Ela
7 de dezembro de 2010.
Terça.Sai correndo gritando por ajuda. Um policial subiu correndo em minha direção ao ver meu desespero.
-O que aconteceu?
-O Seu Alberto tá lá no quarto e não sabemos o que fazer.Ele foi até o quarto e nos disse que ele ainda estava respirando. Ligou pedindo uma ambulância o mais rápido possível.
-Por favor vocês vão ter que esperar lá fora. -O policial disse.
-Eu não vou sair daqui. Por favor me deixa ficar. -Dylan implorou chorando.
-Tudo bem mais não mexa nele.
-Tá bom.O policial saiu as pressas e eu abaixei ao lado de Dylan que chorava olhando para o pai.
-O que eu fiz Zoey? Pra Deus estar me deixando passar por isso? Porque eu?
-Dylan! Deus está conosco! Você por acaso já viu o ouro ser moldado ser passar pelo fogo?
-Não.
-Então. No momento em que você aceitou ser moldado, também aceitou passar pelo fogo. Deus nos mostra a cada momento estar presente e eu tenho fé de que vai nos ajudar agora. Nós não estamos livres das coisas ruins do mundo meu amor! Fica calmo e confia nEle tá? -ele assentiu e me abraçou colocando a cabeça em meu ombro.Eu sentia suas lágrimas molhando minha blusa e isso partia meu coração. Logo vários paramédicos apareceram e pediram que nos afastassemos.
-Dylan? Vem vamos esperar lá fora meu amor?
-Não Zoey eu não quero sair de perto dele. Zoey?
-Oi?
-Minha mãe! Cadê ela?Dylan saiu correndo pela casa chamando sua mãe pelo nome. Ele revirou tudo até parar na porta do quarto de visitas.
-Tá trancada!
-Vamos procurar a chav..... -ele chutou a porta fazendo com que abrisse. Confesso que me assustei.
-Mãe? Moly?
-Dylan aquí! -disse ao ver que ela batia na porta do guarda roupa. Ele abriu na marra, pois também estava trancada. E Moly estava lá dentro amarrada por panos.
-Graças à Deus! -Dylan à desamarrou e à apertou forte contra si. -Tá tudo bem com a senhora?
-Tá sim filho! -Moly disse já chorando e analisando o filho. -Cadê seu pai?
-Levaram ele para o hospital. Acho que ele bateu a cabeça ou aquelas pragas bateram nele. Mais o que aconteceu?
-Depois eu te falo filho. Vamos ver ele. -Dylan assentiu e veio na minha direção. Segurou meu rosto e me beijou.
-Vai pra casa meu amor! Eu te ligo. -Então saiu rapidamente com sua mãe.Aquele momento me fez lembrar o que eu passei à algum tempo antes. Angústia, medo e tristeza me preencheram. Me ajoelhei no chão e apenas chorei.
-Deus! Por favor ajuda o Dylan! Dê forças à ele por favor!
-Filha?! -meu pai entrou no quarto escuro correndo e se abaixou me abraçando, logo em seguida minha mãe apareceu e fez o mesmo.
-Ah graças à Deus, você está bem meu anjo? -minha mãe perguntou me beijando. -O que aconteceu filha? Porque está tudo assim? Me explica?
-Mãe, Pai. Eu estou bem, mas o pai do Dylan não e eu não posso deixar ele sozinho nessa. Eu vou para o hospital e quando voltar explico tudo tá bom?
-Tá bom meu amor. -eles disseram em uníssono.
Levantei e fui. Assim que sai, vi uma multidão de gente e polícia rodeando a casa. Todos me olharam curiosos. Lembrei que estava sem meu carro então corri até um policial.-Ei o senhor pode me levar no hospital por favor! É urgente!?
-Claro! Vem!Entrei no carro e sem dizer uma palavra esperei nervosa até chegar. Agradeci o policial e disse que podia ir. Entrei correndo no hospital, já procurando um rosto familiar. Fui até a recepção e conversei com um enfermeiro. David estava escrito em seu crachá.
-Olá David. Você poderia me ajudar a achar um paciente?
