Eu me pude alarmar
Quando ouvi a minha elegia
Estava branco no caixão
Pálido como o sal das águasEra uma canção sem som
Sem vozes, sem instrumentos
Quando ouvi a minha elegia
Eu não havia ouvido nadaE o único som que me veio
Foi o do bater das águas
As águas que desembocaram no ébano
O ébano que me protegia o coraçãoE quando estive sobre as águas
Tão só e tão sutil
Eu pude ouvir a minha elegia
Tão quieta quanto as águas do oceano
VOCÊ ESTÁ LENDO
Devaneios
PoetryNão há outro nome com que eu possa chamar meus versos e prosas de maneira correta. São devaneios de uma mente calculista que pensa, e são os devaneios que alimentam a mão para a escrita - então, por que não?