O começo de muitas confusões

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Leila já estava com as malas prontas e quando me viu, pulou no meu colo  e me beijou intensamente. “Sabia que sobreviveria, meu amor!” Ela disse com um lindo sorriso estampado no rosto.

“Vamos ficar na casa dele com essa antipática junto?” Leila perguntou quando viu a Kathy. Ela tinha que alfinetar.

“Garota, passamos por poucas e boas por causa de você hoje. A minha paciência está no limite, então cala essa boca se não quiser levar uma bala nessa sua cabeça.” Kathy disse em um tom ríspido.

“Como se eu fosse permitir.” Disse. Kathy estava certa, mas matar a minha mulher ela não vai mesmo. Kathy revirou os olhos em protesto.

Ajudei o Christian e ao Rafaello a acomodar os meninos no quarto. Algo me diz que não vai ser nada fácil  morar com eles.

Pegamos um táxi na rua e fomos para a casa do Rafaello.

“Obrigado por nos deixar ficar.” Disse.

“Não tive escolha.” Ele respondeu. Sorri sem graça.

“Eu sei que vocês estão me ajudando e eu não quero ser mal interpretada, mas sou curiosa e como você é um mafioso eu queria entender o motivo dessa casa ser pequena para os padrões da máfia.”

“Se o castelo não serve para a princesa, é só sair.” Kathy disse.

“Acho que você não sabe interpretar o que a gente fala.” Leila rebateu.

“Eu acho que você é uma sem noção. Minha paciência está no limite.” Kathy disse e a Leila bufou.

“Leila, como o Rafaello é da inteligência, ele tem pouco serviço. Ele faz documentos falsos, elabora planos quando a gente pede e outras coisas. Só matou um para provar obediência à máfia, desde então é a segunda vez que ele pega numa arma, por isso a casa dele é mais simples, mas tem uma sala destinada para treinamento.” Resolvi matar a curiosidade dela.

"Eu vou ter que matar também?" Ele perguntou surpresa.

"Vai." Respondi.

"Eu quero entrar para a máfia para matar o Fabrício. Se eu tiver que matar outro eu não quero."

"Então desiste da máfia porque não tem outra opção." Disse.

"Pode ser pelo menos um bandido cruel? Não quero matar nenhum inocente."

"Você vai conhecer o seu alvo na hora. Pensa que vai valer à pena por causa do Fabrício."

"Eu só queria matar ele..." Leila me olhava confusa.

"Vai desistir?" Perguntei.

"Não." Ela respondeu.

“Salvatore, vou dormir. Aqui temos um quarto de hóspedes. Bom dia.” Rafaello disse.

Ótimo, nem para me mostrar o quarto de hóspedes ele foi capaz. Está puto comigo por causa da Leila.
Os dois foram para o quarto deles.

“Vamos dormir, Leila?” Perguntei morrendo de sono.

“Você deve estar cansado, né?” Ela perguntou me fazendo carinho.

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