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Ele me olhou com um certo interesse e sorriu. Seus passos eram lentos, mas firmes ao vir em minha direção e era inevitável não reparar o quanto ele era bonito e com uma aparência gentil.

Armand.

Tive uma rápida conversa interna comigo mesma para me manter calma e tentar não deixar passar nada, afinal, não tínhamos garantia de que ele já estava ciente que Hugo sabia quem ele era.

- Armand! – Digo surpresa – Não acredito que esteja aqui! Que surpresa! Conhece alguém por aqui?

Para alguém que queria ser discreta, eu não estava me saindo muito bem.

Por que estava fazendo tantas perguntas?!

- Conheço você – Seu sorriso se abriu ainda mais e ele chegou até a mim.

- Como sabia que eu morava aqui? – Pergunto sorridente.

- Você me contou uma vez – Seus olhos se desviam dos meus e ele olha em nosso arredor – Pensei que talvez poderia te visitar.

Talvez tenha contado que morava em Brighton, mas nunca dei meu exato endereço para ele.

Minhas mãos suavam e meu sorriso continuava intacto, eu precisava descobrir um jeito de avisar Hugo, mas ainda teria que enrolar ele aqui comigo.

- Tenho que comprar algumas coisas para minha mãe – Digo com simpatia – Gostaria de me acompanhar?

- Será um prazer – Ele assente e seguimos para o mercado que não ficava muito longe.

Tentava não pensar muito nas coisas ruins que poderia acontecer e da distância que Hugo estava desse exato local. Eu estou muito encrencada agora.

- Você veio sozinho ou veio com sua família? Talvez eles também queiram conhecer a praia daqui – Tento tirar algo dele.

- Minha mãe não pôde vir – Ele diz um pouco sério – Na verdade só a tenho de família.

- Sinto muito – Realmente sentia, aquela situação toda era horrível.

- Tudo bem, já faz um tempinho que perdi meu pai – Ele diz e era fácil notar que não estava tudo bem, o incômodo dele era perceptível.

- Mesmo assim, às vezes o tempo que faz acaba não fazendo muita diferencia – Tinha que ser verdadeira com ele ou não sairia daqui ilesa.

- Sua mãe vai preparar o que hoje? – Ele muda de assunto rapidamente, o que acaba me deixando mais aliviada.

- Uma torna de chocolate! – Digo animada. Pela torta. E por uma idéia – A torta dela é a melhor!

- Iria adorar experimentar – Armand não perdia tempo, e eu também não poderia.

- Só não lembro o chocolate que ela usa – Paro na frente da grande prateleira com variados chocolates – Melhor perguntar, não sei se a sua é assim, mas a minha odeia pedir algo e receber outra coisa.

- Acho que todas são assim – Ele sorri e volta a sua atenção para os chocolates.

Pego meu celular e ligo para Hugo sem que Armand veja o nome e espero pacientemente que Hugo atenda o telefone.

- Edwards? – Sua voz é soada e meu corpo relaxa um pouco. Gostaria que ele estivesse aqui ao meu lado agora.

- Mãe? – Digo e prossigo com a esperança de ele me entender – Não lembro o chocolate que a senhora usa.

Falling for HH •Concluída• Onde histórias criam vida. Descubra agora