Uma cidade para o mundo
Vidas em ônibus vermelhos
Cortada pelo rio mais profundo
O frio se espalhando nos espelhosUm clarão no céu europeu
Ruas úmidas de abstinência
Onde se adormece Morfeu
O filho de sua sonolenta consciênciaCarros sob neve espessa
Na manhã que talvez não se adoeça
O orvalho descendo as colinas
Molhando as folhinhas finasHomens e seus carros
Mulheres e suas bolsas
Senhoras e seus cigarros
Crianças quebrando louçasHomens chorando suas tristezas
A chuva carregando as lágrimas
A perdição de suas friezasA ganância perdida na fria brisa
E as lágrimas, todas as lágrimas
Todas as lágrimas fluem para o Tâmisa
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Devaneios
PoetryNão há outro nome com que eu possa chamar meus versos e prosas de maneira correta. São devaneios de uma mente calculista que pensa, e são os devaneios que alimentam a mão para a escrita - então, por que não?