de Dylan.
Eu não esperava que minha noite seria péssima.
Um barulho na cozinha volta a me incomodar, levantei e sai da dispensa. A luz que passa da janela me fez fechar o olhos e não conseguir ajuda Dylan. Só fui ajudá-lo depois de me acostumar com a luz, ele estava espatifado no chão. Com um alto cheiro de álcool e cigarro, e a calça aberta.
— Vem Dylan, deixa eu te ajudar.
— Eu...sai...vaca.
Ignorei seu xingamento e tentei levantá-lo. Ele cambaleou um pouco, mas eu consegui levantá-lo e quase tombamos na escada, ele andava um pouco e cambaleava, e assim chegamos no seu quarto gigantesco.
Foi a primeira vez que eu entrei nele e fui direto para o seu banheiro, como mágica Dylan parecia mais sóbrio. Tentei ajudá-lo a se despir, porém ele me cortou.
— Pode...ir não preciso mais de você.
Eu nada disse, apenas sai e me sentei na cama, caso ele precisasse de mim, eu já estaria próxima, foi aí que tive tempo de reparar no quarto incrível em que ele dormia. E que quarto em, uma cama king size perfeitamente forrada, uma porta para o closet e uma janelona, de vidro que mostrava toda à noite escura da cidade.
— Mia...– ouvi o sussurro no banheiro. Fiquei atenta para ver se Dylan me chamaria novamente para eu ir. Isso não aconteceu, fiquei mais calma, entretanto, uma pulguinha atrás da orelha não me deixou ficar sentada na sua enorme cama.
Me levantei em silêncio, me preparando para o pior, abri a porta pronta para entrar em desespero. Mas, o que eu vi, me fez perder o ar, e sentir minha vagina estranhamente molhar-se lá embaixo, livre de qualquer pano.
— Dylan...porque me chamou?
Ele abriu os olhos e sorriu quando viu minha cara assustada, seus movimentos no seu pênis ereto foram mais brutos e rápido.
Jesus! Isso é um pênis? Tá mais para uma cobra, muito grande.
Ele estava dentro do box, com o chuveiro aberto, totalmente nu cima do vaso, seu pênis, aparentemente muito duro e repletos de veia.
Isso é normal?
— Eu, te chamei? Não. Chamei não. Chamei? – me respondeu com um sorriso muito safado sem parar de se tocar. – Vai ficar ai me olhando assim?
Parei de encarar Dylan nu. Fui até a banheira do outro lado do banheiro gigantesco e liguei a torneira de água quente.
Esperei um pouco para chamá-lo até que a banheira estivesse cheia.
— Vem Dylan, você precisa de um banho.
— Não de babá – ele me respondeu e começou a andar, mas acabou tropeçando nos próprios pés.
Ajudei ela a andar até a banheira, ele relutou um pouco. Já com ele dentro da banheira eu me agachei ao seu lado.
— Já pode ir embora Mia.— ele disse fechando os olhos.
— Dylan – fiz uns desenhos aleatórios em seu braço, fazendo-o abrir os olhos. – me desculpa, eu não devia... Ter te batido.
— Pedir desculpa depois que já fez é fácil.
— Você queria o que? Que eu corresse atrás de você!?
Ele sentou e me pegou pelo braço, pareceu nem perceber quando me colocava dentro da água.
— Eu sempre fiz aquilo com você, doeria menos se você tivesse feito aquele show na primeira vez.
Não sei o que me deu. Se foi o fogo de baixo da minha saia ou, não sei. Só sei que o beijo que roubei dele foi bom. Enquanto ele apertava meu braço, minha mão estava em seu rosto, só eu beijava, ele parecia surpreso, até eu.
— Você disse sobre encostar em mim, não sobre encostar em você. — eu falei depois de desencostar nossos lábios.
— Eu não estava brincando Mia – ele tirou a mão de mim e escorou-se novamente na banheira.
— Eu também não Dylan, eu realmente quero suas desculpas. Você pode encostar em mim Dylan!
Ele riu, e cruzou os braços de olhos fechados.
— Eu estou falando sério, olha pra mim, seu desaforado – eu realmente estava brava, subi em cima dele, esquecendo-me de sua nudez, descruzei os seus braços assustando-o, ele abriu os olhos.
Acabei sentando em cima dele, colando nossos sexos, no mesmo momento me levantei assustada, mas sem deixar de segurar suas mãos.
— Eu sou virgem – ele fez uma cara engraçada depois que declarei, e arregalou os olhos — é por isso que eu nunca quis ir para os finalmente.
Ele soltou-se de mim e me jogou na banheira, minha roupa foi toda molhada e água se espalhou por todo o banheiro. Dylan saiu da banheira e vestiu-se com uma toalha.
— Dylan...o que...
— Você me contou isso pra que? Para transar comigo não é? — ele me pegou pelo braço, me erguendo.
— Sim...mas...
— Vai ou não, finalmente, me dá?
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Casamento de um Cafajeste
RomanceMia Mendes acabou de completar 18 anos com uma péssima notícia. Virou moeda de troca nos negócios de seu pai. A família Mendes está falindo, e a única saída pra o anfitrião foi dar a mão de sua filha mais nova ao filho do homem mais rico do país. Dy...