Declínio

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Jag känner mig som en levande katastrof;
I ständig väntan
Ständig väntan att explosivartat
I ständig väntan;
I ständig väntan att slutligen implodera

Sempre que fecho os olhos
Vejo o mundo e seus algozes;
Me abstenho da bondade que coses
"Então, por que a tens por feita?"

A mão que rabisca o mundo se quebrou;
A luz que retém a manhã
Por que se findou?
Por que dura mais que uma dor terçã?

As cordas se partem
Os alicerces se fenecem
Vivalmas se ferem
Corações de outrora se entristecem

O mundo é um soneto
Que não merece ser escrito
O mundo é um dueto
Que não merece ser tão aflito

É ganância e concupiscência
Prazer que não apraze;
Não há fogo que não abrase
Em favor de sua própria ciência

Houve, em tempos de outrora
Dor que não se sentia
Vida que aflora, acalora
Amor de que não se corria

As estrelas caem
Mas somos ignorantes demais para pegá-las;
Bondades que não se abstraem
E nós podemos encontrá-las?

Caímos
Dormimos
Sorrimos
Mentimos

Deixai-me na minha abstração
Nela me asseguro
Não pesarei teu coração
Pois não aproximo-me do Escuro

De que valem tuas mentiras
Quando todos já as conhecem?
Esta paz de que me retiras
Não sabes que as pazes não fenecem?

Os mesmos olhos que nos veem;
Por que nos amaldiçoam tanto?
Os mesmos que na paz não creem
Por que não abalroam seus prantos?

Mostrai-me veemência
Mostrai-me pobre eloquência
Apartai-me da dormência
Por que por tão pouco foi-se a Essência?

Amamos
Acalentamos
Suspiramos
Queimamos

Da rocha, a ferramenta
Do ouro, o desejo
Do fogo, cinza que acinzenta
Da riqueza, guerra, ensejo

Sinto euforia
Sinto apatia
Aos campos, empatia
À luz, furor que a serviria

Mas de que vale?
Quem somos?
Quem fomos?
Por que não te esqueces de dor que abale?

Mostrei-vos o Fogo, a dor que reluz
Mostrei-vos o brilho que seduz
Mostrei-vos minh'alma, que a mim conduz;
Mostrei-vos o furor e a Tremeluz

Mostrei-vos o Fogo, as chamas azuis;
Agora, no silêncio dos momentos
Mostrai-me o fim dos perecimentos
Mostrai-me a linha que conduz

Mostrei-te o Fogo

Agora mostra-me a Luz

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