♚ I - 04 ♛

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PV: Paulo (PL)

Fico com ela até sentir sua respiração pesada, acho que adormeceu. Levanto e vou ao banheiro, tava descendo quando me chamaram por causa da maluca, ia seguir pro baile, mas não tinha mais cabeça pra ele. Estou feliz por incrível que pareça. Desde daquela festa essa mina não sai da minha cabeça, acho que fui enfeitiçado.

Depois que ela saiu feito louca daqui eu quebrei muita coisa dentro de casa, por causa da raiva que ela me causou. Era a primeira mina que eu trazia pro meu barraco, pra minha cama e ela faz pouco só por que não vivo honestamente. Pensei em ir atrás dela só pelo desaforo, mas a filha da puta tinha sorte por ser gostosa.

Saber que ela tava grávida provocou coisas estranhas, não sei se era por causa da minha crianção. Ser filho sem pai era uma desgraça, e não cheguei a pensar que o moleque não poderia ser meu, o que a patricinha ia querer mentindo pra mim? Grana era uma parada que ela parecia não precisar. A morena só tremia embaixo de mim, de frente a filha da puta queria era dominar.

Entrei no banheiro e liberei a tensão em baixo do chuveiro. Era quase 18h e eu tava morto, teve baile na noite anterior, tinha chegado em casa de manhã só pra trocar de roupa e cair no mundo de novo, então assim que terminei o banho comi alguma coisa e voltei pra cama onde a maluca quase babava.

Deitei perto dela, mirei a janela que dava pro mar e fecho os olhos. O dia parecia que nunca ia acabar.

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Acordei as 7h da manhã com algo fazendo cócegas no meu rosto, abri os olhos com dificuldade e vejo cabelos negros tapando minha visão, ela tava com a cabeça em cima do meu braço. Afasto os cabelos e olho para o rosto perfeito da mina, sorrio feito um bobo só de lembrar dela contando que tava grávida. Ela era maluca, talvez tenha sido isso que tenha me deixado mais louco ainda. 

Não ia negar que tinha tentado chegar até ela quando ela saiu vazada do meu morro, mas ver ela ali, enterrada até o pescoço em mim, a sensação era ainda melhor que tentar arrastar ela de volta e fazer ela pagar a língua solta. Tanto língua solta que foi a única mina que me fez rir, ser abduzida era mó ideia errada.

O contraste do cabelo com a pele me deixava fascinado, passei a os dedo pelo seu rosto afastando o resto dos cabelos. Me desesperei depois que lembrei da camisinha, mas agora ter uma copia minha correndo pela casa não era das piores neuroses. Só precisava ficar esperto, queria só saber o que a louca ia achar de ficar presa ali comigo, porque a morena do olho azul ali, vai ter ficar do meu lado querendo ou não.

Dou um beijo leve em seu rosto e ela se mexe, sorriu vendo ela esfregar o rosto no meu braço e virar de costa, ela ainda tava nua e não fazia ideia que eu encarava a sua bunda. Me levanto ganhando do meu pau que já tava mais que pronto pra qualquer coisa que viesse dela.

Tomo um banho rápido e desço, o cheiro de café tava consumindo tudo, era a porcaria do meu vicio. Pra que baseado se o pior dos vícios era a porra do café? Dona Rita tava na cozinha e sorriu quando me viu, as parada de não ter mãe te controlando era dá hora, mas a dona Rita saia fácil por uma.

—Café, meu filho?

—Agora! — Digo sorrindo e pegando a xícara.

—Tá feliz, o que aconteceu? Vendeu tudo ontem, ou tem alguma das tuas puta lá em cima? — Ela cruzando os braços — Chegou louco ontem e errou o caminho de deixar ela?—Eu tento não 

—Nada dessas fita errada aí não, a mina é diferente.— Tomo o café escondendo o sorriso

—Iii, que que ela tem, xana de ouro? — Sorrio, mas confesso.

O Dono do Morro (Livro 1 - Versão Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora