O SUS.

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Em 2016, devido às muitas reclamações das precariedades e das enormes filas no SUS na demanda dos atendimentos houve comentários de políticos querendo sinalizar, que o atendimento do SUS seria só para os pobres. Mas, pobres, a partir de que salário? Em um entendimento, a classe media brasileira que já paga tantos impostos, mas devido à inércia das escolas públicas foram em busca de qualidade e eficiência e fizeram a opção das escolas privadas para educar os seus filhos. Não dar para entrar no mérito se foi melhor abandonar a escola pública invés de tentar melhorar-há, já que ela já está paga. Em um pensamento, muitos dos professores que dão aulas nas escolas públicas, vezes outras, são os mesmos que também dão aulas nas escolas privadas.

Pelo o que se percebe já tem muita gente reclamando que os preços das mensalidades das escolas particulares são muitas altas e a qualidade do ensino, nem tanto. Ou seja, já existem sinais de frustrações com cheiros de desonestidade. Todavia, a classe media precisa encontrar um norte, entre as precariedades honestas e o glamour das picaretagens. Nestes falseamentos de vaidades a busca de uma possível qualidade de ensino educacional para os seus filhos, a classe media brasileira deixa o Estado mal acostumado, no sentido de não ajudar pressionar o Estado brasileiro a melhorar o nível do ensino público, já começando por melhores salários dos educadores.

Em uma mesma logística, a classe media brasileira repete esse mesmo modelo ocorrido na educação, agora na área da saúde pública; mas uma vez a classe media invés de pressionar o Estado brasileiro a cumprir a constituição e melhorar esses serviços para todos que querem e precisam, eles fazem a opção de desprezar os serviços do SUS e vão à busca de um atendimento privado que são muito caros e cujo conforto dos atendimentos para muitos segurados é quase uma utopia. Patureba é enfermeiro de um hospital do rio de Janeiro, ele fala que os problemas dos hospitais públicos não são diferentes dos privados; segundo ele na fronteira desses dois sistemas de saúde tem em comum a política e a falta de honestidade.

Patureba fala que muitos dos médicos que trabalham no SUS, trabalham também nos serviços de saúde privada; em um procedimento o medico mais experiente é funcionário do SUS, e ganha certo valor; esse médico, sub-loca um segundo médico ainda sem experiência na função que vai ganhar uns 50% do valor da diária e o médico titular da função vai trabalhar em outro lugar. Esse fisiologismo tem duas vertentes: uma que tal procedimento, um pouco que explica a quantidade de erros médicos que nunca são apurados; em uma segunda vertente, se os médicos, particular são também públicos então fica um entendimento, que quanto mais falarem mal dos serviços de saúde do SUS, mais beneficia os serviços da saúde privada; talvez seja por isto que eles são tão caros, e não são tão diferentes dos serviços do SUS.

Esse procedimento da classe media que paga cada vez mais impostos e dispensam os serviços públicos está deixando o Estado brasileiro, mal acostumado, pois ele tem a obrigação de dar a população esses serviços com boa qualidade. Assim, como o costumo do cachimbo, é que entorta o queixo, o Estado brasileiro está ficando mal acostumado. Ou seja, ele vai deixando a educação caindo os pedaços, a saúde idem, e agora quem quiser ter segurança pública que privatize a sua.

Marculino foi professor de física e talvez por isso ele conjugue muito essa questão das relatividades das coisas, ou seja, para ele tudo é muito relativo. Como ele era professor perguntamos para ele se a escola pública é melhor ou pior do que a escola privada, e se existe diferenças entre elas. Marculino diz que a diferença da escola publica para escola privada é bem semelhante com a saúde pública do SUS e os planos de saúde pagos privados. No entendimento de Marculino as crianças que estudam na escola pública diante de tanta inércia lhes faltam um conceito básico, que é saber o mínimo quanto custa às coisas de um modo geral.

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