Die euphorie des augenblicks.
Os momentos são relógios
Cujos ponteiros não se movem
Os momentos são rios
Nos quais o tempo não fluiA euforia é o desvão de um outeiro
A ansiedade é sombra que não acalma
O silêncio é dor que não agride
Fogo que se mistura ao negrumeOs ponteiros do relógio se contorcem
Segundos tornam-se horas
Um mundo em um momento
Um mundo sem movimentoA euforia adormece os sentidos
É olhar para um céu sem estrelas
E ver a profundidade infinita da Lua
E a luz que não se reflete no marO relógio é a luz que ilumina o silêncio;
Os segundos são a idade das estrelas que se encolhem no céu;
A euforia é como chama na escuridãoÉ o som que assombra o silêncio
A luz que esconde a penumbra
A paz que aquece o coraçãoÉ como os dentes cerrados de um amante;
Como a luz cinérea da meia-noite
Como uma flecha que apenas atinge o céuA euforia é os passos solitários no prado;
É o ser quando não serÉ sentar-se e esperar por um trem
Solitário no frio da meia-noiteÉ sentar-se e esperar por um trem
Esperar por um trem que,
aparentemente,
nunca chegará
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Devaneios
PoetryNão há outro nome com que eu possa chamar meus versos e prosas de maneira correta. São devaneios de uma mente calculista que pensa, e são os devaneios que alimentam a mão para a escrita - então, por que não?