Reavendo os meus patrimônios

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Fiquei pensando na Diamante a manhã toda, mas logo outra mulher começou a permear os meus pensamentos.

Abri o meu armário e peguei o cartão da Gianny. Será que o celular dela ainda continua o mesmo? Será que ela ainda está interessada?

“Posso entrar, seu gay?” Christian bateu na porta.

“Entra.” Disse.

“Vai ligar?” Ele me perguntou apontando para o cartão.

“Não. O número pode ter mudado, ela pode nem se lembrar de mim e ela é um monstro.” Christian riu.

“Está rindo do que?” Perguntei confuso.

“Cara, ela é um monstro por saber que criancinhas sofrem maus tratos e não fazer nada? E se ela tiver sido coagida? E se ela não souber de nada disso? Não se pode julgar sem saber com exatidão a verdade. Além disso, se ela é um monstro você é o que?”

“Você está certo.” Eu disse.

“Você não quer ligar por causa da Marinne. Foi ela que disse que a Gianny não presta e se você ficar com a Gianny, é como se estivesse  traindo a Marinne porque você sabe que a Marinne daquela época não gostaria que você ficasse com a Gianny, mas a Marinne de hoje ainda liga para você?”

Olhei para o cartão e rasguei. “Ah, que se foda! Posso comer quantas eu quiser no cabaré.” Disse.

“Isso aí. A advogada está te esperando.”

“Estou pronto.” Disse me levantando da cama.

“Cara, ela é gostosa!” Christian disse. Sorrimos maledicentes.

"Ela sabe sobre a máfia?" Perguntei.

"Não mesmo."

Descemos a escada. “Evelyn, este aqui é o Salvatore.” Christian me apresentou.

“Prazer.” Apertei a mão dela e sorri.

“Estava falando  aqui com a Meirieli que se ela desejar te adotar pelos meios legais, eu estou aqui. Seria bom para você.” Ela piscou, Meirieli me fuzilou com o olhar e eu fiquei sem saber o que falar, então apenas sorri.

“Vamos no meu carro. Você não tem que falar nada, vou estar do seu lado só para te acompanhar. No final é só você assinar e estará liberado.”

“Ok.”

Entrei no carro da gostosa. Chegamos no local, fiquei esperando com ela até ser chamado.

Ela entrou comigo e o tabelião começou a leitura dos testamentos dos meus pais. Ganhei a posse da minha casa, uma outra em Roma e uma conta conjunta que os meus pais tinham. Assinei e saímos de lá.

“Obrigado.” Sorri.

“De nada. Vem, vou te deixar em casa.” Ela sorriu.

“Não precisa se incomodar.”

“Não é um incômodo, pelo contrário.” Ela mordeu os lábios. Meu pau ganhou vida.

Segreto PiacereOnde histórias criam vida. Descubra agora