The tempest looms.
A graça soturna deste vendaval
Afunda, sim, minhas embarcações
E posso presumir que, afinal,
Eis o mar descrito por Camões!A minha frota, que se contava em mil
Perdeu-se n'águas sem nome
Águas profundas d'um mar febril
Mar este que a nós já consomeE eu, capitão de navio
Perco-me só e sem solução
À sombra eterna de um mar vil
Sem bússola, sol ou tripulaçãoFogo-de-Santelmo n'águas furiosas
Perco-me e caio nesta tempestade
Eu e estas esperanças teimosas;
De que talvez uma calmaria venha em verdade
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Devaneios
PoetryNão há outro nome com que eu possa chamar meus versos e prosas de maneira correta. São devaneios de uma mente calculista que pensa, e são os devaneios que alimentam a mão para a escrita - então, por que não?