A velhinha.

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É bom não confundir autoridade com autoritarismo e nem autenticidade com violência – Certa vez uma velhinha de 75 anos idade que morava em um apartamento no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ela morava no 2º andar de um prédio, e na parte de baixo tinha um bar onde alguns rapazes fortões cheios de tatuagens, nos finais de semana eles tinham lá as suas bebedeiras. Eles usavam um carro equipado com caixas de sons em uma verdadeira gritaria noite a fora. Diante de tal situação onde a velhinha não conseguia ouvir nada na sua casa e também não conseguia dormir. Ela que morava sozinha foi lá perguntar para os rapazes sarados se eles conheciam a lei do silencio, que funciona a partir das 22 horas.

Devido, serem uns rapazes bem ariscos havia a possibilidade de eles até agredir a velhinha. Mas neste dia a estratégica deles foi de baixar o som só um pouquinho tentando enganar a velhinha. Os vários visinhos da velhinha que também estavam prejudicados com o imenso barulho, mas que não tinha a mesma disposição da velhinha para ir lá reclamar. Eles ficavam atentos para qualquer eventualidade de estranhezas dos rapazes eles acudir a heroína velhinha. Passado uns quinze dias e lá estava de novo, a turma do barulho, e de novo vem à velhinha; desta vez ela já vem com um papo reto.

E disse a eles, olhe aqui meus rapazes, eu vou aquentar essa barulheira de vocês, até às 22 horas dai para diante se é para pedir silencio eu peço, mas se for para fazer barulho deixe que eu mesma faço, compreende! Neste dia os rapazes ficaram assim, meio boladões; eles eram quatro rapazes e um falava para o outro, e aí, vai peidar pra veia? Um mês depois eles retornaram ao bar e como já era de praxe eles colocaram o som bem alto com umas musicas tão esquisitas que é possível que nem eles mesmos gostassem. Aí, de novo lá vem à velhinha reclamar com a turma da falta de respeito. Muitos visinhos que se acovardava e não ia lá reclamar junto com velhinha, já que o problema atingia todos.

Aliás, esse é um habito muito comum de muitos brasileiros. Todavia, esses visinhos ficavam de olho para ver se os rapazes da algazarra iriam desrespeitar e agir com violência contra a heroína velhinha. Neste dia os rapazes antes de começar a bebedeira buscaram um entendimento entre eles de que quando tivesse faltando um minuto para 22 horas eles cairia fora, e assim, o fizeram. Aí, a velhinha finalizou esse contexto dizendo que a parte mais forte do ser humano, é a sua fragilidade e que água mole em pedra dura, tanto bate que não restará nem pensamentos.

Essa heroína velhinha deixa um entendimento ao povo brasileiro de que precisamos fazer valer os nossos direitos; e que o direito de um sempre termina onde começa o do outro; neste contexto os arrogantes, desonestos e picaretas são tão covardes quantos os omissos.

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