O orfanato

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“Antes que eu me esqueça...” Gianny me disse enquanto me entregava a chave da minha casa.

“Obrigado.” Abri um meio sorriso.

Ela sorriu de volta. “Espero que não perca a chave. Toma o meu cartão, caso precise de ajuda.”

“Obrigado.” Peguei o cartão.

Ela deu partida no carro. “Sabe, você é um garoto muito bonito. É nessas horas que eu gostaria de ter uns sete anos há menos.” Ela sorriu maledicente.

“Eu não tenho o menor problema com mulheres mais velhas.” Coloquei a mão na coxa dela.

“Mas eu tenho. Você não vai saber fazer gostoso.” Ela disse mordendo os lábios.

“Me ensina que eu faço do jeito que desejar.”  Subi um pouquinho mais a mão que estava na coxa dela e apertei de leve.

Ela gemeu baixinho.  “Quantos anos você tem?”  Ela perguntou.

“16.” Respondi.

“Me procura quando tiver com 18 anos. Agora você tem mais um motivo para não perder o meu cartão.” Ela piscou o olho.

“Vou.. vou guardar sim!” Gaguejei. Ela riu, possivelmente porque eu devo ter gaguejado tamanho era o meu nervosismo.

Uma mulher mais velha está dando em cima de mim. Só pode ser um sonho!

O celular dela tocou e ela atendeu via bluetooth porque estava dirigindo.

“Oi, Nick.” Ela disse.

“Oi. Já se livrou do pirralho? Odeio crianças e adolescentes. Por que você escolheu ser assistente social?Ninguém merece!” Nicolas bufou.

“Nick, estamos quase chegando no orfanato.” Gianny disse após respirar fundo, devido ao que ele disse.

“Deixa ele logo no orfanato e vem para cá. Eu quero te comer, gostosa!” Ela corou.

“Ok, beijos.”

“Beijos.”

“Desculpa pelo o que ele disse.” Ela falou assim que ele desligou. Aparentava estar com vergonha.

“Tudo bem. É o seu namorado?” Perguntei.

“Não. Só estamos ficando.”  Ela respondeu.

Após 10 minutos dentro do carro chegamos no orfanato. Gianny tocou a campainha.

“Boa noite, Célia!” Gianny sorriu.

“Boa noite, Gianny!” Célia também sorriu

“Este aqui é o Salvatore.” Gianny disse.

“Entrem. Salvatore, eu sou a dona desse orfanato.” Entramos.

“Prazer.” Dei um meio sorriso. Sorri mais por educação do que por vontade.

“Quer um cafezinho, Gianny?”

“Não, obrigada. Na verdade, eu já vou. Está tarde.” Gianny sorriu.

“Salvatore, amanhã de manhã eu vou passar aqui para irmos para o cemitério.”

Ela disse e uma lágrima estúpida rolou do meu rosto. Ainda não caiu muito a ficha de que eu estou completamente sozinho no mundo.

“Tchau, Célia. Tchau, Salvatore.” Ela sorriu.

“Tchau.” Eu e Célia falamos juntos.

“Salvatore, vou te explicar o funcionamento da casa. Acordamos as 8 e dormimos as 23. Podemos acordar antes e dormir antes, nunca depois. Temos horário para  café da manhã, almoço, lanche e janta. Não se pode comer fora desse horário. As crianças arrumam a própria cama e varrem o próprio dormitório. Meninos dormem com meninos e meninas com meninas. Não temos quarto misto. Menino não entra no quarto de menina e vice e versa. Violando essas leis te entrego de volta para a Gianny, estamos entendidos?”

“Claro!” Vamos violar algumas regras, então... Sorri maledicente.

“Deseja fazer um lanche? Lembrando que é apenas hoje!” Célia perguntou.

“Quero sim. Obrigado.”

“Vamos para a cozinha, é por aqui.”

Fomos para a cozinha e eu fiz um lanche. “Salvatore, aqui fica o detergente e aqui você coloca os pratos.”

“A gente tem que lavar pratos?” Perguntei.

“Claro que sim.” 

Não disse nada, lavei o meu prato, o meu copo e coloquei no lugar indicado.

Entramos num dormitório. “Salvatore, este  é o seu dormitório e este é o seus companheiros de quarto: Costa, Gabriello, Alessandro e o Enrico.

“Oi” Os meninos falaram juntos.

“Oi.” Falei um pouco sem graça. Eles são tão crianças. Ninguém merece!

“Salvatore, este aqui é o seu armário. Toma a chave. Qualquer coisa é só me chamar.” Ela piscou o olho e me deixou sozinho no meu quarto.

Abri o armário para colocar as minhas coisas dentro. Ou ele era espaçoso ou eu não tinha quase nada para colocar dentro. Confio mais na segunda opção.

Tomei banho, chorei e dormi.

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Boa noite, meus amores

Dedicado á:

Leilamachado93

GiannyAlvarenga6 (A safada!!)

Celiamitie

Beijos

Segreto PiacereOnde histórias criam vida. Descubra agora