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O vento gelado jogava os cabelos de Katherine para trás enquanto o carro atingia um pouco mais do que a velocidade permitida. Kathy sentiu seu rosto gelar e provavelmente fez com que suas bochechas ficassem vermelhas, era Outono e o clima já estava bem mudado.

- Você vai ficar congelada – Hugo diz com uma voz suave e sorri. Era prazeroso vê-la tão alegre, mas poderia ficar doente com aquele vento gelado.

- Eu sei, mas estou feliz por não estar no avião – Ela não poderia esconder seu entusiasmo e isso o divertia. Ela parecia tão tranquila e solta, mesmo que estivesse fazendo aquela viagem sozinha com ele.

- Você tem tanto medo assim?! – Ele pergunta com dúvida.

- Foi a primeira vez que voei quando fui para Reverbel, então não sei se foi só por esse motivo ou vou continuar com medo pelo resto de minha vida – Kathy suspira e pensa como odiava que o medo a impedisse de algo.

- Você vai se acostumar – Hugo pega sua mão e da um leve aperto, como uma amostra de conforto. Seu rosto se ruborizou e por um minuto agradeceu pelo vento que batia no seu rosto.

Os olhos da garota finalmente saíram da paisagem da sua janela e parou onde a mão de Helsten estava segurando a sua. Era tão quente e confortável, se sentia estranha e quase completa.

"Ele está penas segurando sua mão!" Katherine pensa indignada com seus sentimentos.

Ainda não era algo que ela estava se acostumando, não é uma coisa normal para alguém que nunca se apaixonou antes. Isso não poderia ser tão intenso dessa forma, era para ser algo superficial e talvez insignificativo, mas era algo incrível mesmo com um simples aperto de mãos.

- Hugo, queria te perguntar uma coisa – Sua voz saiu temerosa e pensou se realmente deveria ter aberto sua boca, mas já era tarde demais.

Helsten a olhou por um segundo e voltou fitar a pista – Pergunte.

Sua mão suava e pensou como abordaria o assunto, já que pelo o que sabia de Amélia o caso era um pouco sensível para Hugo. Mas genuinamente, queria saber mais sobre ele.

- Você vai seguir a carreira de seus pais? – Perguntou antes que não tivesse coragem, sabia que Amélia já tinha decidido e sua escolha era clara, mas Hugo não demostrava nada e ficou claro que o assunto era desconfortável para ele quando sua mão apertou com força o volante.

- Não sei – Sua resposta foi curta e sua voz um tanto grave. Por um minuto achou que o assunto estava encerrado, mas Hugo começou a falar novamente – Às vezes acho que é uma obrigação, mesmo que eles não me obriguem explicitamente. Amélia sempre teve certeza, ela é corajosa e sempre encarou tudo de frente, parece bastante com meus pais.

Hugo não falava de sua irmã com inveja, ele tinha orgulho dela e sempre foi perceptível o brilho em seus olhos, certamente faria tudo por Amélia e não tinha dúvidas que Amélia faria o mesmo.

- Mas você já pensou em outra coisa? – Temia continuar com o assunto, mas sentia que era necessário.

A mão de Helsten deixou a sua e voltou segurar o volante e não desviava os olhos da pista em sua frente. Sua mão parecia fria sem a mão dele para cobri-la e em silêncio se amaldiçoou por ter continuado.

- Pensei em várias coisas, talvez esse seja o problema – Seu tom era sério e formal, ele parecia perder o brilho e parecia um tanto perturbado. Qual era o real problema?! O que o fazia sentir tão perturbado?!

Falling for HH •Concluída• Onde histórias criam vida. Descubra agora