Tudo o que tenho são as folhas
De uma árvore que decidiu cair
Tudo o que tenho são as folhas
De uma árvore que resolveu desistirCavalo de Troia que surgiu na noite
Cavalo de Troia que jorna só
Com sua mentira atrelada
Que consigo dorme ao póTudo o que tenho são as canções
De um poeta cujos olhos fecharam-se
Tudo o que tenho são as canções
De um poeta esquecidoAfundou-se em lamúrias a noite
Pesada e com triste coração
Enegrecida por eterno açoite
Sem ver a própria salvaçãoVeio a mim fogo ardente
Deleitando-se em letargia
Cavalo de Troia resplandecente
Em sua notívaga, umbral melancolia
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Devaneios
PoetryNão há outro nome com que eu possa chamar meus versos e prosas de maneira correta. São devaneios de uma mente calculista que pensa, e são os devaneios que alimentam a mão para a escrita - então, por que não?