Ciúmes

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Estamos numa segunda feira e passou-se dois dias desde que a Leila matou a velha. Não tem sido fácil para ela lidar com isso, ela sempre acorda gritando de madrugada porque tem pesadelos com a velha e o Rafaello está louco para expulsá-la daqui, mas não tem coragem para isso e se tivesse, iria conhecer o diabo antes do tempo.

Christian me mandou mensagem ontem de manhã no Whatsapp dizendo que estava saindo do Japão e pela hora ele chegou na mansão ontem de noite.

Conversamos um pouco enquanto a Dayane terminava de se arrumar. Ele me disse que a Dayane aceitou o pedido de namoro, disse também  que resolveu pagar pelo silêncio da Regya, já que ela o reconheceu quando ele foi resgatar a Leila e que colocou o Luigi para fazer a segurança da Dayane porque tem medo que o Fabrício ou algum inimigo qualquer ataque a fraqueza dele, faça mal à ela.

Estava assistindo televisão com o Rafaello, enquanto a Leila estava tomando banho e a Kathy estava pintando unha  no quarto dela.

Rafaello disse que a Meirieli paga pouco, tanto a ponto dele não conseguir dar dinheiro para ela ir no salão? Acho que ele também é pão duro, mas não vou me meter nesse assunto.

Escutei a companhia tocar.

“Rafaello, você está esperando visita?” Perguntei.

“Não.” Ele me olhou com muito medo.

“Veja quem é através do olho mágico, se não for confiável, eu mato.” Ele assentiu com a cabeça.

“É o Christian!” Ele falou baixinho.

Guardei a arma. O que será que ele quer? Um misto de curiosidade e preocupação tomou conta de mim.

Rafaello atendeu a porta e perguntou com um tom de preocupação na voz: “Rei, aconteceu alguma coisa?”.

“Aconteceu. Estou sem ver o filho da puta do Salvatore há praticamente um mês. Cadê aquele viado?” Christian disse.

“Viado aqui só tem você, Ferrandini!” Disse sorrindo, levantei e o puxei para um abraço. Senti falta desse babaca.

“Meu amor, quem é?” Leila perguntou aos berros porque estava no quarto, não consegui responder porque sinto pânico só de imaginar os dois juntos num mesmo ambiente. Ainda temo que a Leila não me respeite se ficar perto dele e que ele não resista á ela.

“Chris!” Ela apareceu de toalha, sorriu ao vê-lo e eu fiquei nervoso. De toalha na frente dele? Porra, Leila! Bom... pelo menos ela não está nua, o que é um grande avanço.

Kathy apareceu: “Qual o problema da vez, Rafaello?” Ela perguntou ao ver o Christian na sala e o fuzilou com os olhos.

“Nenhum. Só vim visitar o meu irmão.” Christian  resolveu  responder.

“Sendo assim, seja bem vindo!” Kathy disse.

“Obrigado.” Ele deu um sorriso claramente forçado.

Kathy beijou o Rafaello e o puxou pela mão que deu um tapinha na bunda dela a fazendo dar um gritinho.  Ela também puxou a Leila pela mão e ficamos sozinhos.

Sentamos no sofá. “Como foi a viagem?” Perguntei.

“Cansativa porque eu mesmo pilotei o jatinho, mas boa. Pedi a Dayane em namoro. Na verdade, acho que já estávamos... Só tratei de oficializar.” Christian sorriu.

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