-Olá! -ele sorriu. -Claro, me diga o nome!?
-Alberto Brenton!
-Alberto...Humm...Alberto Brenton Lawson! É esse?
-É exatamente! Onde ele está?
-No 4°andar. Está na sala de exames!
-Muito obrigada David.
-Por nada, ah e qual é seu nome?
-Zoey!Sai correndo e parei com a mão na porta do elevador que já estava fechando. Não tinha ninguém lá dentro. Cheguei no 4°andar e logo vi Dylan, sentado com os cotovelos apoiados nas pernas e a cabeça baixa. Fui em sua direção e sentei ao seu lado o abraçando.
-Meu amor?
-Zoey? -ele me olhou e sequei suas lágrimas segurando as minhas para que não saíssem.'Tenho que ser forte pra ajudar ele. Depois você chora Zoey! Depois!'
-Então?
-Porque você não foi pra casa minha linda?
-Você sempre esteve ao meu lado nos momentos difíceis! Porque eu não estaria ao seu?
-Obrigado! Eu te amo!
-Eu também te amo! Cadê sua mãe?
-Ela está no 2°andar conversando com um médico.
-E seu pai como está?
-Ele está fazendo alguns exames! Ele acordou mais não deixaram ninguém conversar com ele.
-Fica tranquilo.
-Eu fiquei pensando no que você falou e...Eu tenho certeza que Deus está conosco e que vai fazer o melhor.
-Isso aí meu lindo.
-Vocês são parentes de Alberto Brenton? -Um médico se aproximou dizendo. Nos levantamos.
-Eu sou filho dele.
-E eu sou nora dele.
-Então! Fizemos alguns exames e descobrimos que teu pai teve uma pequena fratura em um osso da cabeça! O caso é delicado mas faremos o possível e já esperamos por uma melhora rápida dele. Ele terá que passar por uma pequena cirurgia.
-Eu tenho certeza que Deus vai ser essa melhora. E guiará vocês, médicos.
-Deus nos ouça!
-Ele já está ouvindo! -falei.O médico se afastou e vi que Dylan ficou tenso. Decidi não falar nada. Esperamos um pouco. Até que Moly apareceu. Deixei eles à sós para que conversassem e que Dylan falasse da cirurgia.
Após algumas horas os dois foram no térreo pegar algo para beber, forçados por mim. Fiquei esperando caso tivessem alguma noticia.
-Você é a nora do Alberto Brenton não é? -David apareceu com uma prancheta em minha frente.
-Ah David! Sim sou.
-Que pena.
-Porque?
-Eu achei que fosse solteira. Simpatizei com você.
-Ah...Pois é mais pra mim não é uma pena.
-É avisa ao seu marido?!
-Não, namorado.
-Ah tá, então avisa ao seu namorado que a cirurgia começou agora e que trarei noticias mais tarde.
-Obrigada eu aviso.Enquanto ele saia eu o encarava pelas costas.
'Que babaca! Tomará que caia. Aí Deus me perdoa!'
Ficamos os três esperando notícias por longas horas. Já estava anoitecendo quando David reapareceu.
-Então esse é seu namorado?
-Dá pra você dizer o que te mandaram logo e sair daqui por favor?
-Desculpa. Então a cirurgia acabou e o estado do Alberto é estável. Só isso. Licença.
-Quem é esse cara amor? -Dylan perguntou confuso.
-Eu pedi informação pra ele lá em baixo quando cheguei, aí agora esse cara não me deixa em paz.
-Palhaço.Depois de um tempo fui pra casa. Já era 22:12 da noite. Falei que iria apenas tomar um banho, trocar de roupa e comer algo. E iria dormir um pouco depois voltaria. Insisti pra Dylan fazer o mesmo mais ele não quis. Então fui.
Já estava na sala, pensando, quando meu celular tocou!
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Unidos pelo Amor de Deus - [FINALIZADO]
RomansA vida sempre foi feita de festas, bebidas e outras loucuras para Zoey. A menina de 19 anos que somente se importava com os prazeres do mundo e com a vida conturbada cheia de sonhos, nem imaginava que conheceria alguém que a levaria para perto de D...