Bônus Christian

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Meus pais estão querendo se aposentar, mas para isso eu preciso de um grupo, então eu fiz o que o meu pai me aconselhou e fui caçar o meu bando na rua.

Assim que pus os meus olhos no Salvatore, eu senti que era ele. Ok, minha mãe tem razão, ele não leva o menor jeito para a máfia, mas nada que um treino comigo não resolva este pequeno problema.

Eu o achei muito legal e por mais aviadado que isso possa parecer ser, parece que o conheço a tantos dias, me arrisco em dizer, de outras vidas.

Tenho certeza de que este será  o início de uma grande amizade.

Acabei pegando no sono após tanto jogar com ele, quando acordei vi que ele pegou o colchonete e dormiu no chão. Porra, eu esqueci de falar para ele que tinha quarto de hóspedes.

Quando foi que eu peguei essa coberta que eu não me lembro?

O vi no computador. “Bom dia, cara. Desculpa, esqueci de te avisar que temos quarto de hóspedes aqui. Mais precisamente dez, é só você escolher.”

“Sem problemas, cara.” Salvatore disse sorrindo.

“Vai mandar mensagem para quem?” Perguntei curioso ao vê-lo se logando no MSN.

“Marinne, vou avisar que você vai para lá pegar as minhas coisas.”

“Salvatore, aprende uma coisa: O amor é uma fraqueza. A gente não pensa quando deixamos o coração dominar. Se você falar com essa garota, podem descobrir o nosso plano. Eu não estou falando que ela vá contar, mas pode ter alguém do lado dela vendo tudo que ela faz no computador, ou  podem ter instalado um programa espião lá. Tenho certeza que sabem do seu envolvimento com ela.” Desliguei o computador.

“Você está certo.” Salvatore disse um pouco emburrado.

“Recebeu alguma ligação, mensagem?” Perguntei ao ver que ele pegou o meu carregador para carregar o celular.

“Não, nada.” Ele respondeu com um tom um pouco triste.

“Vem, vamos tomar café da manhã.” Resolvi mudar o rumo da conversa, por algum motivo não gosto quando este viado fica triste.

Descemos e fomos comer. “Christian, quando você vai começar o treinamento com o Salvatore?” Meirieli perguntou.

“Amanhã, hoje eu tenho um assunto para resolver.” Respondi.

“Vai matar quem?” Giuseppe perguntou.

Salvatore ficou surpreso, talvez por soar tão natural para a nossa família essa pergunta. Como se não fosse nada.

“Espero não ter que matar, mas tudo será possível.”

O café da manhã terminou e fui para a sala ver televisão com o Salvatore e os meus pais subiram.

“Gosta de filme de ação?” Perguntei.

“Me amarro.” Salvatore disse animado.

Coloquei em um filme. “Sabe qual é a arma que ele está usado?” Perguntei.

“Não sei muito sobre armas. Só sei quando é a 38.”

Segreto PiacereOnde histórias criam vida. Descubra agora