Matando três coelhos de uma cajadada só!

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Acordei com o toque do meu celular no meu ouvido, quando peguei o celular para atender, ouvi o Christian rindo.

“Filho da puta! Mas por que porra você está me acordando agora?” Foda-se que são meio dia e que ele foi esfaqueado. Dormi pouco esta noite e não suporto ser acordado.

“Estou com fome.” Christian disse rindo.

Respirei fundo, levantei e coloquei a mão na testa dele. “Está sem febre. Que bom.” Disse sorrindo.

“Estou bem, só a minha perna que está latejando devido ao corte profundo, nada demais.” Christian disse.

“Tudo bem. Vou descer e pegar alguma coisa  para você comer e um remédio também.” Disse.

“O que houve, irmão?” Ele me perguntou preocupado.

“Não entendi a pergunta.” Respondi confuso.

“Por que você está triste?” Ele perguntou. Como ele percebeu?

“Meus pais descobriram que eu sou da máfia e eu vou sair daqui para livrá-los da minha presença. Respondi com uma tristeza nítida na voz.

“Foi por causa de mim?” Christian perguntou.

“Eles desconfiaram que eu sou da máfia por sua causa, mas não querem me ver mais por minha causa, pelas minhas decisões e pelo o que eu me tornei.”

“Você se arrepende?”

“Me arrependo de ter matado e feito mal as pessoas inocentes, mas se eu não estivesse me tornado o que eu sou, não teria te conhecido, não teria conhecido os meninos, nunca teria conhecido  a Leila porque eu jamais entraria num cabaré, eu sou feliz com a  vida que eu tenho, só não queria perder os meus pais, eu queria que eles me entendessem.”

“É difícil para pessoas que não estão no meio entenderem, mas com o tempo, se os seus pais te amarem de verdade, eles vão entender.” Christian  disse. Sorri.

“Espero que esteja certo. Vou lá pegar a comida para você.”

“O meliante já está melhor? Ou vou ter que te aguentar muito tempo aqui? Estou vendo a hora de entrar outro bandido por essa porta atirando para terminar o serviço.” Minha mãe perguntou quando eu entrei na cozinha.

“Meu irmão está melhor sim. Isso não vai acontecer e se acontecer, prometo que nada vai acontecer à vocês dois.” Disse.

“Quem disse que eu quero a proteção de um bandido?” Respirei fundo e não respondi nada.

Pensei em fazer um café da manhã para o Christian, mas como já são meio dia e o Christian foi esfaqueado, optei por fazer uma sopa para ele. Por sorte, eu tinha um pacote de sopa instantânea no armário porque eu mesmo não sei  fazer um ovo.

“Christian, fiz uma sopa para você.” Coloquei a bandeja em cima da cama.

“Obrigado, parceiro. Eu estava pensando aqui, enquanto você desceu, sabe  que  não precisa sair daqui, certo? A casa é sua, está no seu nome. Eles não tem direito à isso aqui, estão mortos para a justiça e não podem reivindicar a posse da casa.”

Segreto PiacereOnde histórias criam vida. Descubra agora