Doze

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Três da manhã. Era a hora que o meu celular marcava.

Desde o momento em que a amiga de Jiwoo entrou em Heat exatamente á minha frente, eu me sentia ainda mais estranho.

Talvez fosse só psicológico, eu podia estar assim por tantas pessoas entrando no cio ao meu redor e eu não poder fazer absolutamente nada. Ou talvez, eu só estivesse atordoado por causa daquele maldito cheiro que estava impregnado em todos os lugares.

Senti meu estômago se contrair por um segundo, e coloquei a mão sobre ele, resmugundo algo involuntariamente. (N/A: claramente eu com cólica.)

Odiava isso, definitivamente. Não sei se conseguiria suportar um Heat, caso eu fosse ômega.

O Rut dura apenas 36 horas e eu já fico completamente exausto, imagine 7 dias dessa tortura. Heat e Rut não são completamente a mesma coisa. No Rut, nós só sentimos muito, muito tesão, o incômodo de estar excitado toda hora e as fisgadas no abdômen - esse último raramente acontece, mas eu sou felizardo. Já no Heat, bem... vocês já sabem o que acontece.

Sentia minha boca seca pela segunda vez naquela madrugada, e sabia que eu precisava ir até lá embaixo parar beber algo. Foi um erro ter tomado tudo que eu trouxera mais cedo.

Eu não queria ir. Não queria topar com um Min completamente confuso e esquisito perambulando por lá, como na noite interior.

Na verdade, eu ainda não fazia idéia do que tinha acontecido. Eu sabia que eu só tinha me aproximado tanto daquele idiota, por causa desse maldito Rut fora de época. Eu jamais chegaria perto dele.

Mas isso também não explica o porquê de ele não ter recusado.

Não conseguia lembrar de muita coisa daquele momento e eu realmente achei que fosse melhor assim.

Por fim, eu resolvi ir. Não seria possível que a mesma coisa acontecesse dois dias seguidos.

Desci as escadas, forçando os olhos através da escuridão para me guiar. Senti uma corrente de ar fria vindo da cozinha, e pelo pouco que eu conseguia enxergar, havia luz lá.

Conforme eu fui me aproximando, comecei a escutar alguns barulhos.

Eu não consegui indentificar de primeira, mas depois de algum tempo eu soube do que se tratava.

Havia alguém chorando.

Parei próximo a porta e me encostei na parede fria. Fora a luz que vinha da janela aberta, a cozinha estava um breu total.

O choro estava vindo de longe, mas ainda dava para ser ouvido.

Eram um choro silêncioso, ou era para ser pelo menos, já que a pessoa não parava de soluçar intensivamente.

Eu entrei na cozinha devagar, silenciosamente, tentando achar quem estava lá.

Liguei as luzes e me assustei quando Yoongi se levantou da cadeira rapidamente, derrubando-a e quase caindo junto.

Ele virou as costas pra mim e limpou o rosto rapidamente na camisa listrada, se abaixando, trêmulo, para apanhar a cadeira. Quando ele se virou outra vez, pude ver seu rosto tão vermelho que ele pareceu sufocado.

- D-desculpe. Precisa de algo, s-senhor Jung? - Ele tremeu, sem conseguir me fitar, respirando profundamente.

Eu não respondi, apenas fiquei o observando fixamente.

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